Oh! Imagem
Que me comprime o peito,
que me escorre o sal do corpo,
molhando como lágrima a boca;
que conservo calada,
pra esconder meu vazio.
Desse amor que é jovem,
sem consciência,
que nasce com ele.
De repente enrubesço;
não como as estrelas
que iluminam minha mudez;
que devia gritar:
Te amo!
Patética aspiração de poeta,
apaixonado e cúmplice,
segredo egoísta guardado.
Que posso fazer?
com esses pensamentos,
que a solidão me sugere,
nesse peito gelado,
nessa boca covarde,
nesses olhos furtivos,
onde continua somente imagem,
pronta pra esquentar,
esse cofre de gelo.
*Direitos Reservados*
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