Nasci sem nome
lindinho
bochechudo
sem nome
quis ser Antonio,
Manuel, Joaquim
um bom português,
adolescente coca -cola;
de José fugia,
Maria comia,
apaixonado
ser Francisco
na faculdade,
pobre
me tornei,
Jesus
pedreiro penseiro
morri
João Ninguém.
*Direitos Reservados*
terça-feira, 15 de abril de 2008
quinta-feira, 10 de abril de 2008
PEDRA
Diante do risco
não te dou nome
ao me abrir pra dentro;
encontro um labirinto
de pedra
aberta em gruta;
mucosa como um corpo
que procuro entrar;
não te dou nome
corro o risco,
me arrisco
dessas palavras pássaras
não chegarem aos teus ouvidos;
e como pedra
se fechar em si mesmo
em silêncio
cotidiana;
só gravando meu nome
em tua carne,
pedra
do meu caminho
corro o risco
de você emitir um gemido.
*Direitos Reservados*
não te dou nome
ao me abrir pra dentro;
encontro um labirinto
de pedra
aberta em gruta;
mucosa como um corpo
que procuro entrar;
não te dou nome
corro o risco,
me arrisco
dessas palavras pássaras
não chegarem aos teus ouvidos;
e como pedra
se fechar em si mesmo
em silêncio
cotidiana;
só gravando meu nome
em tua carne,
pedra
do meu caminho
corro o risco
de você emitir um gemido.
*Direitos Reservados*
quarta-feira, 9 de abril de 2008
INSPIRAÇÃO
Me esbarrou por acaso
e nunca notou minha existência;
nem quando morreu na janela da sala,
uma mosca sózinha;
era noite de sol posto,
e lágrimas me rolaram pelo rosto,
ela não viu,
a mosca morta,
nem o luto nos meus olhos,
quando a noite ficou mais cinza,
ela não viu que eu via,
seu corpo longo e lento,
há andar pela sala
As minhas olheiras exiladas,
se prendiam entre as pálpebras,
e meu coração marcava,
cada passo seu no peito,
movia meu pensamento,
lhe emprestava o movimento,
andando fumegante
com meu cheiro de café,
em sua caneca vermelha,
nada disso ela via,
o olhar que pedia,
nada ouvia do batuque,
que fazia a cotovia,
no peito do poeta só.
*Direitos Reservados*
e nunca notou minha existência;
nem quando morreu na janela da sala,
uma mosca sózinha;
era noite de sol posto,
e lágrimas me rolaram pelo rosto,
ela não viu,
a mosca morta,
nem o luto nos meus olhos,
quando a noite ficou mais cinza,
ela não viu que eu via,
seu corpo longo e lento,
há andar pela sala
As minhas olheiras exiladas,
se prendiam entre as pálpebras,
e meu coração marcava,
cada passo seu no peito,
movia meu pensamento,
lhe emprestava o movimento,
andando fumegante
com meu cheiro de café,
em sua caneca vermelha,
nada disso ela via,
o olhar que pedia,
nada ouvia do batuque,
que fazia a cotovia,
no peito do poeta só.
*Direitos Reservados*
PÔR DOS OLHOS
Não consigo dormir
furo com o dedo a terra
e vejo o outro lado do mundo
que trabalha;
ascendo um cigarro
me ascende uma estrela,
minha água de cana
reflete a lua,
e a noite ameaça chorar
Porque estou caramujo?
Se vou morrer no jardim?
Meu cigarro apagou
no canto da boca,
passando o passado;
vou cochilar agora,
deixar minha vara fincada,
e no anzol como isca
ficam meus sonhos,
tomara eu consiga pescar,
meu amanhã e um dia de sol.
*Direitos Reservados*
furo com o dedo a terra
e vejo o outro lado do mundo
que trabalha;
ascendo um cigarro
me ascende uma estrela,
minha água de cana
reflete a lua,
e a noite ameaça chorar
Porque estou caramujo?
Se vou morrer no jardim?
Meu cigarro apagou
no canto da boca,
passando o passado;
vou cochilar agora,
deixar minha vara fincada,
e no anzol como isca
ficam meus sonhos,
tomara eu consiga pescar,
meu amanhã e um dia de sol.
*Direitos Reservados*
PENSA COMO EU PENSO
Ar de viúva
é chuva
Andar lento
é vento
Ter segredo
é mêdo
Nariz arrebitado
é treva
Todo remédio
é tédio
Toda criatividade
é bela
A provocação
é fera
Mulher
é menina
Se vê dor
é choro
Se vê amor
foge
Sua noite
é vitrola
Teu silencio
incomoda
é benvindo.
Pensa em você
como eu penso.
*Direitos Reservados*
é chuva
Andar lento
é vento
Ter segredo
é mêdo
Nariz arrebitado
é treva
Todo remédio
é tédio
Toda criatividade
é bela
A provocação
é fera
Mulher
é menina
Se vê dor
é choro
Se vê amor
foge
Sua noite
é vitrola
Teu silencio
incomoda
é benvindo.
Pensa em você
como eu penso.
*Direitos Reservados*
MINHAS VERDADES
Estou velho
Não sou feio,
não sou belo
aos meus olhos;
sou bom como um cão,
impuro como a lama,
mas meu peito é moço e lateja,
são as verdades que carrego,
por essas ruas que me devoram,
onde as luminárias espalham
meus segredos,
ajudadas pelo vento,
que arrepia a mim e a pele
dos telhados silenciosos,
que te abrigam,
atrás das janelas,
fechadas para o mundo;
imprevista e delicada.
Diante do espelho,
minha nítida certeza;
quando eu te alcançar,
talvez não esteja vivo?
*Direitos Reservados*
Não sou feio,
não sou belo
aos meus olhos;
sou bom como um cão,
impuro como a lama,
mas meu peito é moço e lateja,
são as verdades que carrego,
por essas ruas que me devoram,
onde as luminárias espalham
meus segredos,
ajudadas pelo vento,
que arrepia a mim e a pele
dos telhados silenciosos,
que te abrigam,
atrás das janelas,
fechadas para o mundo;
imprevista e delicada.
Diante do espelho,
minha nítida certeza;
quando eu te alcançar,
talvez não esteja vivo?
*Direitos Reservados*
AMOR É ISSO?
Amo você!
Muito além
de um olhar
de garfo e faca.
Não vou me apagar em gentilezas
pra só me fazer ver
charmoso aos teus olhos.
Amo você!
Não suportaria
vê-la na cozinha
pra cozinhar sonhos
que não são teus;
Tudo porque te amo.
Aceito que mijes coca-cola
até que saia no New York Times
porque amar é isso;
deixar que faça
o que bem entende com sua liberdade
Meu desejo é ter sempre
a sensação de poder
me esconder em seus braços.
*Direitos Reservados*
Muito além
de um olhar
de garfo e faca.
Não vou me apagar em gentilezas
pra só me fazer ver
charmoso aos teus olhos.
Amo você!
Não suportaria
vê-la na cozinha
pra cozinhar sonhos
que não são teus;
Tudo porque te amo.
Aceito que mijes coca-cola
até que saia no New York Times
porque amar é isso;
deixar que faça
o que bem entende com sua liberdade
Meu desejo é ter sempre
a sensação de poder
me esconder em seus braços.
*Direitos Reservados*
terça-feira, 8 de abril de 2008
CONSTRUÇÃO
Sei que não adoço e não tempero
se falo não volto atrás,
desacato Deus e o diabo;
mas nunca esqueço do que disse:
Seu amor? Você constrói.
Agora levanto sorridente,
se o mundo está cinzento?
coloco os óculos...
ou transformo ele.
Patético dialético
vou conquistando você,
e talvez não perceba,
vou observando suas intimidades,
e mesmo como um hippie num chip,
sonho em lamber nossos beiços,
estou construindo...estou construindo,
meu amor com você.
*Direitos Reservados*
se falo não volto atrás,
desacato Deus e o diabo;
mas nunca esqueço do que disse:
Seu amor? Você constrói.
Agora levanto sorridente,
se o mundo está cinzento?
coloco os óculos...
ou transformo ele.
Patético dialético
vou conquistando você,
e talvez não perceba,
vou observando suas intimidades,
e mesmo como um hippie num chip,
sonho em lamber nossos beiços,
estou construindo...estou construindo,
meu amor com você.
*Direitos Reservados*
BODAS DE BANALIDADES
Matamos por vingança,
eletrocutamos nossos inimigos;
eu aspirando gás de cozinha,
enquanto você sorria
engraçada
enquanto apanhava;
engravidada.
Um filho pra torturarmos;
Quando?
Quando nada tivermos pra fazer
de melhor.
Eu te cuspia Amélia,
escarrava,
em nossas conversas macarronadas,
com amor...com muito amor,
vomitado.
Hoje serenamos
apagando as velas
em nossa bodas de prata.
*Direitos Reservados*
eletrocutamos nossos inimigos;
eu aspirando gás de cozinha,
enquanto você sorria
engraçada
enquanto apanhava;
engravidada.
Um filho pra torturarmos;
Quando?
Quando nada tivermos pra fazer
de melhor.
Eu te cuspia Amélia,
escarrava,
em nossas conversas macarronadas,
com amor...com muito amor,
vomitado.
Hoje serenamos
apagando as velas
em nossa bodas de prata.
*Direitos Reservados*
quarta-feira, 2 de abril de 2008
ANDRÓGENO
Não zomba das minhas horas
se não vai me sorrir auroras
nem me olhe de soslaio; etérea
Só quando puder me olhar na terra
plantado planta no chão
como homem e mulher
argila, crosta infecunda
aperte então minhas ventas
se encharque como uma fêmea
que juntos podemos sorver
cada gemido implícito
explícitos como as mulheres.
*Direitos Reservados*
se não vai me sorrir auroras
nem me olhe de soslaio; etérea
Só quando puder me olhar na terra
plantado planta no chão
como homem e mulher
argila, crosta infecunda
aperte então minhas ventas
se encharque como uma fêmea
que juntos podemos sorver
cada gemido implícito
explícitos como as mulheres.
*Direitos Reservados*
CORRE - CORRE
Geração Fast-food
que corre
como um maratonista
ligeiro
suado de óleo
de batata frita
cerveja
refri
e desejos
muitos desejos
Porque as mulheres correm também
Eles olham
passar correndo
Elas olham
passar correndo
os sorrisos trocados
os lençois encharcados
e sóis... e noites
correndo
sumindo
suando
sedentos
os dias se vão
e os sonhos
se acomodam em algo
sem lugar no espaço
só interessa o cometa
voando por entre as estrelas.
*Direitos Reservados*
que corre
como um maratonista
ligeiro
suado de óleo
de batata frita
cerveja
refri
e desejos
muitos desejos
Porque as mulheres correm também
Eles olham
passar correndo
Elas olham
passar correndo
os sorrisos trocados
os lençois encharcados
e sóis... e noites
correndo
sumindo
suando
sedentos
os dias se vão
e os sonhos
se acomodam em algo
sem lugar no espaço
só interessa o cometa
voando por entre as estrelas.
*Direitos Reservados*
BOTO CÔR DE ROSA
Me deito no rio
com um corpo rosa
movendo
peixe tenso
no ar
meu corpo de terra
se molha
ao toque do boto
bicudo abusado
eu grito meu grito
morrendo
feliz de saudade
P/ Andressa Ferrarezi
* Direitos Reservados *
com um corpo rosa
movendo
peixe tenso
no ar
meu corpo de terra
se molha
ao toque do boto
bicudo abusado
eu grito meu grito
morrendo
feliz de saudade
P/ Andressa Ferrarezi
* Direitos Reservados *
CONCILIAÇÃO
Nunca me diga
-É lua cheia! Vai embora!
Diante da constatação
de que não tenho um cavalo branco
e nem sou teu salvador;
Me grita:
-É lua nova!
Engulo o meu orgulho
me dispo da vaidade
e volto a aquecer o teu corpo.
* Direitos Reservados *
-É lua cheia! Vai embora!
Diante da constatação
de que não tenho um cavalo branco
e nem sou teu salvador;
Me grita:
-É lua nova!
Engulo o meu orgulho
me dispo da vaidade
e volto a aquecer o teu corpo.
* Direitos Reservados *
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