As árvores gemem quando passa o vento.
O sol bate na lona do circo e o chão arde.
Em torno caminham homens sem lar,
suados, salgados, reluzentes como peixes.
Baratas agitadas, de repente esmagadas
pela bota do descaso, entrando e saindo
de buracos escuros, tomados pelo espaço.
As narrativas quebram o silêncio cotidiano,
tentando abrir os olhos míopes da sociedade,
roendo a solidão.
As árvores gemem quando passa o vento.
O chão arde e na lona de circo,
um palhaço expõe os andrajos.
*Direitos Reservados*
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