quarta-feira, 11 de agosto de 2010

VELHOS SONHOS

Levantarei meu teto
com o martelo dos meus braços
e uma varanda de frente para o poente
como um apaixonado, como engenheiro do meu destino,
como um Apollo, com um coração de Ghandi.

Atrasarei o relógio para não bater meia-noite,
Nunca!
Pisem no meu jardim pra roubar meus lírios,
na areia escreverei meus versos, sem rimas,
vivendo poeticamente o adverso.

Não sei porque desacordo o homem
vezes por vezes e me torno um trágico poeta,
versado por cordas que me movimentam,
marionete de domingo em final de campeonato
dando ossos de frango aos cachorros.

Menina, mulher em minha carne, é ela
Feminina cúmplice desse tempo,
cobre-me de abraços, que o homem,
também lhe fará versos.

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