segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

HOMENS E COISAS

Criaturas ou criaturas
ou lógicas criadas

Num mundo de Deuses
ou coisas estáticas
sem conflitos, harmoniosamente
névoas aspiradas viciadas

Um espetáculo resiste
leão, sereia, urso
máscaras de neon
infinitas vestimentas

Na resistência cruel
pela acumulação do valor
cemitério, latifúndio
ou ficção?

Submissos criadores
sonhos que somos
desse legado, resgate
que o sonho liberta

criatura de vidas próprias
não se vestem como nós
são coisas que nos conjuram
só morrendo para sabê-las

Nas fatias do tempo
elas caminham paradas
são fetiche, são ousadas
instantes coisificados

Só o poeta percebe o abismo
entre os homens e as coisas
como rosas e percevejos
O homem não resiste a essa infecção

Quando nos despimos
nús e sem cabrestos
obtemos uma lente de aumento
onde as coisas ficam claras




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