Real ou ficção?
O eu em mim pra você
você em si para mim
sei que surfo
um mar e moto
aventura chinfrim
O que procuro?
Vida e morte
Narciso num mundo de mim
na crista da onda
esse mar e moto
aventura chinfrim.
terça-feira, 26 de novembro de 2013
EXISTÊNCIA
Velho ? Me volto a infância,
birrento, marrento, exigente
recordo, olho, comparo.
Tudo tão velho onde fui novo
tão outro o que me tornei
não sei se fui sou feliz ou não
sei que essa garoa me lava as rugas
Toda vez que me revejo
busco respostas a essa existência
que me transcende.
birrento, marrento, exigente
recordo, olho, comparo.
Tudo tão velho onde fui novo
tão outro o que me tornei
não sei se fui sou feliz ou não
sei que essa garoa me lava as rugas
Toda vez que me revejo
busco respostas a essa existência
que me transcende.
SEVERINA SOLIDÃO
Jamais admitiria ser uma nuvem
Pra que tudo que voasse defecasse
Melhor seria ser chão
que úmido brotasse
Tudo que fizesse vida
ùtero do mundo, em cena
Severina lida, solidão
mistérios, sofrimentos.
Pra que tudo que voasse defecasse
Melhor seria ser chão
que úmido brotasse
Tudo que fizesse vida
ùtero do mundo, em cena
Severina lida, solidão
mistérios, sofrimentos.
terça-feira, 12 de novembro de 2013
DEVANEIOS EXISTENCIAIS
Sózinho sido
Sózinho sendo
Serei
Um gato meigo
Tenho amor a isto
talvez por não ter o que amar
ou
por nada que valha meu amor
tanto poderia dá-lo à um gato
ou
as estrelas
Nunca amei senão coisa nenhuma?
Do amor só lhe exigi que fosse sonho
Tenho muitas mulheres dentro de mim
reais, imperfeitas
Sou um sonhador que faz poesia pra mim.
Sózinho sendo
Serei
Um gato meigo
Tenho amor a isto
talvez por não ter o que amar
ou
por nada que valha meu amor
tanto poderia dá-lo à um gato
ou
as estrelas
Nunca amei senão coisa nenhuma?
Do amor só lhe exigi que fosse sonho
Tenho muitas mulheres dentro de mim
reais, imperfeitas
Sou um sonhador que faz poesia pra mim.
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
COISAS QUE VALEM A VIDA
Cultivo ainda algumas mágoas
em que o ceticismo sobrevive.
Um pouco de amor,
vivo porque já vivi.
Sou um tanto ignorante
de saber que pouco sei
è uma ficção
com pitada de realidade
Rosa de desamor
em arranjos de laços de fita,
Berra! vermelha, gritante,
as lutas que movem o mundo.
em que o ceticismo sobrevive.
Um pouco de amor,
vivo porque já vivi.
Sou um tanto ignorante
de saber que pouco sei
è uma ficção
com pitada de realidade
Rosa de desamor
em arranjos de laços de fita,
Berra! vermelha, gritante,
as lutas que movem o mundo.
DO BALANÇO NA VARANDA
Esta tarde refrescou no balançar do vime.
A cobiçada Carolina brincava de mal me quer
com as margaridas.
Essa varanda é uma janela grande
quando assim a imaginei e fiz,
era um romântico Pudol
Acolhido na primeira vez.
Queria então ser poeta, sem noção de rimas.
Tenho agora esse espaço meu em vida
Balançando com minha cadeira de sanidade.
A cobiçada Carolina brincava de mal me quer
com as margaridas.
Essa varanda é uma janela grande
quando assim a imaginei e fiz,
era um romântico Pudol
Acolhido na primeira vez.
Queria então ser poeta, sem noção de rimas.
Tenho agora esse espaço meu em vida
Balançando com minha cadeira de sanidade.
QUERENÇA
Meu desejo aumenta, cobiça
novamente sentado na praça,
tempo fechado, cinza entre
um desejo e outro,
negação da negação, fendas
num lençol úmido,
querença, de suores, deitando
os sonhos do mundo, nadando...
voando...pra banhar-se de novas águas
num dia colorido de borboletas.
novamente sentado na praça,
tempo fechado, cinza entre
um desejo e outro,
negação da negação, fendas
num lençol úmido,
querença, de suores, deitando
os sonhos do mundo, nadando...
voando...pra banhar-se de novas águas
num dia colorido de borboletas.
AS QUINTAS NA MINHA RUA
Buzinas de carros, pregão na feira,
gritos.apelos. dvd's piratas e sorrisos
na rua da minha casa às quintas;
Cheiro de urina dormida
homens em descanso à porta das lojas
sabiás, maritacas, gritando juntas
O sol secando a chuva do mundo
sangue seco da vida roubada
no asfalto debaixo da caixa de tomate
A brisa, cheiro das flores,
condimentos e frutas
tudo isso e eu sózinho
Minha vida, minha gente,
minha rua...
amanhã novamente.
gritos.apelos. dvd's piratas e sorrisos
na rua da minha casa às quintas;
Cheiro de urina dormida
homens em descanso à porta das lojas
sabiás, maritacas, gritando juntas
O sol secando a chuva do mundo
sangue seco da vida roubada
no asfalto debaixo da caixa de tomate
A brisa, cheiro das flores,
condimentos e frutas
tudo isso e eu sózinho
Minha vida, minha gente,
minha rua...
amanhã novamente.
terça-feira, 5 de novembro de 2013
O AMOR BUSCA O QUE NÃO TEM
O amor veleja pelo que não tem
Se as velas não se movem
Nem aqui ou Mucuripe
não sai para pescar amor
não pega nem gripe.
Mexe, vento mexe,
pra velejar de novo, sem remo,
cobiça o horizonte.
O que amo hoje tenho,
Amo o que não tenho ainda.
Se as velas não se movem
Nem aqui ou Mucuripe
não sai para pescar amor
não pega nem gripe.
Mexe, vento mexe,
pra velejar de novo, sem remo,
cobiça o horizonte.
O que amo hoje tenho,
Amo o que não tenho ainda.
MASCARADOS
Quando caírem as máscaras
que compõem o rosto, atrás,
infindas rugas inofensivas, aparecerão,
do passado não construído, um cão,
acoleirado, morrendo de câncer,
morrerá, morrerei, na roda gigante,
que gira peões.
Deito-me, talvez fosse feliz,
como coisa ou outra,
dispo a máscara, estúpido
ficcional ou não; versando...
versando...
que compõem o rosto, atrás,
infindas rugas inofensivas, aparecerão,
do passado não construído, um cão,
acoleirado, morrendo de câncer,
morrerá, morrerei, na roda gigante,
que gira peões.
Deito-me, talvez fosse feliz,
como coisa ou outra,
dispo a máscara, estúpido
ficcional ou não; versando...
versando...
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