O amanhã virá de novo
com o abraço das coisas,
do amor, do trabalho, da exploração
e da luta, justa?
Uma fábrica que produz
cruelmente o futuro
Mudanças?
Só mudando a forma e o conteúdo
que já não nos cabe mais.
O amanhã poderá ser coletivo
um só corpo
sem céus, só oceano,
mar vermelho, transformado
pelo combate incessante, diário,
contra a ficção dos dias.
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