Meu olho sempre cobiça o que vê,
mais o ouvido sobre o que ouvê.
Palavras feministas - numa boca de menina
que quase nunca entendi, afirmações poéticas,
dúvidas, nas poucas mulheres que escutam
com a identidade há muito perdida.
Não vi Rosa Luxemburgo, nem Cora Coralina,
com todas suas contradições, naquele dia.
As mãos suavam, o corpo desequilibrado.
Meu olho continuava cobiçando o que via,
mais o ouvido sobre o que ouvia.
Minha cobiça, meu começo, difícil,
deixei o juízo sobre, fui ao avesso,
hegemonicamente feliz,
outros sonhos, outras teorias prenhas,
me levaram a afirmar a mesma realidade
Um início, reinício, início,
reinício, início, um vício.
Cultuado como amor
Um mundo falso, imagético, fictício,
Em todos os becos, em janelas anônimas, barracos.
tua voz sempre presente - idealista,
pensando um trabalho que realizasse os sonhos,
grana, carros, gente bonita, gente bela.
Fast foods a quem não me curvo
o mesmo corcunda, de ti eu vivo
dialeticamente uma vida.
Como pensar materialmente o sentimento?
Fala-me Marx, Hengel, Trotsky, Mayakovsky!
Alguém me diga!
Vivo o medo do espelho se quebrar,
de ser diferente aos seus pais, aos meus.
A mim , me amendontra, ser igual,
tão igual aos meus pares, me aventuro
a um novo começo ao avesso.
Vendo o cinza nos olhos do outro, vejo um muro,
me aventuro a pular - nessa, menina mulher,
minha cúmplice - nós gazelas saltitantes.
São elas, as meninas mulheres que sabem,
viver deuses de chocolates e bolinhos de chuva.
Jamais serei o homem que inventaram,
capaz de suprir o desejo dessa nova Amélia,
que é contra a harmonia, que não é monogâmica,
feminista que não sei se entendo,
sem rima, sem Rosa, sem Coralina.
Meu olho sempre cobiçou o que via
Mais o ouvido sobre o que ouvia
O sabor é mais interessante, experimento.
Porque adoro jabuticaba...de noite...de dia
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
EU PEIXE
Estou me transformando em um Marlin azul
Tendo sido barco agitado na vida com velas ao mar
não sou mais timoneiro, continuo lobo
com todos os anos vividos
Mas deixo perdidos meus portos pra trás
Quero viver diferente, pois a sorte da gente
É a gente que faz
A vida navega, me vou a deriva
procurar outros mares,para aportar
prefiro um mar grande, que eu siga como peixe,
Se eu sou um bicho marinho
O mar é meu ninho, minha cama, minha casa .
Tendo sido barco agitado na vida com velas ao mar
não sou mais timoneiro, continuo lobo
com todos os anos vividos
Mas deixo perdidos meus portos pra trás
Quero viver diferente, pois a sorte da gente
É a gente que faz
A vida navega, me vou a deriva
procurar outros mares,para aportar
prefiro um mar grande, que eu siga como peixe,
Se eu sou um bicho marinho
O mar é meu ninho, minha cama, minha casa .
SOLIDÃO
Solidão é como areia
grudada pelo corpo
Mordendo com seus dentes de vidro
incrustrada no vácuo peito
arfando mudo, sem perpectivas de amanhã
Catarina chora, Cris ama agora ,
Marias reviram na cama, a espera
Fui ensinado a lembrar meu passado
para construir novos dias
Sonhos surgem nas noites vazias,
viajando atracando noutros portos,
rolo na areia, contemplando a lua
Sei que existe nessa imensidão de mar
cura para essa amargura
grudada pelo corpo
Mordendo com seus dentes de vidro
incrustrada no vácuo peito
arfando mudo, sem perpectivas de amanhã
Catarina chora, Cris ama agora ,
Marias reviram na cama, a espera
Fui ensinado a lembrar meu passado
para construir novos dias
Sonhos surgem nas noites vazias,
viajando atracando noutros portos,
rolo na areia, contemplando a lua
Sei que existe nessa imensidão de mar
cura para essa amargura
OLHAR 9MM
Ao ser trocado por um filme
Não me levei tão a sério
Como ser fictício
Que sou.
As coisas não são o que penso
E nunca serão
Visto em 9mm
Preto e branco
Eu pensando no filme
Fictício, sério, eu vou
numa viagem
Que não é mais a mesma,
.
Ao ser ser trocado por um filme
Preto e branco sueco
Não me levei tão a sério
Como ser fictício
Que sou.
Não me levei tão a sério
Como ser fictício
Que sou.
As coisas não são o que penso
E nunca serão
Visto em 9mm
Preto e branco
Eu pensando no filme
Fictício, sério, eu vou
numa viagem
Que não é mais a mesma,
.
Ao ser ser trocado por um filme
Preto e branco sueco
Não me levei tão a sério
Como ser fictício
Que sou.
ENTREGA
Movida pela sensibilidade
Sua entrega é profunda
Profunda sensibilidade
Numa lógica infunda
Lógica corcunda
Infinda curva
Profunda e insensível
lógica entrega.
Sua entrega é profunda
Profunda sensibilidade
Numa lógica infunda
Lógica corcunda
Infinda curva
Profunda e insensível
lógica entrega.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
O CORPO
Viajo por um corpo que não me comporta
carrego cacos e cacos na memória.
D'um vaso de sêmem incontinenti de agora
Não há como fugir desse corpo,
não se refaz, não se comporta,
sempre acorda, com o ar da manhã
sorridente, novamente mentiroso.
carrego cacos e cacos na memória.
D'um vaso de sêmem incontinenti de agora
Não há como fugir desse corpo,
não se refaz, não se comporta,
sempre acorda, com o ar da manhã
sorridente, novamente mentiroso.
A CARNE
A vagina agridoce semiraspada
um caminho sempre pronto,
e prestes a ser seguido.
Nas margens umedecidas,
um cheiro de borracha e bromélias.
As cochas grossas arrepiadas
se espreguiçam - prontas
é o chamado do sexo.
As caras de nós amarrotadas,
de manhã o ânus, grosso de cólera,
um menino-homem triste - chora
a mão da mulher lhe afaga, a falha,
descuidada morde, além da cueca,
a carne.
um caminho sempre pronto,
e prestes a ser seguido.
Nas margens umedecidas,
um cheiro de borracha e bromélias.
As cochas grossas arrepiadas
se espreguiçam - prontas
é o chamado do sexo.
As caras de nós amarrotadas,
de manhã o ânus, grosso de cólera,
um menino-homem triste - chora
a mão da mulher lhe afaga, a falha,
descuidada morde, além da cueca,
a carne.
FALSO
Como seu corpo, em segredo,
como seu resto. Imagino
que sinto na boca,
saliva, brilho, suspiro, troça,
amor, sempre além
entre algo, sempre,
uma calça, um vestido,
um compromisso inadiável,
uma camiseta largada,
no quarto 407 na Lapa,
a língua atraś, na frente ,
jaz na cama seu cheiro,
eu esboço um sorriso suado,
um promissor jorro de esperma - em falso.
como seu resto. Imagino
que sinto na boca,
saliva, brilho, suspiro, troça,
amor, sempre além
entre algo, sempre,
uma calça, um vestido,
um compromisso inadiável,
uma camiseta largada,
no quarto 407 na Lapa,
a língua atraś, na frente ,
jaz na cama seu cheiro,
eu esboço um sorriso suado,
um promissor jorro de esperma - em falso.
AINDA TEM JEITO
Minhas pernas, meu mal
mal amanhece me faz caminhar,
meu pênis, mal me suporta,
malmequer, me amaldiçoa,
não se apaixona como eu,
Do meu corpo preciso cuidar,
corpo suspeito que acabará,
sem escapatória, se não lhe der cuidados,
se não lhe der respeito,
tem jeito...ainda tem jeito.
mal amanhece me faz caminhar,
meu pênis, mal me suporta,
malmequer, me amaldiçoa,
não se apaixona como eu,
Do meu corpo preciso cuidar,
corpo suspeito que acabará,
sem escapatória, se não lhe der cuidados,
se não lhe der respeito,
tem jeito...ainda tem jeito.
É PRECISO MUDAR
Vivo o homem de ontem
rimado em algum livro
personagem belo e feio
completamente mortal
Ao meu desejo de entrega
covardemente prisioneiro
de mim mesmo.
Se algo não mudar
em poesia vou me transformar.
rimado em algum livro
personagem belo e feio
completamente mortal
Ao meu desejo de entrega
covardemente prisioneiro
de mim mesmo.
Se algo não mudar
em poesia vou me transformar.
É COMIGO?
- Do que você está falando?
Do gozo.
Quando será que ele vem?
Corpo Letal
Maré incansável.
Virá do Norte ou do Sul?
Qual deles será o começo ou o fim.
- De quem você está falando?
De geografia ou de mim?
Do gozo.
Quando será que ele vem?
Corpo Letal
Maré incansável.
Virá do Norte ou do Sul?
Qual deles será o começo ou o fim.
- De quem você está falando?
De geografia ou de mim?
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
DIVAGANDO
Encorajado entro na prisão dos teus dias
que gritam por eu não ser o que prometi.
Os gritos não ouço, estou surdo de ti.
Para escapar de uma igreja barroca
onde gritam meus dias pelo mesmo motivo.
*Direitos Reservados*
que gritam por eu não ser o que prometi.
Os gritos não ouço, estou surdo de ti.
Para escapar de uma igreja barroca
onde gritam meus dias pelo mesmo motivo.
*Direitos Reservados*
SOBRE AMOR
Sem saber onde o amor vai dar
cegos, inventamos de novo
navegando a deriva.
Aprisionamos a noite. Acordamos o dia.
Numa praça em Paris a cheirar flores.
Sujeitos a infartos num plantio de lírios.
Infartados descobrimos estar doentes.
*Direitos Reservados*
cegos, inventamos de novo
navegando a deriva.
Aprisionamos a noite. Acordamos o dia.
Numa praça em Paris a cheirar flores.
Sujeitos a infartos num plantio de lírios.
Infartados descobrimos estar doentes.
*Direitos Reservados*
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
NUNCA FUI DE ALGUÉM
Gostei muito de alguém, de quem nunca fui, nem de mim mesmo
Gostei sobretudo da vulva que dava jabuticabas
E de todas as outras coisas que pareciam mentiras.
Nunca soube no que daria
Mesmo por mares revoltos, preciso
No além horizonte impreciso
Ouvidos a toda hora, a mesma boca, abraços frouchos,
o mesmo nada alguma coisa
Como é o calor que é calor ou a libido que também o é.
Eu desejei isso, melhor que não ser,
Não havia outra maneira de querer a não ser querer tambem
Uma borboleta que fosse pra lua, lugar onde não fui
Desisto!
Acabou!
Gostei muito de alguém, de quem nunca fui, nem de mim mesmo,
nem teu, nem nosso, nada o tempo todo, em tempo nenhum
Gostei sobretudo da vulva que dava jabuticabas
E de todas as outras coisas que pareciam mentiras.
Gostei sobretudo da vulva que dava jabuticabas
E de todas as outras coisas que pareciam mentiras.
Nunca soube no que daria
Mesmo por mares revoltos, preciso
No além horizonte impreciso
Ouvidos a toda hora, a mesma boca, abraços frouchos,
o mesmo nada alguma coisa
Como é o calor que é calor ou a libido que também o é.
Eu desejei isso, melhor que não ser,
Não havia outra maneira de querer a não ser querer tambem
Uma borboleta que fosse pra lua, lugar onde não fui
Desisto!
Acabou!
Gostei muito de alguém, de quem nunca fui, nem de mim mesmo,
nem teu, nem nosso, nada o tempo todo, em tempo nenhum
Gostei sobretudo da vulva que dava jabuticabas
E de todas as outras coisas que pareciam mentiras.
A UMA MULHER JOVEM
Jovem, aonde?
Claro, não é mulher, mas a idosa
que a gravidade fez o corpo despencar,
não é mulher também.
Não há firmeza no que você diz.
Mas o que diz?
Decorou nos livros suas afirmações.
Que afirmações?
Seja firme.
Com quem?
Tem muito carinho.
Pra quem?
Ama alguém hoje.
Tem o amor de alguém?
É uma jovem interessante.
Será para todos?
Presta atenção: sabemos que viver de ilusão pode ser bom, mas que a verdade atrapalha.
Por isso vamos deitar na nossa cama. E pensar que pelo fato de seu corpo ser jovem o amor
será eterno. Deitamos em um bom colchão e gozamos a noite inteira. Espermas lambuzarão
suas pernas enquanto o corpo for jovem, depois você encostará a barriga no fogão que aquecerá teu ventre, que gestará gente jovem novamente.
Claro, não é mulher, mas a idosa
que a gravidade fez o corpo despencar,
não é mulher também.
Não há firmeza no que você diz.
Mas o que diz?
Decorou nos livros suas afirmações.
Que afirmações?
Seja firme.
Com quem?
Tem muito carinho.
Pra quem?
Ama alguém hoje.
Tem o amor de alguém?
É uma jovem interessante.
Será para todos?
Presta atenção: sabemos que viver de ilusão pode ser bom, mas que a verdade atrapalha.
Por isso vamos deitar na nossa cama. E pensar que pelo fato de seu corpo ser jovem o amor
será eterno. Deitamos em um bom colchão e gozamos a noite inteira. Espermas lambuzarão
suas pernas enquanto o corpo for jovem, depois você encostará a barriga no fogão que aquecerá teu ventre, que gestará gente jovem novamente.
ENTRE O VELHO E O NOVO
Na relação entre geração envelhecida
com outra que gera-ação, que constrói novos dias,
nasce um sol lutando contra uma noite que persiste,
observo entre a luz e a escuridão, o rosto
de uma aventura, que o velho já não permite,
uma se exige limites, a outra limites
que inexistem, amor é possível?
Serenamente ambas ingerem emoção,
Bêbadas, automatamente, tentam encontrar
aquilo que não se guardou e que ao achar nunca saberão o que é.
com outra que gera-ação, que constrói novos dias,
nasce um sol lutando contra uma noite que persiste,
observo entre a luz e a escuridão, o rosto
de uma aventura, que o velho já não permite,
uma se exige limites, a outra limites
que inexistem, amor é possível?
Serenamente ambas ingerem emoção,
Bêbadas, automatamente, tentam encontrar
aquilo que não se guardou e que ao achar nunca saberão o que é.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
COMPROMISSO
Num dia desses uma mulher
me acariciava os cabelos
pronta pra me despir
com os olhos
A respiração ofegava,
no pescoço balançava a imagem de Nossa Senhora,
Ficou claro pra mim,
como um simples carinho,
pode significar desejos
tão comuns a outras mulheres.
me acariciava os cabelos
pronta pra me despir
com os olhos
A respiração ofegava,
no pescoço balançava a imagem de Nossa Senhora,
Ficou claro pra mim,
como um simples carinho,
pode significar desejos
tão comuns a outras mulheres.
RECORDAÇÖES
Abri as cartas de amor
que ainda continuavam jovens,
a cada folha lida
subiam cheiros de naftalina
infestando minha sala,
as ondas da vida estão agitadas,
minhas cartas mudaram de nome
são e-mails que abro,
que num circulo vicioso,
me diz que o amor ainda é o mesmo
o amor que o corpo murcha,
o amor aduba,
aduba... o corpo,
e depois desfolha.
que ainda continuavam jovens,
a cada folha lida
subiam cheiros de naftalina
infestando minha sala,
as ondas da vida estão agitadas,
minhas cartas mudaram de nome
são e-mails que abro,
que num circulo vicioso,
me diz que o amor ainda é o mesmo
o amor que o corpo murcha,
o amor aduba,
aduba... o corpo,
e depois desfolha.
VELHOS SONHOS
Levantarei meu teto
com o martelo dos meus braços
e uma varanda de frente para o poente
como um apaixonado, como engenheiro do meu destino,
como um Apollo, com um coração de Ghandi.
Atrasarei o relógio para não bater meia-noite,
Nunca!
Pisem no meu jardim pra roubar meus lírios,
na areia escreverei meus versos, sem rimas,
vivendo poeticamente o adverso.
Não sei porque desacordo o homem
vezes por vezes e me torno um trágico poeta,
versado por cordas que me movimentam,
marionete de domingo em final de campeonato
dando ossos de frango aos cachorros.
Menina, mulher em minha carne, é ela
Feminina cúmplice desse tempo,
cobre-me de abraços, que o homem,
também lhe fará versos.
com o martelo dos meus braços
e uma varanda de frente para o poente
como um apaixonado, como engenheiro do meu destino,
como um Apollo, com um coração de Ghandi.
Atrasarei o relógio para não bater meia-noite,
Nunca!
Pisem no meu jardim pra roubar meus lírios,
na areia escreverei meus versos, sem rimas,
vivendo poeticamente o adverso.
Não sei porque desacordo o homem
vezes por vezes e me torno um trágico poeta,
versado por cordas que me movimentam,
marionete de domingo em final de campeonato
dando ossos de frango aos cachorros.
Menina, mulher em minha carne, é ela
Feminina cúmplice desse tempo,
cobre-me de abraços, que o homem,
também lhe fará versos.
PEDAÇOS DE NOITE
Já é duas da manhã,
Sim ou Não? Sobre nossas vidas.
Minhas mãos apertam sua blusa de frio,
enquanto você tira a sorte
no mês de agosto,
o frio me corta o rosto e o dorso.
Descendo a Brigadeiro a navalha
do tempo corta o que penso,
imprudente, busco abrigo
sem nenhum bom senso.
Já é duas da manhã,
você deve estar na cama
você provavelmente entre 4 paredes
deve sonhar o mesmo,
falo com você amanhã
não há pressa
pra que lhe tirar o sono
com o impessoal toque
de um celular.
Rolam as lágrimas
chora o sono, o sonho se vai,
acorda! Amanhã chegou antes,
companhia, companheira de danos.
Já é duas da manhã,
você deve estar na cama
provavelmente entre 4 paredes
tira a sorte no mês de agosto,
nessas horas converso com estrelas
sonhando o mesmo na cama
Amanhã chegou antes,
companhia, companheira de danos.
Vê como me calarei.
Palavras que brincam, palavras de Sapucaí
não aquelas ao som da bateria no recuo
mas as que ferem profundo, que expõe
o símio em cada sujeito bípede
as vezes são esquecidas, nem ouvidas,
ecoam somente em bueiros, buracos de tatus
que alimentam-se de poetas mortos,
palavras somente palavras não ditas
escritas, pelo homem que teme a si próprio.
Sim ou Não? Sobre nossas vidas.
Minhas mãos apertam sua blusa de frio,
enquanto você tira a sorte
no mês de agosto,
o frio me corta o rosto e o dorso.
Descendo a Brigadeiro a navalha
do tempo corta o que penso,
imprudente, busco abrigo
sem nenhum bom senso.
Já é duas da manhã,
você deve estar na cama
você provavelmente entre 4 paredes
deve sonhar o mesmo,
falo com você amanhã
não há pressa
pra que lhe tirar o sono
com o impessoal toque
de um celular.
Rolam as lágrimas
chora o sono, o sonho se vai,
acorda! Amanhã chegou antes,
companhia, companheira de danos.
Já é duas da manhã,
você deve estar na cama
provavelmente entre 4 paredes
tira a sorte no mês de agosto,
nessas horas converso com estrelas
sonhando o mesmo na cama
Amanhã chegou antes,
companhia, companheira de danos.
Vê como me calarei.
Palavras que brincam, palavras de Sapucaí
não aquelas ao som da bateria no recuo
mas as que ferem profundo, que expõe
o símio em cada sujeito bípede
as vezes são esquecidas, nem ouvidas,
ecoam somente em bueiros, buracos de tatus
que alimentam-se de poetas mortos,
palavras somente palavras não ditas
escritas, pelo homem que teme a si próprio.
A MILITANTE
Conheci uma mulher, lutadora,
carinhosa mais firme.
Firme na batalha, carinhosa na cama,
Seu trabalho aparentemente pequeno,
é sem medida, insubstituível.
Onde quer que esteja não a deixarei só.
Com ela lutarão, amazonas, mulheres de Atenas, firmes e astutas
em cada canto do mundo,
todas serenas, pequenas, boas formigas,
contra a opressão do pensamento masculino.
carinhosa mais firme.
Firme na batalha, carinhosa na cama,
Seu trabalho aparentemente pequeno,
é sem medida, insubstituível.
Onde quer que esteja não a deixarei só.
Com ela lutarão, amazonas, mulheres de Atenas, firmes e astutas
em cada canto do mundo,
todas serenas, pequenas, boas formigas,
contra a opressão do pensamento masculino.
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