sábado, 25 de novembro de 2017

MORTOS VIVOS

O homem está com sede,
o homem está com fome,
pombas, asfalto, gente,
na cidade que nunca dorme,

Não dorme zumbi,
zumbi que nunca dorme,
come terra, come mundo,
na cidade que se arregala,

para dormir a cidade,
devemos a ela um chamego,
um cafuné e muitos beijos,

selinhos, ventosas,
mais afoitos são os jovens,
as crianças em roda,
outras amarelinhas,

sonhos num chão duro,
cheio de horizontes,
vemos o fim todos os dias,

pés inchados de correria,
descansam tumularmente,
sem que se habite a cidade.

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