quarta-feira, 9 de abril de 2008

MINHAS VERDADES

Estou velho
Não sou feio,
não sou belo
aos meus olhos;
sou bom como um cão,
impuro como a lama,
mas meu peito é moço e lateja,
são as verdades que carrego,
por essas ruas que me devoram,
onde as luminárias espalham
meus segredos,
ajudadas pelo vento,
que arrepia a mim e a pele
dos telhados silenciosos,
que te abrigam,
atrás das janelas,
fechadas para o mundo;
imprevista e delicada.
Diante do espelho,
minha nítida certeza;
quando eu te alcançar,
talvez não esteja vivo?

*Direitos Reservados*

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