O abraço do polvo
acolhe
fetichisa
Meu corpo
quente
pesado
escravo
Minha alienação
minha vida
abraçada
mão de obra
Realidade
do meu olhar fictício
meu olhar
trabalhador
Meu ver comovido
o mar
quando é tsunami
Polvo
de abraço terno
suave
Agradável
como o levantar
da brisa
Ou como a canção de sereia
que tudo é
assim é o que é
Aceito, agradeço,
acolhido pelos tentáculos
que faz pensar
que existo.
Difícil ser eu
não enxergar
ao olhar
Um trabalhador mudo
olhando o poente
pra escutar o que ele fala.
Nenhum comentário:
Postar um comentário