Nos becos insanos
Nas ruas sem saneamento
dos barracos de madeira
os projéteis gritam
toda noite
Tremem os alienados
diante da tv
enquanto a sirene assovia
lá fora o poder do estado
com o olhar firme
Olhos vermelhos
mãos calosas
pés descalços
em andrajos
mas a memória? - Clara -
Outros tempos
ditadura explícita
queimava a pele
hoje disfarçada
de cão amigo.
*Direitos Reservados*
terça-feira, 22 de julho de 2008
CORTADOR DE CANA
O lobo
uiva
pra lua
o corte
da cana
golpeia o escuro
alimento
da Aurora
e os filhos
que beijam
as tetas
da vaca
cava com foice
cava
o sol
a cana
do lobo
que uiva
lobisomen
da lua
da dor
do corte
no escuro
na cana.
*Direitos Reservados*
uiva
pra lua
o corte
da cana
golpeia o escuro
alimento
da Aurora
e os filhos
que beijam
as tetas
da vaca
cava com foice
cava
o sol
a cana
do lobo
que uiva
lobisomen
da lua
da dor
do corte
no escuro
na cana.
*Direitos Reservados*
DESLIZE POÉTICO
Deixa as palavras escorregarem
como crianças
num parque,
num jardim sem vento,
distraído
aos poucos...aos poucos...
*Direitos Reservados*
como crianças
num parque,
num jardim sem vento,
distraído
aos poucos...aos poucos...
*Direitos Reservados*
ESSA É A HORA!
Neo, liberais tremeram
Neo, liberais gritaram
Neo, liberais gozam!
De que? De quem?
Do buraco do martelo
Patrões
De que?
buraco
ditador
Povo
pô
Povo
operário,
martelo,
malha
comida
raspa
dos patrões
do estado
rapa
o povo
operário
martelo
malha
o estado
oco
E nós rimos!
Neo, liberais gritam
gritam, gozam, gritam
de dor.
Essa é a hora!
* Direitos Reservados*
Neo, liberais gritaram
Neo, liberais gozam!
De que? De quem?
Do buraco do martelo
Patrões
De que?
buraco
ditador
Povo
pô
Povo
operário,
martelo,
malha
comida
raspa
dos patrões
do estado
rapa
o povo
operário
martelo
malha
o estado
oco
E nós rimos!
Neo, liberais gritam
gritam, gozam, gritam
de dor.
Essa é a hora!
* Direitos Reservados*
quarta-feira, 2 de julho de 2008
VENTO DE ÉPOCA
Nunca tive uma época
que me coubesse no coldre;
se tive?
não saquei pra atirar;
pra que os projéteis
empurrassem com o vento
as velas dos barcos
dos ditadores e usurpadores
da nossa liberdade;
para conseguir junto com o povo,
domesticar o vento,
pra podermos respirar juntos.
*Direitos Reservados*
que me coubesse no coldre;
se tive?
não saquei pra atirar;
pra que os projéteis
empurrassem com o vento
as velas dos barcos
dos ditadores e usurpadores
da nossa liberdade;
para conseguir junto com o povo,
domesticar o vento,
pra podermos respirar juntos.
*Direitos Reservados*
FÁBULA
A realidade está nos calos
das mãos,
na aurora dos dias.
Os pés acreditam em promessas,
e o vento caminha
com o tempo
derramando memórias
de um céu ignorante,
em um peixe fora d`água;
que aceitou o preço
de palavras que não salvam.
Os calos falam,
os pés andam
sobre essa maldita
e paciente fábula,
que nos afronta os dias.
Tomara a memória nos traga
uma nova aurora
guerreira.
*Direitos Reservados*
das mãos,
na aurora dos dias.
Os pés acreditam em promessas,
e o vento caminha
com o tempo
derramando memórias
de um céu ignorante,
em um peixe fora d`água;
que aceitou o preço
de palavras que não salvam.
Os calos falam,
os pés andam
sobre essa maldita
e paciente fábula,
que nos afronta os dias.
Tomara a memória nos traga
uma nova aurora
guerreira.
*Direitos Reservados*
REALIDADE POÉTICA
A mente é um porão
invadida por um furacão
de idéias,
que estabelecem relações.
O poeta na poesia
suja as folhas em branco
seus sentimentos revoltos.
O furacão impiedoso
vai derrubando as rimas
tirando a beleza do lirismo
enchendo o poeta de materialismo,
manchando todo o poema,
de vermelho vivo.
*Direitos Reservados*
invadida por um furacão
de idéias,
que estabelecem relações.
O poeta na poesia
suja as folhas em branco
seus sentimentos revoltos.
O furacão impiedoso
vai derrubando as rimas
tirando a beleza do lirismo
enchendo o poeta de materialismo,
manchando todo o poema,
de vermelho vivo.
*Direitos Reservados*
PERECÍVEIS
Nosso pensamento
nosso invento
que o tempo
vai comendo
enquanto pastamos
as conciências
como deuses inventados
levados
quando há vento.
*Direitos Reservados*
nosso invento
que o tempo
vai comendo
enquanto pastamos
as conciências
como deuses inventados
levados
quando há vento.
*Direitos Reservados*
PAIXÃO
Não há explicação para tudo
Há coisas que agem independente
da nossa vontade.
Nem no dia de olhares
que por vezes nos abraçam.
A explicação é um incômodo,
uma ferida que se abre.
Paranóia, paixão
patológica
que vaga pelas estrelas,
que conspira dia a dia;
desequilibrado sentimento,
que se estende sobre a cama
aquecendo as noites.
Pelo menos até que se cure.
*Direitos Reservados*
Há coisas que agem independente
da nossa vontade.
Nem no dia de olhares
que por vezes nos abraçam.
A explicação é um incômodo,
uma ferida que se abre.
Paranóia, paixão
patológica
que vaga pelas estrelas,
que conspira dia a dia;
desequilibrado sentimento,
que se estende sobre a cama
aquecendo as noites.
Pelo menos até que se cure.
*Direitos Reservados*
MEU MAR
Meus olhos se perdem
na imensidão desse mar
da praia que olho
e as mão e os pés
desejando transpôr
meu mar
que expresso em minhas feições
junto com um vento
suave chegando.
*Direitos Reservados*
na imensidão desse mar
da praia que olho
e as mão e os pés
desejando transpôr
meu mar
que expresso em minhas feições
junto com um vento
suave chegando.
*Direitos Reservados*
GABRIELA
Vivi minha vida de peso
vida suada batida;
apaguei a luz um dia
e amei
amor de um dia
que perfeito nos braços
deu vida
vida de peso;
o amor virou mêdo
entre o acender e apagar
de outras luzes,
só iluminou Gabriela,
acordando pra viver de novo
como nunca
Ela
com o rosto de amora
rubra iluminada.
Mesmo com o peso da vida,
que nada impeça de acordar
nossas auroras,
já que a luz não pode envelhecer;
até quando for possível,
até que a luz me leve.
(Para minha filha Gabriela)
*Direitos Reservados*
vida suada batida;
apaguei a luz um dia
e amei
amor de um dia
que perfeito nos braços
deu vida
vida de peso;
o amor virou mêdo
entre o acender e apagar
de outras luzes,
só iluminou Gabriela,
acordando pra viver de novo
como nunca
Ela
com o rosto de amora
rubra iluminada.
Mesmo com o peso da vida,
que nada impeça de acordar
nossas auroras,
já que a luz não pode envelhecer;
até quando for possível,
até que a luz me leve.
(Para minha filha Gabriela)
*Direitos Reservados*
DESTINO
Não é simples. Não
aceito as coisas como são,
esta distância infinda.
Quero mudança urgente
ou algo que de repente
me transforme.
Sei que o destino
Não me propõe algo novo,
impassível, imutável.
Dentro de mim sobrevive
a rarefeita esperança
de amor algum,
como sombra,
mesmo que parte de mim
adormecida. Acorde
ao descobrir que eu
nada sei.
Não me importo
com meu destino
tento fazer outro
maior e imensurável.
Vou fugir de mim. Que sou
hoje o que levei pro íntimo,
mesmo que venha a descobrir
que sou o próprio destino.
*Direitos Reservados*
aceito as coisas como são,
esta distância infinda.
Quero mudança urgente
ou algo que de repente
me transforme.
Sei que o destino
Não me propõe algo novo,
impassível, imutável.
Dentro de mim sobrevive
a rarefeita esperança
de amor algum,
como sombra,
mesmo que parte de mim
adormecida. Acorde
ao descobrir que eu
nada sei.
Não me importo
com meu destino
tento fazer outro
maior e imensurável.
Vou fugir de mim. Que sou
hoje o que levei pro íntimo,
mesmo que venha a descobrir
que sou o próprio destino.
*Direitos Reservados*
DESCONFIANÇA
Carrego muita confusão
na tampa da cabeça,
minha perna bamba
expõe na boca
o inconformismo:
- Tem coisa em Machu Pichu!
Eu nunca estive em Machu Pichu.
Encho o peito de ar
e cuspo o café automático
andando ofegante pela sala
espantando o gato vadio
desconfiado;
abraçado pela saudade
danada
de jogar pelada
pra me vingar.
Tá certo!
Eu não cabia na mochila
de cinco litros,
só sei que
tenho que aprender logo
a escrever passarinho.
*Direitos Reservados*
na tampa da cabeça,
minha perna bamba
expõe na boca
o inconformismo:
- Tem coisa em Machu Pichu!
Eu nunca estive em Machu Pichu.
Encho o peito de ar
e cuspo o café automático
andando ofegante pela sala
espantando o gato vadio
desconfiado;
abraçado pela saudade
danada
de jogar pelada
pra me vingar.
Tá certo!
Eu não cabia na mochila
de cinco litros,
só sei que
tenho que aprender logo
a escrever passarinho.
*Direitos Reservados*
FIM DO MUNDO
Não tenho culpas
nem pecados
ou desesperos.
Nenhum segredo,
estou farto!
Não peço bençãos
prá dormir
nem tenho verde
nas janelas.
Tudo começou na lua cheia
já não mais cantavam os sabiás
não havia mais fome
nem mêdo
nem contradições;
havia acabado o mundo.
*Direitos Reservados*
nem pecados
ou desesperos.
Nenhum segredo,
estou farto!
Não peço bençãos
prá dormir
nem tenho verde
nas janelas.
Tudo começou na lua cheia
já não mais cantavam os sabiás
não havia mais fome
nem mêdo
nem contradições;
havia acabado o mundo.
*Direitos Reservados*
CARNAVAL DE INTERESSES
Coração saltitante, surdo, tamborim
assim, nome - Dani
assim miscigenado
de pequenas possibilidades
coisa de química corporal
entre olhares fugitivos
assim, parda branca viva
coisa pulsante
pura poesia.
*Direitos Reservados*
assim, nome - Dani
assim miscigenado
de pequenas possibilidades
coisa de química corporal
entre olhares fugitivos
assim, parda branca viva
coisa pulsante
pura poesia.
*Direitos Reservados*
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