Sem melado, sem verso,
sem prosa, sem alucinação;
me amo;
não só isso; além disso;
eu amo também.
Me amar não é desamar;
desconfio de quem não se ama;
Se amar não é estar em primeiro;
é saber na sutileza;
situar-se em segundo;
em seu amor próprio.
* Direitos Reservados*
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
CRESCENDO ENTRE LÍRIOS
As vezes me vejo Casmurro,
menos feliz que Quixote;
porque não enfrento fantasmas,
nem moinho de ventos;
nem levanto fuzis contra a noite,
como um guerreiro Araguaia;
cada qual com suas guerras;
cada qual com seus mistérios,
mergulhados em suas sombras;
depois de cada momento sem luta;
durmo como um sol manso,
em um horizonte de mar,
certo que estou crescendo;
em meio há um plantio de lírios.
* Direitos Reservados*
menos feliz que Quixote;
porque não enfrento fantasmas,
nem moinho de ventos;
nem levanto fuzis contra a noite,
como um guerreiro Araguaia;
cada qual com suas guerras;
cada qual com seus mistérios,
mergulhados em suas sombras;
depois de cada momento sem luta;
durmo como um sol manso,
em um horizonte de mar,
certo que estou crescendo;
em meio há um plantio de lírios.
* Direitos Reservados*
ÊXTASE
Me cobre com tuas tranças;
deixa cair a cabeça,
sobre esse peito que dança;
escuta o som da loucura,
cantando os meus pecados
pra esse seu corpo deitado,
com suas mão prisioneiras,
agarradas as minhas trementes;
vou te açoitando o gemer,
fazendo suar os seus poros;
cúmplices num mesmo ritmo,
como onda que ondula,
viva e bravia;
gozamos espumas nas pedras;
melando tudo de amor;
caindo em profundo sono,
na noite que,
silência.
* Direitos Reservados*
deixa cair a cabeça,
sobre esse peito que dança;
escuta o som da loucura,
cantando os meus pecados
pra esse seu corpo deitado,
com suas mão prisioneiras,
agarradas as minhas trementes;
vou te açoitando o gemer,
fazendo suar os seus poros;
cúmplices num mesmo ritmo,
como onda que ondula,
viva e bravia;
gozamos espumas nas pedras;
melando tudo de amor;
caindo em profundo sono,
na noite que,
silência.
* Direitos Reservados*
PRESTA ATENÇÃO
Se uma leve borboleta,
empurrada por uma carinhosa brisa,
passasse diante de teus olhos;
e voasse, a se perder pelos campos;
como encontrá-la, na imensidão verde;
entre as flores que te cercassem,
e pousassem na tua solidão?
O amor se perde assim,
como o bater das asas,
desaparecendo pelo ar;
te gripando de orvalhos;
e você nem percebeu.
*Direitos Reservados*
empurrada por uma carinhosa brisa,
passasse diante de teus olhos;
e voasse, a se perder pelos campos;
como encontrá-la, na imensidão verde;
entre as flores que te cercassem,
e pousassem na tua solidão?
O amor se perde assim,
como o bater das asas,
desaparecendo pelo ar;
te gripando de orvalhos;
e você nem percebeu.
*Direitos Reservados*
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
VIGILANTES
As pombas vigiam a cidade
de cima dos postes de luz;
os bêbados infectam as ruas,
e as praças escondem bandidos;
onde missionários se encontram,
com aqueles que pensam com a boca,
cheia de dinheiro e pão;
a cidade anda com pressa,
com imagens que unem e magoam
maratonistas gripados;
e as pombas esperam as migalhas
vigiando nossos amanhãs;
em meio as bestas
que ainda ousam existir;
sem lamentos e sem culpas.
*Direitos Reservados*
de cima dos postes de luz;
os bêbados infectam as ruas,
e as praças escondem bandidos;
onde missionários se encontram,
com aqueles que pensam com a boca,
cheia de dinheiro e pão;
a cidade anda com pressa,
com imagens que unem e magoam
maratonistas gripados;
e as pombas esperam as migalhas
vigiando nossos amanhãs;
em meio as bestas
que ainda ousam existir;
sem lamentos e sem culpas.
*Direitos Reservados*
MANIAS
Decapitar margaridas,
botar cabresto em formigas,
chutar bunda de moscas,
gritar com o piano burguês,
arrulhar no meio de vacas,
amar sapo sentado
como um burro atrelado;
é uma mania sem graça
que mostra estar vivo;
mesmo sendo tão cotidiano;
tão igual aos meus pares.
*Direitos Reservados*
botar cabresto em formigas,
chutar bunda de moscas,
gritar com o piano burguês,
arrulhar no meio de vacas,
amar sapo sentado
como um burro atrelado;
é uma mania sem graça
que mostra estar vivo;
mesmo sendo tão cotidiano;
tão igual aos meus pares.
*Direitos Reservados*
CULPA DO TEMPO
Como um gato no telhado
espiando,
descanso os olhos em um lago,
com margens de margaridas;
enquanto lá na cozinha,
panelas borbulham seu cheiro,
pra minha felicidade.
Pra minha felicidade?
Por quanto tempo?
Um? Dois? Dez minutos?
É culpa do tempo,
por minhas felicidades perdidas;
ou por aquelas que acho que tenho.
*Direitos Reservados*
espiando,
descanso os olhos em um lago,
com margens de margaridas;
enquanto lá na cozinha,
panelas borbulham seu cheiro,
pra minha felicidade.
Pra minha felicidade?
Por quanto tempo?
Um? Dois? Dez minutos?
É culpa do tempo,
por minhas felicidades perdidas;
ou por aquelas que acho que tenho.
*Direitos Reservados*
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