terça-feira, 14 de dezembro de 2010

AFOGADO

Finda a tarde
na horizontal.
O sol tomba suado,
mais um dia
de mercadoria

Lixo nas calçadas,
homens náufragos,
castelos de aguardente,
acordados,

afogados

No canavial
eu de passagem
navego

Ah! Ondas bravias
a envolver o mundo!
sonhos idealistas
montados

Marinheiro, só,
quase noite,vou,
remando num mundo míope,
eu, indignado.
Nenhum tsunami
aponta

só inércia, sem fim,

sigo só, contraditório.

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