O que eu tenho hoje,
traição de uma mulher,
o sumiço de todos,
filhos, parentes, amigos.
O que eu tenho hoje?
Uma sobrevida, um sopro,
como garrafa de água,
vazia.
*Direitos Reservados*
quarta-feira, 27 de maio de 2009
MARINHEIRO
Todos os dias fico ansioso por vê-la,
fico bem só de pensá-la.
Não me vê porque é míope,
não me importo.
Seios fartos e altos,
(Se estivesse deitada).
Ah! Se eu escalasse
poderia ver além do horizonte.
Os dedos finos da mão do seu braço,
cutucam a cavidade de um orgasmo.
Meu desejo marinheiro
sente algo palatável.
Mas quando será que navego?
Quando será que te provo?
Quando navegar em suores revoltos,
marinheiro naufrago.
*Direitos Reservados*
fico bem só de pensá-la.
Não me vê porque é míope,
não me importo.
Seios fartos e altos,
(Se estivesse deitada).
Ah! Se eu escalasse
poderia ver além do horizonte.
Os dedos finos da mão do seu braço,
cutucam a cavidade de um orgasmo.
Meu desejo marinheiro
sente algo palatável.
Mas quando será que navego?
Quando será que te provo?
Quando navegar em suores revoltos,
marinheiro naufrago.
*Direitos Reservados*
MENINA
Algo me incomoda. Há no silêncio inquieto,
uma perturbação que não há,
olho pra menina dos olhos,
e na menina vejo tudo que escondes,
que a mulher nunca me dirá.
*Direitos Reservados*
uma perturbação que não há,
olho pra menina dos olhos,
e na menina vejo tudo que escondes,
que a mulher nunca me dirá.
*Direitos Reservados*
UM DIA TE CONTO
Um dia, sim, um dia...
Um dia pensarei nesse dia,
hoje não...
hoje não posso contar para você,
o que penso de você,
sobre mim, o ônibus lotado,
desodorante vencido, xingamentos,
coisas de gente...
Um dia eu conto...
Hoje eu quero construir,
meu dia para o dia seguinte...
que é importante para chegar a você.
Tenho tudo organizado,
Não! Não vou dizer nada,
Não hoje...
Não perguntei nada para ti.
Um dia... Hoje é dia de planejar.
sento para escrever como conquistar o mundo.
Não! Não farei isso hoje.
As vezes acho que te odeio,
sentimento estranho que sai para fora,
mas não vem de dentro...
Acho que estou me expondo demais,
meus segredos não devem ser lidos.
Um dia... Deixarão de ser segredos.
Hoje sou criança brincando de poesia,
um dia serei outro,
serei inteligente, saberei de livros,
serei lindo, serei prático,
talvez até você me convoque por edital,
para fazer parte da sua vida.
Um dia redigirei esse amanhã,
hoje não...
Um dia serei o que hoje não posso.
Estou cansado...
Um dia falo mais... talvez amanhã...
na semana que vem... quem sabe?
*Direitos Reservados*
Um dia pensarei nesse dia,
hoje não...
hoje não posso contar para você,
o que penso de você,
sobre mim, o ônibus lotado,
desodorante vencido, xingamentos,
coisas de gente...
Um dia eu conto...
Hoje eu quero construir,
meu dia para o dia seguinte...
que é importante para chegar a você.
Tenho tudo organizado,
Não! Não vou dizer nada,
Não hoje...
Não perguntei nada para ti.
Um dia... Hoje é dia de planejar.
sento para escrever como conquistar o mundo.
Não! Não farei isso hoje.
As vezes acho que te odeio,
sentimento estranho que sai para fora,
mas não vem de dentro...
Acho que estou me expondo demais,
meus segredos não devem ser lidos.
Um dia... Deixarão de ser segredos.
Hoje sou criança brincando de poesia,
um dia serei outro,
serei inteligente, saberei de livros,
serei lindo, serei prático,
talvez até você me convoque por edital,
para fazer parte da sua vida.
Um dia redigirei esse amanhã,
hoje não...
Um dia serei o que hoje não posso.
Estou cansado...
Um dia falo mais... talvez amanhã...
na semana que vem... quem sabe?
*Direitos Reservados*
sexta-feira, 22 de maio de 2009
MESMICES
Enquanto alguns homens
descansam seus jornais,
insetos correm para as baladas
na cidade tecno.
As cercas dos senhores do poder
permanecem atentas.
As mulheres tecem vidas
por trás de janelas anônimas.
Deuses, teorias, acordadas
nos botecos regadas a chopp
norteiam destinos.
Alguém chora, alguém ri,
nasce, morre,
em mais um dia de mesmices,
sempre com roupagem nova,
nas repetições cotidianas.
Acordam os jornais,
insetos vão dormir,
cercas levantadas,
mulheres com vida pronta,
teorias de gravatas sóbrias
substituídas na gaveta
o dia chora, o dia ri,
ao som de "Imagine",
as mesmices vão ao shopping
tudo recomeça
como coisa natural,
o sol arde os pensamentos.
De novo?
Só meu sorriso devolvido,
e meu beijo que você guardou.
*Direitos Reservados*
descansam seus jornais,
insetos correm para as baladas
na cidade tecno.
As cercas dos senhores do poder
permanecem atentas.
As mulheres tecem vidas
por trás de janelas anônimas.
Deuses, teorias, acordadas
nos botecos regadas a chopp
norteiam destinos.
Alguém chora, alguém ri,
nasce, morre,
em mais um dia de mesmices,
sempre com roupagem nova,
nas repetições cotidianas.
Acordam os jornais,
insetos vão dormir,
cercas levantadas,
mulheres com vida pronta,
teorias de gravatas sóbrias
substituídas na gaveta
o dia chora, o dia ri,
ao som de "Imagine",
as mesmices vão ao shopping
tudo recomeça
como coisa natural,
o sol arde os pensamentos.
De novo?
Só meu sorriso devolvido,
e meu beijo que você guardou.
*Direitos Reservados*
sexta-feira, 8 de maio de 2009
RUA MINHA RUA
Aqui não tem coitadinhos,
nem criamos poesia.
Somos a poética fétida,
temos corpo, não amigos,
mas na veia corre o sangue aceso,
coisa de gente viva.
Quando acariciados, desconfiamos,
com o mar nos olhos sem costume.
Continuamos sós nas ruas esperando
que ela nos atropele, caso contrário,
continuamos vendo a vida passar,
como fazem na janela os anônimos,
que nos vêem como poesia,
que não compreendem, que ficará,
mesmo após termos passado,
a vida, a poesia, os anônimos.
*Direitos Reservados*
nem criamos poesia.
Somos a poética fétida,
temos corpo, não amigos,
mas na veia corre o sangue aceso,
coisa de gente viva.
Quando acariciados, desconfiamos,
com o mar nos olhos sem costume.
Continuamos sós nas ruas esperando
que ela nos atropele, caso contrário,
continuamos vendo a vida passar,
como fazem na janela os anônimos,
que nos vêem como poesia,
que não compreendem, que ficará,
mesmo após termos passado,
a vida, a poesia, os anônimos.
*Direitos Reservados*
LEMBRANÇAS
Não consigo esquecer seu olhar escondido,
nem a casa branca frente ao mar enorme,
nem o teclado dos seus dentes
diante de nosso jardim de flores marinhas,
lembro seus óculos míopes
que escondem olhos silenciosos, intactos que dormem;
os cabelos negros esparramados
pela cama, me lembram que os lençóis
ainda guardam coisas que eram minhas,
carícias de dedos finos, roçar da pele branca,
num corpo que ainda é meu.
Pensá-la é um pensar que não acaba nunca,
lembrança, fixa, imutável,
que hoje paira sobre esse poeta.
*Direitos Reservados*
nem a casa branca frente ao mar enorme,
nem o teclado dos seus dentes
diante de nosso jardim de flores marinhas,
lembro seus óculos míopes
que escondem olhos silenciosos, intactos que dormem;
os cabelos negros esparramados
pela cama, me lembram que os lençóis
ainda guardam coisas que eram minhas,
carícias de dedos finos, roçar da pele branca,
num corpo que ainda é meu.
Pensá-la é um pensar que não acaba nunca,
lembrança, fixa, imutável,
que hoje paira sobre esse poeta.
*Direitos Reservados*
ESPETÁCULO
As árvores gemem quando passa o vento.
O sol bate na lona do circo e o chão arde.
Em torno caminham homens sem lar,
suados, salgados, reluzentes como peixes.
Baratas agitadas, de repente esmagadas
pela bota do descaso, entrando e saindo
de buracos escuros, tomados pelo espaço.
As narrativas quebram o silêncio cotidiano,
tentando abrir os olhos míopes da sociedade,
roendo a solidão.
As árvores gemem quando passa o vento.
O chão arde e na lona de circo,
um palhaço expõe os andrajos.
*Direitos Reservados*
O sol bate na lona do circo e o chão arde.
Em torno caminham homens sem lar,
suados, salgados, reluzentes como peixes.
Baratas agitadas, de repente esmagadas
pela bota do descaso, entrando e saindo
de buracos escuros, tomados pelo espaço.
As narrativas quebram o silêncio cotidiano,
tentando abrir os olhos míopes da sociedade,
roendo a solidão.
As árvores gemem quando passa o vento.
O chão arde e na lona de circo,
um palhaço expõe os andrajos.
*Direitos Reservados*
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