Uma mulher que nunca ouviu:
o choro de um sapo,
um grilo cozinhando,
uma cigarra torcendo
pro seu time favorito,
é mulher...
mulher pra todo lado;
mas se ouviu
é que nem taça de vinho,
que só não voa porque não quer,
não porque não tem asa.
*Direitos Reservados*
quinta-feira, 30 de abril de 2009
COTIDIANO
Sai da frente, filho da puta!
Vai pilotar fogão, tia!
Olha o farol desgraçado!
Sai da rua mendigo!
buzina...buzina...
e o mundo obedece.
O sol quente, no alto
queima
todas as mentes que pode.
Na sombra do viaduto,
sentado com seus andrajos,
um andarilho pica
pão e papelão
entre baratas que correm
um cão que boceja.
O sol já se vai,
surge um pedaço de lua,
com muitas estrelas.
O andarilho?
Ainda come migalhas.
*Direitos Reservados*
Vai pilotar fogão, tia!
Olha o farol desgraçado!
Sai da rua mendigo!
buzina...buzina...
e o mundo obedece.
O sol quente, no alto
queima
todas as mentes que pode.
Na sombra do viaduto,
sentado com seus andrajos,
um andarilho pica
pão e papelão
entre baratas que correm
um cão que boceja.
O sol já se vai,
surge um pedaço de lua,
com muitas estrelas.
O andarilho?
Ainda come migalhas.
*Direitos Reservados*
VOCAÇÃO
Sei que um dia
serei um grande poeta
daqueles tipo: francês
que morria aos 28
de tanto fumar e beber
pela poesia perfeita,
amor, dor, destino,
saudade, tristeza e viver.
Não morrerei porque quero,
prefiro movimentar o movimento,
perpetuar a espécie
e morrer com um tiro no peito.
*Direitos Reservados*
serei um grande poeta
daqueles tipo: francês
que morria aos 28
de tanto fumar e beber
pela poesia perfeita,
amor, dor, destino,
saudade, tristeza e viver.
Não morrerei porque quero,
prefiro movimentar o movimento,
perpetuar a espécie
e morrer com um tiro no peito.
*Direitos Reservados*
PEQUENEZ
Fiz pequenas coisas
que só os humanos
de fato saberão mensurar,
aqueles que pequenos
grandiosos atos também cometem,
amam demais, choram demais,
exagerados aos pés do mundo,
que deixam nas bocas
um sabor de versos
que nunca se acaba.
*Direitos Reservados*
que só os humanos
de fato saberão mensurar,
aqueles que pequenos
grandiosos atos também cometem,
amam demais, choram demais,
exagerados aos pés do mundo,
que deixam nas bocas
um sabor de versos
que nunca se acaba.
*Direitos Reservados*
É ISSO
Não deixa o coração aberto
senão entro sem pedir licença.
Não pense que na minha tenra idade
penso que já não existo.
Ainda conheço de amor,
amor é isso.
*Direitos Reservados*
senão entro sem pedir licença.
Não pense que na minha tenra idade
penso que já não existo.
Ainda conheço de amor,
amor é isso.
*Direitos Reservados*
sábado, 11 de abril de 2009
VIOLÊNCIA POÉTICA
Meu projétil? Um poema
a atravessar seu peito.
Com o indicador e o polegar
miro com a caneta o papel,
que jaz pálido sobre a mesa,
atiro, esfaqueio, esbofeteio
o corpo que vou dando vida
com palavras que não gemem.
Dou socos e pontapés de rimas,
contra todas as teorias,
que reafirmam o que está posto,
talvez nada mude: Uma rã
resmungando ao final da tarde,
baratas correndo apressadas,
grilos fritando algo que não cheira.
Disparo as palavras
para aqueles que me lêem,
atiro a pé,
contra a fé,
deixando os puristas surdos
com tanta agressividade,
mas os disparos feitos,
são só pensamentos, que voam,
como Fernão Capelo Gaivota,
mas fere, fere,
todo e qualquer cidadão.
*Direitos Reservados*
a atravessar seu peito.
Com o indicador e o polegar
miro com a caneta o papel,
que jaz pálido sobre a mesa,
atiro, esfaqueio, esbofeteio
o corpo que vou dando vida
com palavras que não gemem.
Dou socos e pontapés de rimas,
contra todas as teorias,
que reafirmam o que está posto,
talvez nada mude: Uma rã
resmungando ao final da tarde,
baratas correndo apressadas,
grilos fritando algo que não cheira.
Disparo as palavras
para aqueles que me lêem,
atiro a pé,
contra a fé,
deixando os puristas surdos
com tanta agressividade,
mas os disparos feitos,
são só pensamentos, que voam,
como Fernão Capelo Gaivota,
mas fere, fere,
todo e qualquer cidadão.
*Direitos Reservados*
RESSACA
Ressaca
Ressentimento
Poesia
Rala
Fezes
Farto
Escrevo
Chato
Revolto
Gesto
Pé
No saco
Poeta
Saco
Pancada
Histórica
Machucado
Voltei
Faz sentido?
*Direitos Reservados*
Ressentimento
Poesia
Rala
Fezes
Farto
Escrevo
Chato
Revolto
Gesto
Pé
No saco
Poeta
Saco
Pancada
Histórica
Machucado
Voltei
Faz sentido?
*Direitos Reservados*
OUTRA COISA
Poesia de amor
não me afeta,
sou pela poesia,
que bate, desloca,
que cresce.
Me interessa a cerveja
a cachaça, o pó, a pedra
no caminho, que desgoverna,
as teorias prenhas.
Poema margem - marginal,
em palavras que se completam,
não um rio,
onde todo peixe habita,
academicamente.
Como um bom moço,
como político insano.
Um poema deve perturbar
o amor. Ser bêbado.
Tumultuar seu dia.
*Direitos Reservados*
não me afeta,
sou pela poesia,
que bate, desloca,
que cresce.
Me interessa a cerveja
a cachaça, o pó, a pedra
no caminho, que desgoverna,
as teorias prenhas.
Poema margem - marginal,
em palavras que se completam,
não um rio,
onde todo peixe habita,
academicamente.
Como um bom moço,
como político insano.
Um poema deve perturbar
o amor. Ser bêbado.
Tumultuar seu dia.
*Direitos Reservados*
REFLEXÃO
Empilho tijolos, uns sobre os outros
na terra do leão. Dou-lhes massa
de pão. Faço um puxadinho,
só posso fazer reformas.
Quando acordo com o pão de ontem,
meu café coado no pano, reflito.
Me dou conta de muitas teorias,
as práticas? Ah!
As práticas também.
Vou a missa,
só quando estou com fome,
para comer hóstias.
Saio de lá carregado
como uma mula,
com a cabeça cheia
de obscenidades.
Mas nos momentos de irreflexão
diante do grasnar da tv,
sei o quanto as futilidades
me incomodam e dou tiros
na janela com balas fora de moda.
*Direitos Reservados*
na terra do leão. Dou-lhes massa
de pão. Faço um puxadinho,
só posso fazer reformas.
Quando acordo com o pão de ontem,
meu café coado no pano, reflito.
Me dou conta de muitas teorias,
as práticas? Ah!
As práticas também.
Vou a missa,
só quando estou com fome,
para comer hóstias.
Saio de lá carregado
como uma mula,
com a cabeça cheia
de obscenidades.
Mas nos momentos de irreflexão
diante do grasnar da tv,
sei o quanto as futilidades
me incomodam e dou tiros
na janela com balas fora de moda.
*Direitos Reservados*
SIM E NÃO
Tem momentos, acho que sim,
os minutos passam, concluo que não.
Entre sins e nãos,
só ouço bois que dizem:
não...não...não...
Acordo,
ao machucar a cabeça,
com cabeçadas na parede;
dou algumas bocejadas,
em vez de dizer o que sinto.
Esperando um sim,
sim...sim...sim...
mas sei mulher
que a efêmeridade
da vida, pressupõe
que depois do sim,
muito em breve será não.
Logo o não se vai...
Não! Não existe.
Começo a achar
que sim, se sim eu grito:
Não! Não é possível.
*Direitos Reservados*
os minutos passam, concluo que não.
Entre sins e nãos,
só ouço bois que dizem:
não...não...não...
Acordo,
ao machucar a cabeça,
com cabeçadas na parede;
dou algumas bocejadas,
em vez de dizer o que sinto.
Esperando um sim,
sim...sim...sim...
mas sei mulher
que a efêmeridade
da vida, pressupõe
que depois do sim,
muito em breve será não.
Logo o não se vai...
Não! Não existe.
Começo a achar
que sim, se sim eu grito:
Não! Não é possível.
*Direitos Reservados*
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