domingo, 10 de abril de 2016

LIMPEZA POÉTICA

Lavei as palavras e pus pra secar
Depois do enxágue de sabão e amaciante,
Enchi de brisa e pouco sol

No varal balançavam minhas utopias,
Sonhos e lembranças
E as palavras domesticadas

Mesmo com tantas coisas ao redor,
Sou um louco a secar palavras
E arrumá-las em verso e prosa

Sinto, penso, vivo,
As palavras mudas, limpas,
Que nunca ouvirão.

SOBRESEXO

Não tenho reputação poética,
Titica de galinha no pênis
Versando a menina de família,
Exagerando rimas caminho
Nessa estrada vaginal
Gozando dos significados
E insignificâncias, marginal,
Que para sempre, morre,

Gostando de não ter te conhecido.

COISAS HUMANAS

O carro, o celular, a língua do tênis,
Coisas humanas, muito mais que coisas,
São vivas, efêmeras, serenas, pequenas,
 coisas com estilo.

O sol escaldante, pedras de gelo,
Abraços não encontram eco,
Se vão,  procurando
Entre caminhões e aviões,

Mãos e olhos tudo tocam
Aquecem  a mente
Semente inútil, sem escuta,

Que não germina, contra coisa.

sábado, 9 de abril de 2016

TRUES AND LIES

Eu sempre quis desistir do conhecimento, 
Com o sonho de família feliz, ordem e progresso
Sempre me senti enganado, até pela perversa arte, 
e os escorpiões dentro de casa.
Eu vivi meus primeiros de Maio,
chorei, bati meu coração cerrei os punhos.
Um fascinante esquisito bicho preguiça,
Contabilizando moedas.
Na consciência, um dente de baleia Jubá
Nas brincadeiras, as presas eram divertidas
gritavam como bolas de futebol
Os craques com câimbras com,
massagens de queixas, num céu estrelado,
Sugavam nosso sangue de luta.