Aprendi a me esquecer,
comprei certezas demais,
institucionalizado,
tomei muitos prejuízos,
Nunca fui humano para a burocracia,
um dia minhas certezas se distraíram,
lendo Marx, Engels, Lenin, Saramago...
As dúvidas passaram a ser uma cruz,
Entre o gosto do malte artesanal
e o trago no cigarro de contrabando,
essas novas certezas não dormiam,
ficavam miando sobre o telhado,
Corto cebola até chorar,
invento tragédias para depois rir,
repetidas são comédias, elas, as tragédias,
afinal, tudo terá carnaval mesmo,
Se tivesse sido informado que
tudo que nasce é para depois morrer,
teria escolhido não estar aqui...
me embebedando de conflitos,
vou bebendo a vida,
até tomar um porre de morte,
vou bebendo...vou bebendo...
brindando o dia seguinte,
Meu Estado fala por mim,
tenho o direito constitucional,
beber essa vida de porre,
minha garrafa é privada!
Ainda uso calça Lee
Us Stop!
Já sabem o que ando lendo,
respeitem minhas contradições
Apesar dessa fala idosa,
um adolescente vive dentro de mim,
com dor nas costas, gozo uma vez ao mês,
Certo é que na poesia eu posso tudo.
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