sexta-feira, 8 de maio de 2009

RUA MINHA RUA

Aqui não tem coitadinhos,
nem criamos poesia.
Somos a poética fétida,
temos corpo, não amigos,
mas na veia corre o sangue aceso,
coisa de gente viva.
Quando acariciados, desconfiamos,
com o mar nos olhos sem costume.
Continuamos sós nas ruas esperando
que ela nos atropele, caso contrário,
continuamos vendo a vida passar,
como fazem na janela os anônimos,
que nos vêem como poesia,
que não compreendem, que ficará,
mesmo após termos passado,
a vida, a poesia, os anônimos.


*Direitos Reservados*

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