terça-feira, 9 de outubro de 2018

DORMINDO ACORDADO

A manhã acorda laranjeira,
coloco meus dentes
de conflitos e contradições,
para devorar certezas,

Levanto-me com o barulho
dos cascos na calçada,
homens gritando como galos
que urubus vão devorar sonhos,

Escondo minhas utopias,
para onde é possível 
se sonhar junto,

Com gritos e cantos
que cantam para dentro,
adormeço, com a mesma
cruz nos ombros.

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