sábado, 11 de abril de 2009

VIOLÊNCIA POÉTICA

Meu projétil? Um poema
a atravessar seu peito.
Com o indicador e o polegar
miro com a caneta o papel,
que jaz pálido sobre a mesa,
atiro, esfaqueio, esbofeteio
o corpo que vou dando vida
com palavras que não gemem.

Dou socos e pontapés de rimas,
contra todas as teorias,
que reafirmam o que está posto,
talvez nada mude: Uma rã
resmungando ao final da tarde,
baratas correndo apressadas,
grilos fritando algo que não cheira.

Disparo as palavras
para aqueles que me lêem,
atiro a pé,
contra a fé,
deixando os puristas surdos
com tanta agressividade,
mas os disparos feitos,
são só pensamentos, que voam,
como Fernão Capelo Gaivota,
mas fere, fere,
todo e qualquer cidadão.

*Direitos Reservados*

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