O lamento das minhas mágoas
mais suaves que goles de cervejas
mais do que faca da língua,
maliciosamente me aquecem os dias
frios e mudos
Na gruta que me abrigo
fico mais pedaço de pedra
Um triste lampejo nos olhos
me adoecem quando penso imagens
dor de fanáticos em suplícios
ou de um lobo urbano...
Farsa
essa que vivi, amigo,
como câncer,
como crença,
covardemente assassinada
Foram-se as amizades
que guardamos com punho cerrado
pra solidalizarmos nos sonhos?
Hoje já não há sonho.
Durmo enganando as mágoas
essa que o punhal deixou nas costas
por gerações narcísas
geradas pelo mundo das coisas
Descanço meus dedos cansados
de palavras mudas, pedras,
falta de rimas , versos
de angústia tropical
Nessa e outras noites
vão sendo superadas
Hoje me privo de versos
não declamo mais
Zecas e Cristinas
Amizade é amor que as vezes morre,
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