quinta-feira, 16 de agosto de 2018

ESPERO QUE ELA ME AME

Não é alta nem baixa,
uma atriz de teatro,
vestida bem colorida,
na fronte: Muitos mistérios.

Está sempre alta,
quando lhe colocam pra baixo,
arrogante mulher,
adolescente idosa.

Cabelos longos e negros,
gostava mais de carecas,
inclinada ao feminismo,
repleta de homens mortos.

Um pênis na mente,
as vezes dois, três,
ficava muito bem de brincos,
ladra de muitas paixões,

Espero que me ame algum dia.

TENTATIVAS

Despiu-se pela cabeça,
ficando só de calcinha
em forma de asa-delta
querendo voar pra bem longe,

acordou um pênis ereto,
pequeno mais brincalhão,
melhor que um grandão bobão,
mas fui de língua,

Tentei, falhei,
falhei, tentei,
cruzamos nossas meninas,
sua menina me olha,

Tentei...falhei...
até que a menina pariu,
comigo vivendo num pasto.

MERCADORIA

Procurei nas prateleiras,
a mulher mais aprasível,
haviam de todas as cores,
todos os sabores,

de louça, borracha, de plástico, de pedra,
a pedra levei pro caminho,
cheia de bocas e carinhos,
nada surpreendente,

Gostaria apenas de não me sentir tão sózinho.

MAIS VALIA

Longos cabelos negros,
lábios umedecidos,
molham quando se movem,

Por ela,
meus bagos chacoalham,
Caralho!

Seus seios,
saltam da camiseta,

São tenros,

as unhas pintadas,

a buceta raspada,
flora, floresta, mistérios,

Ela sabe ser muito gostosa,

Nas formas
a experiência,
uma aula,
um aprendizado frequente,

Gosto dela,
mas ela não inspira confiança,

Nunca tenho certeza de nada,

Ela me cobra cada centavo
por tudo aquilo que faz.

sábado, 4 de agosto de 2018

MULHERES DA MINHA VIDA

Todas as mulheres que tive
eram lindas, cruéis e rudes,
como serpentes que chicoteavam o chão,
singelas presas ferozes, meus anos
devoraram, envenenaram,
lindas coroas de espinhos.
Como uma ventania se foram,
frutos suculentos que deliciavam o paladar,
de uma árvore que não quebrava, porque envergava.
Lindas, amantes duras, como aço que não chorava,
em lágrimas que se afogavam em cada mar,
cada porto uma paixão.
Sou esse homem, macho solitário
que hoje lembra.

ENTARDECER

Minha vida, meu mar,
me leva, me afoga.
Nado, nado e nada,
amanheço com o galo,
queimo em sol ardente,
descanso com a lua,
minha paciência,
sempre entardecendo.

MINHA NATUREZA

Não vivo plenamente,
não aprendo com a natureza
professora do B a Bá,
a envergar como as árvores,
por isso quebro.

DESTINO?

Deus nada pode fazer por mim,
não tira as pedras dos meus caminhos,
por isso pulo amarelinha,
com minha efêmera porção homem,
cheia de escolhas, boas e ruins,
obstáculos com quais vivo,
minha vida severina.