segunda-feira, 18 de novembro de 2019

TEMPESTADE

Ando enquanto os olhos
se abrigam das gotas,
de chuva,

Cai exausta
numa enxurrada
de existências,

Antes desse águasal,
um mendigo
já dormia úmido,

Um cheiro podre,
subindo molhado
do chão,

Abrigado sob um toldo,
ouço o pranto
da tempestade bruta,

Um choro em si mesma,
que na garoa acalma,
umedecendo a calçada,

sacia  a sede
dos pássaros...passos,
vão em vãos,

o arco íris
se levanta de manhã
sobre os ausentes,

somente ao poeta,
encharcou de palavras,
essa chuva intensa.



Nenhum comentário:

Postar um comentário