O frio me corta
cortado por carros
gente sem gente
de idéias elétricas
confortáveis, condicionadas,
rodando com o pensamento
caminhando apoiadas em rodas.
Atravessado pelos faróis
eu vou, trêmulo no tempo,
sem trono do rei,
doente burguês hostil.
Ao meu redor bailam cinzas,
respiro judeus, revolucionários,
outros tantos, com mêdo,
o mundo que suspeito padece
nos porões que não conheço,
incandeço como brasa,
pra ser em breve cinza
para pulmões efizêmicos.
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