Esperamos
das pessoas muitas vezes coisas que elas não podem nos dar, porque vemos no
outro aquilo que queremos ver, aquilo que o outro acha que é, no meio disso um
poço sem fundo nesse objetivo de viver sob o olhar do outro, é ser aceito.
A verdade
muitas vezes não tem haver com a ação, para que a vida siga seu caminho, sem
pedras no caminho, precisamos da convivência feliz, em meio a sorrisos falsos, mentiras e
ilusões.
Viver não é pra qualquer um.
O
mundo fictício é doloroso, para todas as relações, principalmente para o amor e
a amizade.
Após
cada decepção, esquecemos, depois de muita tortura partimos pra outra.
Aquilo
que se vai e se perde, fica e se acha, em vida a todo movimento.
O
que foi porque morreu não se encontra em vida, melhor seguir em frente, as decepções
nos ensinam esse viver.
Uma
fênix renasce das cinzas da decepção, num mundo fictício, de sorrisos amarelos,
sexo utilitário, trabalho alienado, amor valorado, no universo da desilusão. A
cada momento falso, o passado, presente e futuro se aproximam e são saudados
por novas decepções.
Os
personagens deste mundo se confundem cada qual nas suas espertezas. Dualidade
entre verdades e mentiras na sociedade do espetáculo. Mesquinhos altruístas,
demagogos decentes, certificando toda a prole com doutorado de falsidade.
- Quem são os tolos?
Numa
noite negra uma luz vai escancarar essa monstruosidade?
Um
tolo não percebe no singelo e na sutilidade, conteúdos indecentes e
desprezíveis.
- Prefiro
me manter bêbado e só, meu brio.
Eu
sabia que a decepção, sem saber nem era.
SIDNEY
NUNES
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