Sentado no chão da rua,
Envolto em moscas,
vadiando junto com as palavras,
Sinto os passarinhos,
cagando em mim de dia,
e me cantando pela manhã,
Sou um ser da cidade,
Aprendi a gostar de arranha-céus,
antes das coisas de Deus,
Gosto da palavra "bunda",
e da palavra "piranha",
prefiro viajar com elas,
mais do que de metrô,
As palavras me aceitam,
do jeito que sou,
assim como as pedras.
Detesto as pedras do caminho,
Não tem a importância das latas,
Nem pra mim, a solidão
de um pé de sapato abandonado,
num canto,
Pô!
Estou engatinhando ainda,
sou somente um bebê,
arriscando ser um poeta.
*Direitos Reservados*
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