As letras descansavam na mesa,
estavam enrubescidas, acotoveladas
colavam as pálpebras, lisas.
Unidas as letras, unidas enrubescidas,
salivavam a boca com vinho sobremesa,
sobre a mesa, a caneta,
inquieta de desejo pelas letras,
coradas espalhavam feromônios,
espermas adormecidos, copularam
com a folha branca, unidas, suadas,
um poema descansava.
Aos olhares elas cantavam
como sereias, enganavam gente,
gente é outra coisa, diferente.
Flores que choravam - mulheres,
longe, perto - em flerte.
No papel um A de ódio,
morrendo de amor,
poeta, caneta, letras,
expressões de sentimentos,
descansando, sonhando,
enquanto eu - arquiteto,
imagino ao pé de uma bananeira,
construir ninhos, de letras vivas.
*Direitos Reservados*
terça-feira, 3 de março de 2009
MONOTONIA
Levanto
Banho
Sento
Como
Assisto
Durmo
Levanto
Banho
Sento
Como
Assisto
Durmo
Levanto
Banho
Sento
Como
Assisto
Durmo
Levanto
Banho
Sento
Como
Assisto
Durmo...
*Direitos Reservados*
Banho
Sento
Como
Assisto
Durmo
Levanto
Banho
Sento
Como
Assisto
Durmo
Levanto
Banho
Sento
Como
Assisto
Durmo
Levanto
Banho
Sento
Como
Assisto
Durmo...
*Direitos Reservados*
ALÉM DO OLHAR
Se além do olhar, ela me desse,
o coração e o corpo,
eu reviveria o mundo,
que padece,
morrendo de fome em guerras,
pouco a pouco.
Se além do olhar, ela me desse,
um chamego e um sorriso,
eu transformaria esse solo,
que adoece,
faria crescer lírios e orquídeas,
por lugares onde piso.
Se além do olhar, ela me desse,
um abraço e um aperto de mão,
eu engoliria esse sonho
que me aquece,
e colocaria os pés no chão.
Se além do olhar, nada me desse,
viraria mar bravio, afogaria os rios,
feito uma peste,
ficaria sozinho ruminando, ao relento,
até morrer de frio.
*Direitos Reservados*
o coração e o corpo,
eu reviveria o mundo,
que padece,
morrendo de fome em guerras,
pouco a pouco.
Se além do olhar, ela me desse,
um chamego e um sorriso,
eu transformaria esse solo,
que adoece,
faria crescer lírios e orquídeas,
por lugares onde piso.
Se além do olhar, ela me desse,
um abraço e um aperto de mão,
eu engoliria esse sonho
que me aquece,
e colocaria os pés no chão.
Se além do olhar, nada me desse,
viraria mar bravio, afogaria os rios,
feito uma peste,
ficaria sozinho ruminando, ao relento,
até morrer de frio.
*Direitos Reservados*
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