Eu debruçado sobre o alpendre da janela
à sombra de um abacateiro
os braços dobrados segurando o queixo
o dedo indicador levantado
dialogava com uma maritaca
sentada num abacate
- Porque tanta falação?
- As minhas palavras escravizadas fugiram da gaiola
sou mulher!
Discutimos pomares, flores, ventos...
Que as rugas do tempo jamais esquecem.
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