quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

MORTE

A morte
mora comigo
como um rio
de água gelada

A morte
conduz minha mão
e a caneta congela

A morte
ronda a rima
e lhe dá calafrios

Aceitar a morte
é um aprendizado
de pensar palavras
aquecidas a sete palmos

A morte
entendo: rimas
versos em poemas
que se transformam

Poemas que permanecem
como um corpo cinza
ou putrefato

Onde germes festejam
a vida.

Um comentário:

  1. Caro Sidney, passei por suas páginas e gostei muito do que vi. Aguardo um reencontro artístico e amistoso.
    Grande abraço

    Aline Mattos

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