As lembranças da mulher
é o meio que o coração
encontra de se alimentar.
Um café, um pão de queijo, uma viagem,
uma cerveja,
somem se não houver
a mulher na lembrança.
Não ligue
do que acha que é distância.
Por ora voce controla o pensamento.
Sem isso,
o coração silenciaria.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
TUDO DE NOVO
Chiiii!
Fiquei nu
do ano passado.
Tomei até banho de sal grosso.
Eu e ela
começamos a fazer juntos
o que aprendemos a fazer só.
Fiquei nu
do ano passado.
Tomei até banho de sal grosso.
Eu e ela
começamos a fazer juntos
o que aprendemos a fazer só.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
MARIAS
Lá vai uma mulher com as outras
Maria que vai
O que ela pensa de tudo
não sei
suponho.
Pensa o que pensa
Maria vai com as outras.
Como homem
eu nunca tive amigos.
Maria que vai
O que ela pensa de tudo
não sei
suponho.
Pensa o que pensa
Maria vai com as outras.
Como homem
eu nunca tive amigos.
TÃO COMUM
Só sei transformar
vinho em vinho
água em água.
Para de sonhar com outro eu!
Se esse eu que imagina existir
que ele tenha pena dos seus disfarces.
vinho em vinho
água em água.
Para de sonhar com outro eu!
Se esse eu que imagina existir
que ele tenha pena dos seus disfarces.
ESTOU VIVO
Não venha me dizer
que minha poesia é isenta.
Seria melhor não sujar
o papel em branco?
Não há história limpa
nunca houve folhas brancas.
No íntimo todas gritam
sua palidez as crianças.
Isenta seria
Se tivesse medo de equívocos
se a prática e as páginas continuassem pálidas.
Com dois dedos de gelo
e como tiragosto o papiro
um poeta derruba pensamentos
Sim leitor! Eu estou vivo!
que minha poesia é isenta.
Seria melhor não sujar
o papel em branco?
Não há história limpa
nunca houve folhas brancas.
No íntimo todas gritam
sua palidez as crianças.
Isenta seria
Se tivesse medo de equívocos
se a prática e as páginas continuassem pálidas.
Com dois dedos de gelo
e como tiragosto o papiro
um poeta derruba pensamentos
Sim leitor! Eu estou vivo!
IRA
São tantas coisas que irritam
entre o que sinto e vejo
que quando observo um operário
a chorar no natal
de sede e fome,
cerro os punhos e quebro o presépio,
tomo meu copo de vinho,
e não faço mais poesia.
entre o que sinto e vejo
que quando observo um operário
a chorar no natal
de sede e fome,
cerro os punhos e quebro o presépio,
tomo meu copo de vinho,
e não faço mais poesia.
CEIA MORTA
O peru em cima da mesa
sobre a toalha colorida
ao lado, talheres de prata
um vinho, uma champgne,
porque se furtar de fartura?
Tamanha confraternização
azul - celeste.
O peru em cima da mesa
rodeado de abacaxis
azeitonas verdes e pretas,
outros pratos também doces
As solteiras fúteis - as peruas
não veêm gente com fome.
A família, sorri, incrédula,
dentro do próprio jazigo.
sobre a toalha colorida
ao lado, talheres de prata
um vinho, uma champgne,
porque se furtar de fartura?
Tamanha confraternização
azul - celeste.
O peru em cima da mesa
rodeado de abacaxis
azeitonas verdes e pretas,
outros pratos também doces
As solteiras fúteis - as peruas
não veêm gente com fome.
A família, sorri, incrédula,
dentro do próprio jazigo.
CAVALO
Viver como um cavalo
é como vivo - de cabresto
não que eu tenha escolhido
recebi de presente a muitos natais,
nem me lembro.
É um modo de morrer se crucificando.
é como vivo - de cabresto
não que eu tenha escolhido
recebi de presente a muitos natais,
nem me lembro.
É um modo de morrer se crucificando.
A ESPERA
Silenciando o lar, sua caverna
de carinhos e laços.
Às mãos de estranhos - as casas
e o meu vazio.
Aos abraços dos braços,
minha porta, sempre aberta.
de carinhos e laços.
Às mãos de estranhos - as casas
e o meu vazio.
Aos abraços dos braços,
minha porta, sempre aberta.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
DENTRO E FORA
Dentro vivo
as normas de dentro
luto
pra botar
desordem
lá fora
Dentro vivo
momentos de impotência
quase morro
mais vai valer a pena
a utopia
de viver fora
Dentro vivo
as normas de dentro
junto as partes
do todo
pra fazer ver
e entender
suas leis.
Dentro e fora
basta-se a si
ninguém determina ninguém
dentro e fora
tendem a ser de alguém.
as normas de dentro
luto
pra botar
desordem
lá fora
Dentro vivo
momentos de impotência
quase morro
mais vai valer a pena
a utopia
de viver fora
Dentro vivo
as normas de dentro
junto as partes
do todo
pra fazer ver
e entender
suas leis.
Dentro e fora
basta-se a si
ninguém determina ninguém
dentro e fora
tendem a ser de alguém.
DUAS COISAS
Duas coisas
uma coisa
não pode ser outra
nem outra coisa
as coisas existem
complexamente
diferentemente
as coisas não se bastam
não há simbiose.
Não tem gente no poema?
Não! Só o movimento das coisas!
uma coisa
não pode ser outra
nem outra coisa
as coisas existem
complexamente
diferentemente
as coisas não se bastam
não há simbiose.
Não tem gente no poema?
Não! Só o movimento das coisas!
RESTOS
Hei! Hei!
Quem te procura?
Alguém não me procura
Ninguém meu bem
Ninguém está a minha altura
Só paixão dos pedaços
na solidão dos restos.
Quem te procura?
Alguém não me procura
Ninguém meu bem
Ninguém está a minha altura
Só paixão dos pedaços
na solidão dos restos.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
LIÇÃO DOS 3 MACACOS
Os urubus
brancos
Aprendem
com tres macacos
de olhos puxados
Não falo
Não ouço
Não vejo.
brancos
Aprendem
com tres macacos
de olhos puxados
Não falo
Não ouço
Não vejo.
COISAS
Sonhos e pesadelos
formas de um mesmo barro
lama que engolimos
defecando vida
e adorando coisas.
formas de um mesmo barro
lama que engolimos
defecando vida
e adorando coisas.
FANTASIAS
Se uma mulher
Te apresentar seu castelo de areia
não entre
Vá a um motel
Castelos de areia
tem ar e maresia
ondas e marolas
e muita fantasia.
Te apresentar seu castelo de areia
não entre
Vá a um motel
Castelos de areia
tem ar e maresia
ondas e marolas
e muita fantasia.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
PROCURA
Saio
Abro-me a vida
e as experiências
procuro um ser
humano - original,
não acho,
pra sair de novo amanhã.
Abro-me a vida
e as experiências
procuro um ser
humano - original,
não acho,
pra sair de novo amanhã.
NOVO DIA
Noite - madrugada
esqueço
adormeço,
acordo
resmungo palavrões
me dispo
me visto
corro
pra um novo dia.
esqueço
adormeço,
acordo
resmungo palavrões
me dispo
me visto
corro
pra um novo dia.
TESOURO
Não posso dividir
o que sinto
ou o couro da dor
que me açoita.
Foi frágil
o castelo
do seu sonho
e do meu
Alguém viu a maré
chegando
nem eu nem você
Vái com ela!
Segue
e sorri.
o que sinto
ou o couro da dor
que me açoita.
Foi frágil
o castelo
do seu sonho
e do meu
Alguém viu a maré
chegando
nem eu nem você
Vái com ela!
Segue
e sorri.
VORAGEM
Meus poemas
Já não são mais pra nós.
Agora são d`oces
dóceis
gosto de sal
sorrisos
risco de sol.
Minhas bobagens,
A vida
é só voragem.
Já não são mais pra nós.
Agora são d`oces
dóceis
gosto de sal
sorrisos
risco de sol.
Minhas bobagens,
A vida
é só voragem.
MENTIRAS
Num sorriso
meus dentes de lobo
mordem tua pele
teu êxtase
teu todo
enquanto você verte lágrimas.
Mentira
As lágrimas são minhas.
meus dentes de lobo
mordem tua pele
teu êxtase
teu todo
enquanto você verte lágrimas.
Mentira
As lágrimas são minhas.
FICÇÃO DE VOCÊ
Açoites de saudade à noite,
escuridão que me cega.
Embaixo do cobertor tua imagem,
que se aquece comigo.
Antes que eu durma,
um poema, uma rima
que me embala o sono.
escuridão que me cega.
Embaixo do cobertor tua imagem,
que se aquece comigo.
Antes que eu durma,
um poema, uma rima
que me embala o sono.
TRISTE FIM
Penso no fim desse ano
no meu fim.
Ficarei no escuro?
Ficará leve meu corpo?
ou zero corpo.
Vou me olhar de cima
os outros me olhando,
choros e risos.
Diem que haverá luz
no fim do túnel.
Partirei com um adeus
Deus?!
Não quero me assustar
dentro da morte.
no meu fim.
Ficarei no escuro?
Ficará leve meu corpo?
ou zero corpo.
Vou me olhar de cima
os outros me olhando,
choros e risos.
Diem que haverá luz
no fim do túnel.
Partirei com um adeus
Deus?!
Não quero me assustar
dentro da morte.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
ITANHAÉM
Quando fui ao mar
fui pra ver sereia,
per-verso - o mar
Veio ao meu ouvido
indo e vindo
segredando, lambendo,
bafejando sonhos e arrepios,
Vomitou maresia - heresias
Tens mulher, não puta,
não é justa a procura!
Foi navegar, e,
Me calou a palavra
na areia.
fui pra ver sereia,
per-verso - o mar
Veio ao meu ouvido
indo e vindo
segredando, lambendo,
bafejando sonhos e arrepios,
Vomitou maresia - heresias
Tens mulher, não puta,
não é justa a procura!
Foi navegar, e,
Me calou a palavra
na areia.
FAZENDO HORA
Crio o mundo
que o patrão me ara
Mato a fome
com o barro
que sou moldado
Um criando o outro
e se devorando
Os restos são ossos
de fazer botões.
que o patrão me ara
Mato a fome
com o barro
que sou moldado
Um criando o outro
e se devorando
Os restos são ossos
de fazer botões.
ANTES DE TUDO
Sem rima, sem verso,
- não reverso -
Esconde em si
e de sua métrica se esquece.
No seu germinar a semente
sêmem que sonha
cresce.
Guarda segredos
antes do caos.
- não reverso -
Esconde em si
e de sua métrica se esquece.
No seu germinar a semente
sêmem que sonha
cresce.
Guarda segredos
antes do caos.
PRISÃO INTERIOR
Não consigo sair
fico aqui
não chego
tudo é um sonho.
Tento juntar os cacos do corpo
preso na teia da aranha
Leio, a cama de tranças
Come. Come meus pedaços,
só assim lhe poderei ser útil.
fico aqui
não chego
tudo é um sonho.
Tento juntar os cacos do corpo
preso na teia da aranha
Leio, a cama de tranças
Come. Come meus pedaços,
só assim lhe poderei ser útil.
SEGREDOS
Deixa a poesia nua
tira-lhe a roupa
alisa - esse pênis
pra que todos saibam
como as rosas
(fazem)
perfumes.
tira-lhe a roupa
alisa - esse pênis
pra que todos saibam
como as rosas
(fazem)
perfumes.
PÉS DE ELEFANTE
O que te sobra
à palavra
Num baile de gente
é teu corpo duro
tão duro;
um balé
nos teus pés de elefante
à palavra
Num baile de gente
é teu corpo duro
tão duro;
um balé
nos teus pés de elefante
NÓS E O TEMPO
Nós
preparamos o tempo
Nós
Vivemos o tempo
Nós
passamos o tempo
Nós
perdemos o tempo
Nós
separamos o tempo
Nós
partimos.
preparamos o tempo
Nós
Vivemos o tempo
Nós
passamos o tempo
Nós
perdemos o tempo
Nós
separamos o tempo
Nós
partimos.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
DUROS DIAS
O dia dia dia acordava
ao sol escaldante
quente
suando
O árduo dia ardente olhava
o montador
à montar ferraris
- sonho entre sonhos -
Essas coisas, todas,
tinham fala.
O dia voa com o pensamento,
asas
a planar no mundo
dos que tem valor.
ao sol escaldante
quente
suando
O árduo dia ardente olhava
o montador
à montar ferraris
- sonho entre sonhos -
Essas coisas, todas,
tinham fala.
O dia voa com o pensamento,
asas
a planar no mundo
dos que tem valor.
ONDAS
Ondas morrem onda vidas ondas
que perdem o caminho
Às nascentes da história é preciso chegar
Ah! Se as ondas nascesssem na fonte.
que perdem o caminho
Às nascentes da história é preciso chegar
Ah! Se as ondas nascesssem na fonte.
ALGUÉM
Então alguém.
Alguém
de carne e osso
tronco e menbros
alguém mudo
desprovido de direitos.
Alguém
chora
além.
Não tem rosto
não tem nada
Alguém
precisa saber
que tem
alguém também.
Alguém
de carne e osso
tronco e menbros
alguém mudo
desprovido de direitos.
Alguém
chora
além.
Não tem rosto
não tem nada
Alguém
precisa saber
que tem
alguém também.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
CORUJAS
Uma coruja espreita as vidas
do sinaleiro da cidade
olhando os transeuntes,
podem surgir namoricos
ou tiros de terror
Uma coruja espreita as vidas
da Estátua de Camões
Os casais trocam beijos
na saída das baladas
onde os urubus dançam
Uma coruja voa
fugindo do dia
Casais deitados na calçada
como câes amarrados
e amansados a pauladas
A cidade segue viva,
mesmo sangue doutro dia,
diante do vôo das gaivotas.
do sinaleiro da cidade
olhando os transeuntes,
podem surgir namoricos
ou tiros de terror
Uma coruja espreita as vidas
da Estátua de Camões
Os casais trocam beijos
na saída das baladas
onde os urubus dançam
Uma coruja voa
fugindo do dia
Casais deitados na calçada
como câes amarrados
e amansados a pauladas
A cidade segue viva,
mesmo sangue doutro dia,
diante do vôo das gaivotas.
MEIO AMOR
Sonhei
construindo um amor
Uma metade
eu levantava
e desabava
eu levantava
e desabava
Assim foi até ontem.
construindo um amor
Uma metade
eu levantava
e desabava
eu levantava
e desabava
Assim foi até ontem.
NA MINHA CELA
Na minha cela
toda manhã
tenho o ar arrogante
de um filósofo de Nietzsche
Na minha cela
penso o tempo que voa
sério como uma coruja
no mais íntimo de mim
Na minha cela
Limpo a poeira
das minhas contradições vividas
do caos que é minha vida
Na minha cela
Faço uma matemática diária
da minha liberdade
e somo com minha vida.
toda manhã
tenho o ar arrogante
de um filósofo de Nietzsche
Na minha cela
penso o tempo que voa
sério como uma coruja
no mais íntimo de mim
Na minha cela
Limpo a poeira
das minhas contradições vividas
do caos que é minha vida
Na minha cela
Faço uma matemática diária
da minha liberdade
e somo com minha vida.
NOVO DIA
O sol
precisa de sombra
A lua
Precisa de luz
Os lábios secos
precisam da sua umidade
enquanto acaba o dia.
Todos precisam de sorrisos
amores novos
De sol e lua
pra fugir de amor morrido
Que amanhã apareça
um novo porvir
e a maré nos leve
pra navegar
Que o sol escondido
aqueça a alvorarada
que a chuva leve os desamores
que a lua se acenda como estrela apagada.
precisa de sombra
A lua
Precisa de luz
Os lábios secos
precisam da sua umidade
enquanto acaba o dia.
Todos precisam de sorrisos
amores novos
De sol e lua
pra fugir de amor morrido
Que amanhã apareça
um novo porvir
e a maré nos leve
pra navegar
Que o sol escondido
aqueça a alvorarada
que a chuva leve os desamores
que a lua se acenda como estrela apagada.
QUIS SER
Não sou
Midas
Sou Vidas.
Em tudo
que toco
transformo
em vida
toco ouro
toco coisas
toco gente
tão diferente
de maçãs
e tridentes.
Midas
Sou Vidas.
Em tudo
que toco
transformo
em vida
toco ouro
toco coisas
toco gente
tão diferente
de maçãs
e tridentes.
SEM VAGALUMES
Quando se ama
dói até o ar que se respira.
Por conta do ar que machuca,
as estrelas ficam frias
e o vento pára todas as noites,
sem vagalumes.
dói até o ar que se respira.
Por conta do ar que machuca,
as estrelas ficam frias
e o vento pára todas as noites,
sem vagalumes.
POEMAS E CONTOS
Escrevendo poemas e contos:
- Isso não te dará dinheiro algum!
- Eu não quero dinheiro!
Eu só quero rimar e contar.
- Isso não te dará dinheiro algum!
- Eu não quero dinheiro!
Eu só quero rimar e contar.
domingo, 4 de dezembro de 2011
COISAS QUE A MARÉ TRÁS
Desejos e possibilidades de areia
passeiam de mãos dadas com o tempo, prometido
poeira baladeira diante das marés,
Surfista prepara tua prancha!
Enfrenta o mar bravio,
faz teu futuro que fará teu hoje,
no coração da sereia.
passeiam de mãos dadas com o tempo, prometido
poeira baladeira diante das marés,
Surfista prepara tua prancha!
Enfrenta o mar bravio,
faz teu futuro que fará teu hoje,
no coração da sereia.
NUNCA
Nunca
não existe
hoje
Nunca
não existe
posso
Nunca
acaba
aqui
Nunca
meu lugar
existe
Nunca
Pirlinpinpin
Peter pan
Nunca
você
Nunca
esqueço.
não existe
hoje
Nunca
não existe
posso
Nunca
acaba
aqui
Nunca
meu lugar
existe
Nunca
Pirlinpinpin
Peter pan
Nunca
você
Nunca
esqueço.
URUTAL
Um urutal no muro
olhava minha gaiola,
eu ita - pedra
na prisão de Marília
lhe namorava
a cada sol
a cada lua
olhava minha gaiola,
eu ita - pedra
na prisão de Marília
lhe namorava
a cada sol
a cada lua
METÁFORA COM ASAS
Uma mosca massageava as pernas dianteiras
Acariciava a cabeça e limpava as pernas traseiras
Eu imaginava castelos e princesas, enquanto me masturbava.
Acariciava a cabeça e limpava as pernas traseiras
Eu imaginava castelos e princesas, enquanto me masturbava.
QUE ALGUÉM ME SALVE
Tempo
eificado, sedutor,
nós...a coisa
Vida! Não quero vida!
de protótipos,
quem sabe...
um ex-man
nos salve agora.
Quem dera
voltasse no tempo
de coisa me tornasse gente
gente...gente...gente...
E o amor?
Que brotasse
de sementes
queimando
como águas marinhas.
eificado, sedutor,
nós...a coisa
Vida! Não quero vida!
de protótipos,
quem sabe...
um ex-man
nos salve agora.
Quem dera
voltasse no tempo
de coisa me tornasse gente
gente...gente...gente...
E o amor?
Que brotasse
de sementes
queimando
como águas marinhas.
ELES
Manuéis sem bandeiras
são meninos
cavalos de cabrestos
que cavalgam
quadrados
Coras Coralinas
são meninas
despetalando margaridas
Bem me quer, mal me quer
Bem me quer, mal me quer
Bem me quer, mal me quer
são meninos
cavalos de cabrestos
que cavalgam
quadrados
Coras Coralinas
são meninas
despetalando margaridas
Bem me quer, mal me quer
Bem me quer, mal me quer
Bem me quer, mal me quer
ENTREFERROS
Entre as treliças de ferro
aprisionados
o sol, a noite,o mundo,
morada e vida.
Entre as treliças de ferro
censuras, torturas, gritos,
solidão e sobrevida.
Olhando pelas ventanas
sua silhueta
inteira
marejando-me
Uma figura de areia
coberta de espumas
lutando contra as marés
Aprisionado, navegante,
que por você sobrevive
entre o dia, a noite, no mundo
e num mar que não cabe.
Vamos e voltamos
contra as correntes
grilhões de versos
na praia pra ti.
aprisionados
o sol, a noite,o mundo,
morada e vida.
Entre as treliças de ferro
censuras, torturas, gritos,
solidão e sobrevida.
Olhando pelas ventanas
sua silhueta
inteira
marejando-me
Uma figura de areia
coberta de espumas
lutando contra as marés
Aprisionado, navegante,
que por você sobrevive
entre o dia, a noite, no mundo
e num mar que não cabe.
Vamos e voltamos
contra as correntes
grilhões de versos
na praia pra ti.
sábado, 3 de dezembro de 2011
DIANTE DO ESPELHO
Só
diante do espelho
visto
minha sombra
Só
diante do espelho
Sou outro
que olha
Só
diante do espelho
aquela sombra
mais um dia
Até de noite
só
diante do espelho.
diante do espelho
visto
minha sombra
Só
diante do espelho
Sou outro
que olha
Só
diante do espelho
aquela sombra
mais um dia
Até de noite
só
diante do espelho.
CIDADANIA
Minha liberdade
não me dá moradia
Nem roupas, ou alimento
nem vara de pescar
Minha liberdade
costura minha cidadania
na sola dos meus pés
Com a farsa dos direitos
e a obrigação dos deveres.
não me dá moradia
Nem roupas, ou alimento
nem vara de pescar
Minha liberdade
costura minha cidadania
na sola dos meus pés
Com a farsa dos direitos
e a obrigação dos deveres.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
POLVO
Por muito tempo
abracei um molusco
um polvo grande, gosmento
foi nogento.
Nogento
foi descobrir
que o polvo
é que me abraçava
todo tempo.
abracei um molusco
um polvo grande, gosmento
foi nogento.
Nogento
foi descobrir
que o polvo
é que me abraçava
todo tempo.
BARBARIDADES
A cada escolha que faço
assassino outras vidas
que não vou viver
dividido como sou
deixo as vidas por ai
ou as guardo
no fundo da gaveta
Isso é sedutor
o costume da poesia,
publicar um livro
e outras barbaridades.
assassino outras vidas
que não vou viver
dividido como sou
deixo as vidas por ai
ou as guardo
no fundo da gaveta
Isso é sedutor
o costume da poesia,
publicar um livro
e outras barbaridades.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
CHAMAMENTO
Diante das sobras
só me cabe a luta
ancorado na utopia
Ser feliz com o pouco que conquisto
não perder já é um avanço
pra quem é cego a luz do nada
Se minha paz nunca existir
vai doer perder meu tudo
pois sonho com muito mais
Dói-me essa vida mar de rosas
disfarçada de sarau de praia
e de viver curando ressacas
Na minha militância por vitórias
Finjo que a vida ajuda o sonho
procurando um sol, nos fracassos
Repiso os caminhos antigos
procurando camaradas na solidão
pra se juntarem comigo
A história é luta
Não conjuga o verbo esquecer
Não serei esquecido vivo.
só me cabe a luta
ancorado na utopia
Ser feliz com o pouco que conquisto
não perder já é um avanço
pra quem é cego a luz do nada
Se minha paz nunca existir
vai doer perder meu tudo
pois sonho com muito mais
Dói-me essa vida mar de rosas
disfarçada de sarau de praia
e de viver curando ressacas
Na minha militância por vitórias
Finjo que a vida ajuda o sonho
procurando um sol, nos fracassos
Repiso os caminhos antigos
procurando camaradas na solidão
pra se juntarem comigo
A história é luta
Não conjuga o verbo esquecer
Não serei esquecido vivo.
NOVO INSTRUMENTO
Não passearei pelo céu da tua boca
manterei minha língua seca
No artesanato do teu corpo
Negro?
Vou criar meu melhor poema
Nos lençóis molhados
pelo seu peso morto
me deliciarei
como um clarinete na alvorada.
manterei minha língua seca
No artesanato do teu corpo
Negro?
Vou criar meu melhor poema
Nos lençóis molhados
pelo seu peso morto
me deliciarei
como um clarinete na alvorada.
NÃO QUERO ESTAR MAIS TRISTE
Não quero estar mais triste
pro meu nariz, de poeira
há sempre outras cores
ou nenhumas.
No desejo que se quer nunca
não quero mais estar triste
me olhando
no outro.
pro meu nariz, de poeira
há sempre outras cores
ou nenhumas.
No desejo que se quer nunca
não quero mais estar triste
me olhando
no outro.
BALADA NUM BAR DO CENTRO
Risos até as orelhas
penduricalhos imaginários
Celular ching ling, florido
opacos, rosas pink
Tiara nos cabelos, nem lisos, nem secos
Ela finge maturidade
atrás dos óculos da estação, riquezas
pra inteligêngia de rosto,
olhares de cobiça.
As roupas justas marcam o corpo,
batom vermelho nos lábios finos,
sem sensualidade.
O bar oferta alegria e prazer,
o som e a bebida, beleza
maior que a do corpo
entrega do corpo
Olhos vazios no teto
lágrimas até as orelhas
penduricalhos imaginários
repousam ao lado da cama
nas sextas.
penduricalhos imaginários
Celular ching ling, florido
opacos, rosas pink
Tiara nos cabelos, nem lisos, nem secos
Ela finge maturidade
atrás dos óculos da estação, riquezas
pra inteligêngia de rosto,
olhares de cobiça.
As roupas justas marcam o corpo,
batom vermelho nos lábios finos,
sem sensualidade.
O bar oferta alegria e prazer,
o som e a bebida, beleza
maior que a do corpo
entrega do corpo
Olhos vazios no teto
lágrimas até as orelhas
penduricalhos imaginários
repousam ao lado da cama
nas sextas.
CIDADE
Um casal se beijava
Outro pagava
Alguem resfriado
Outro sorria por nada
Uma mulher mancava
Um homem vendia paçocas
Tantos mais
pediam esmolas
pra fumar crack - fugir da cidade
bebiam cachaças - nariz escorrendo
executivos cegos - olhares mortos
palitavam os dentes e jogavam no chão
os restos pra muitos outros
O polvo dá seu abraço
aperto no povo
frio como esta noite
que escondem caladas
como o amanhã
Tumor coletivo
e uma balada na esquina.
Outro pagava
Alguem resfriado
Outro sorria por nada
Uma mulher mancava
Um homem vendia paçocas
Tantos mais
pediam esmolas
pra fumar crack - fugir da cidade
bebiam cachaças - nariz escorrendo
executivos cegos - olhares mortos
palitavam os dentes e jogavam no chão
os restos pra muitos outros
O polvo dá seu abraço
aperto no povo
frio como esta noite
que escondem caladas
como o amanhã
Tumor coletivo
e uma balada na esquina.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
CRICRILANTE
Um grilo me atormentou à noite
debaixo da cama.
Cris!...Cris!...Cris!...
Tramando contra meus sonhos
Um grilo ecoava nas paredes
debaixo da minha cama
Cris!...Cris!...Cris!...
Suicidando-me de ruídos
Um grilo saltitante verde livre
debaixo da minha cama.
Cris!...Cris!...Cris!...
Um grilo cris - ta - lindo
me afogando em água represada
Cris!...Cris!...Cris!...
Na tina.
debaixo da cama.
Cris!...Cris!...Cris!...
Tramando contra meus sonhos
Um grilo ecoava nas paredes
debaixo da minha cama
Cris!...Cris!...Cris!...
Suicidando-me de ruídos
Um grilo saltitante verde livre
debaixo da minha cama.
Cris!...Cris!...Cris!...
Um grilo cris - ta - lindo
me afogando em água represada
Cris!...Cris!...Cris!...
Na tina.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
PRISÃO DO AMOR IMPERFEITO
Cela 3/4 com grade na janela
lembranças, lembranças do tempo,
Some como sombra, defronte dela.
Atrás dela, presa comigo
esperanças, inventadas,
Num amor que te ponho
Sobre seu corpo, que pinga sal
É doce saber que nada muda
por ser bom
mas a verdade atrapalha
quem sonha com cela.
O sal do peito aprisionado
Na cela do amor que sofre
sublime, que não é,
Mas grande e imperfeito.
Some como sombra
na cela 3/4, de grades na janela.
lembranças, lembranças do tempo,
Some como sombra, defronte dela.
Atrás dela, presa comigo
esperanças, inventadas,
Num amor que te ponho
Sobre seu corpo, que pinga sal
É doce saber que nada muda
por ser bom
mas a verdade atrapalha
quem sonha com cela.
O sal do peito aprisionado
Na cela do amor que sofre
sublime, que não é,
Mas grande e imperfeito.
Some como sombra
na cela 3/4, de grades na janela.
O DRAMA DA MINHA CAMA
Vomito o que sinto
na minha falta de mimo
sob o cobertor quer não aquece,
o drama que imagino.
Dormindo e sonhando
pra crescer um pequeno amor
no tamanho que espero,
pois sonho a vida
a vida dos homens
que moram com os pés no chão.
Sonho que vens
quando encontrar o caminho,
Eu gritarei: Bem vinda!
Não sou dono do tempo
nem do vento, nem da bailarina,
sob uma dança onde
a verdade é construída.
Sei que vens
Ainda sem saber como chegar,
minha urgência não é pressa,
Pressa não é bom,
Te aguardo na janela.
na minha falta de mimo
sob o cobertor quer não aquece,
o drama que imagino.
Dormindo e sonhando
pra crescer um pequeno amor
no tamanho que espero,
pois sonho a vida
a vida dos homens
que moram com os pés no chão.
Sonho que vens
quando encontrar o caminho,
Eu gritarei: Bem vinda!
Não sou dono do tempo
nem do vento, nem da bailarina,
sob uma dança onde
a verdade é construída.
Sei que vens
Ainda sem saber como chegar,
minha urgência não é pressa,
Pressa não é bom,
Te aguardo na janela.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
LAMBENDO AS MÁGOAS
O que me resta do sonho?
Coloco num poema raso
vaso
Que guardo mágoas
que de quando em quando
lambo.
Coloco num poema raso
vaso
Que guardo mágoas
que de quando em quando
lambo.
SOBRE TOM
Para que não se esconda o sentimento ainda
e a admiração volte
solta a voz
outra voz
outra
sobre a voz.
e a admiração volte
solta a voz
outra voz
outra
sobre a voz.
NAO QUERO POESIA HOJE
Soluções de problemas
pedaços de escritas
cartas de longe
não quero poesia hoje
quero ficar quietinho na cama
pedaços de escritas
cartas de longe
não quero poesia hoje
quero ficar quietinho na cama
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
HOMEM DE BRONZE
Em frente ao mar
de costas pra ele
havia um homem de bronze
sentado em um banco
com os punhos fechados
que apoiavam o queixo
e o cotovelo furava a coxa
o pensamento pensava marés.
de costas pra ele
havia um homem de bronze
sentado em um banco
com os punhos fechados
que apoiavam o queixo
e o cotovelo furava a coxa
o pensamento pensava marés.
EU LUTAREI
Se meu amigo te namorar
Eu lutarei
Se voce namorar o meu amigo
Eu lutarei
Se voces se namorarem
Eu lutarei
Amigos inimigos conservarei
Eu lutarei
Se Marias, Adrianas, Alines,
Danielas, Robertas, Paulas, Cristinas...
Mulheres se forem lançadas,
a mim como flexas,
Eu lutarei
Eu lutarei
Eu lutarei
No porto da minha vida,
Sete velas, sete esperanças, sete mulheres,
Que cantam no mar que leva,
Aportarei outras, marulhado prisioneiro,
preso ao mastro humilhado,
como coisa de oceano,
entre sóis indecisos,
sensuais e sedutores.
Eu lutarei
Eu lutarei
Se voce namorar o meu amigo
Eu lutarei
Se voces se namorarem
Eu lutarei
Amigos inimigos conservarei
Eu lutarei
Se Marias, Adrianas, Alines,
Danielas, Robertas, Paulas, Cristinas...
Mulheres se forem lançadas,
a mim como flexas,
Eu lutarei
Eu lutarei
Eu lutarei
No porto da minha vida,
Sete velas, sete esperanças, sete mulheres,
Que cantam no mar que leva,
Aportarei outras, marulhado prisioneiro,
preso ao mastro humilhado,
como coisa de oceano,
entre sóis indecisos,
sensuais e sedutores.
Eu lutarei
AMOR AMIGO
Ontem tive meus orgasmos
hoje estou enamorado
amanhã estarei em pânico
Sempre guardo o coração no bolso
E deixo 100,00 na cômoda
sempre náufrago de mim mesmo
Não tenho limites
tudo é intenso
excesso de amor e ódio
Meu amor é meu amigo
dentro de mim meu inimigo
sempre só... sempre só...
hoje estou enamorado
amanhã estarei em pânico
Sempre guardo o coração no bolso
E deixo 100,00 na cômoda
sempre náufrago de mim mesmo
Não tenho limites
tudo é intenso
excesso de amor e ódio
Meu amor é meu amigo
dentro de mim meu inimigo
sempre só... sempre só...
DEIXANDO LIMPO
Lágrimas que choram pra dentro
Enxugo com cataventos
Enxugo em volta e nos cantos
Enxugo e seco a aventura
Enxugo pra espantar os fantasmas
Que me assombrarão para sempre.
Enxugo com cataventos
Enxugo em volta e nos cantos
Enxugo e seco a aventura
Enxugo pra espantar os fantasmas
Que me assombrarão para sempre.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
PASSARINHEIROS
Um passarinho
sobe a gaiola
pra cantar pra seu dono
passarinheiros tramam em revoada.
sobe a gaiola
pra cantar pra seu dono
passarinheiros tramam em revoada.
PALAVRA DE DEUS
Um pastor orava
pra eu amar a Deus
e deixá-lo entrar na minha vida.
Pra não ser infiel a voce
Não deixei.
pra eu amar a Deus
e deixá-lo entrar na minha vida.
Pra não ser infiel a voce
Não deixei.
CARTEIRO
Tenho que agarrar um carteiro
senão minhas cartas não recebo
De quem?
Não sei.
Sei que algum dia alguem me escreve.
senão minhas cartas não recebo
De quem?
Não sei.
Sei que algum dia alguem me escreve.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Quem?
Quem já fez covardias?: Ninguém
Todos os que conheço são heróis.
Quem já parasitou em algum momento? Ninguém
Todos os que conheço são ativos.
Quem já foi grotesco, mesquinho e egoísta? Ninguém
Todos os que conheço são lindos, solidários e companheiros.
Quem já chorou de amor e mêdo? Ninguém
Todos os que conheço são racionais e corajosos.
Quem já foi pobre, comeu pão com banana? Ninguém
Todos os que conheço são ricos e comem caviar
Quem já foi súdito e ridículo? Ninguém
Todos os que conheço são monarcas e politicamente corretos
Que mulher não procura um príncipe? Nenhuma
Todas as que conheço, amam despretenciosamente
Estou a procura de gente
Tomara eu ouça amor numa voz humana.
Todos os que conheço são heróis.
Quem já parasitou em algum momento? Ninguém
Todos os que conheço são ativos.
Quem já foi grotesco, mesquinho e egoísta? Ninguém
Todos os que conheço são lindos, solidários e companheiros.
Quem já chorou de amor e mêdo? Ninguém
Todos os que conheço são racionais e corajosos.
Quem já foi pobre, comeu pão com banana? Ninguém
Todos os que conheço são ricos e comem caviar
Quem já foi súdito e ridículo? Ninguém
Todos os que conheço são monarcas e politicamente corretos
Que mulher não procura um príncipe? Nenhuma
Todas as que conheço, amam despretenciosamente
Estou a procura de gente
Tomara eu ouça amor numa voz humana.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
MUDANÇAS
Já fui capitalista
trabalhei pra ter meu quinhão
Já estive Marxista
Lutei pelo quinhão do Estado
Cresci - melhorei
Hoje não me maltrato
nem maltrato ninguém
Acho que estou anarquista
Ainda só. Mais vai mudar,
como muda tudo,
o tempo todo.
trabalhei pra ter meu quinhão
Já estive Marxista
Lutei pelo quinhão do Estado
Cresci - melhorei
Hoje não me maltrato
nem maltrato ninguém
Acho que estou anarquista
Ainda só. Mais vai mudar,
como muda tudo,
o tempo todo.
MOVIMENTAÇÃO DE UM DIA BOBO
Um peixe nadava
na lama da chuva.
Naquela tarde
meninas trabalhavam
ouvindo Amie Winehouse,
No...No...No
O que estou fazendo aqui?
na lama da chuva.
Naquela tarde
meninas trabalhavam
ouvindo Amie Winehouse,
No...No...No
O que estou fazendo aqui?
EX NAMORADA
Quando ela me mostrou a vagina
com 18 anos, eu com 50
e disse: Isso é amor!
Meu pensamento riu,rsrsrsrsr
dos meus olhos sedentos em jejum.
Ela não sabia no corpo a diferença
entre outono e primavera.
Mesmo assim sou feliz.
Quando posso visito a vagina dela.
com 18 anos, eu com 50
e disse: Isso é amor!
Meu pensamento riu,rsrsrsrsr
dos meus olhos sedentos em jejum.
Ela não sabia no corpo a diferença
entre outono e primavera.
Mesmo assim sou feliz.
Quando posso visito a vagina dela.
A VIDA DA GENTE
A família
Amém
A escola
amém
Ao trabalho
amém
As teorias prenhas
amém
A militância
amém
As transformações
amém
As mulheres do sexo,
Bem...Mandam bem.
Amém
A escola
amém
Ao trabalho
amém
As teorias prenhas
amém
A militância
amém
As transformações
amém
As mulheres do sexo,
Bem...Mandam bem.
HUMHUM HAMHAM
Falava com ela por horas a fio
e ela: HumHum HamHam
Como um bebê descobrindo as palavras
Foi de certo modo bom,
Ah se ela tivaesse me dado ouvidos!
e ela: HumHum HamHam
Como um bebê descobrindo as palavras
Foi de certo modo bom,
Ah se ela tivaesse me dado ouvidos!
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
JURAS
Esse amor despedaçado
pote quebrado em cacos,
é um mergulho interior
no que havia lá dentro.
Castelos de areia, da infância,
reprojetado no amor,
Nele felicidade é metáfora,
e as alegorias, nossas juras.
Juro que te amo
Juro felicidade
Juro pra todo o sempre,
Juro de verdade
Com tantos juros
Quanto irá me custar?
pote quebrado em cacos,
é um mergulho interior
no que havia lá dentro.
Castelos de areia, da infância,
reprojetado no amor,
Nele felicidade é metáfora,
e as alegorias, nossas juras.
Juro que te amo
Juro felicidade
Juro pra todo o sempre,
Juro de verdade
Com tantos juros
Quanto irá me custar?
CONDOR
Se estiver muito sol amanhã
e da prisão eu bater asas,
depois d"amanhã estarei queimado,
asas derretidas em silêncio,
um torturado condor.
e da prisão eu bater asas,
depois d"amanhã estarei queimado,
asas derretidas em silêncio,
um torturado condor.
ME ESCREVE
Escreve para o Mandela
Escreve pra toda a terra,
Escreve pra Itanhaém,
Escreve pros seus amores, enfim,
Escreve pro pico dos Andes,
escreve também para mim
Cristina Naiara Fernandes.
Escreve pra toda a terra,
Escreve pra Itanhaém,
Escreve pros seus amores, enfim,
Escreve pro pico dos Andes,
escreve também para mim
Cristina Naiara Fernandes.
SACO DE POESIA
Todas as batalhas
travadas com bolinhas de gude,
enchem um saco de poesia.
Tudo que é sem eira nem beira,
sem valor de venda e compra,
como amor de esteira,
enchem um saco de poesia.
Todas as palavras, jogadas ao vento,
sem lenço e nem documento,
pisadas, mijadas, escarradas,
enchem um saco de poesia.
Tudo que é sem importância,
gente, coisas e estrelas,
iluminação de vagalume,
enchem um saco de poesia.
Minha vida, meus amores,
Tudo que é jogado no lixo
enchem um saco de poesia.
Tudo que a borboleta come
Tudo que meu amor rejeita
Sendo jovem, sendo velho,
enchem um saco de poesia.
Tudo que pode ser disputado
num jogo de amarelinha,
enche um saco de poesia.
travadas com bolinhas de gude,
enchem um saco de poesia.
Tudo que é sem eira nem beira,
sem valor de venda e compra,
como amor de esteira,
enchem um saco de poesia.
Todas as palavras, jogadas ao vento,
sem lenço e nem documento,
pisadas, mijadas, escarradas,
enchem um saco de poesia.
Tudo que é sem importância,
gente, coisas e estrelas,
iluminação de vagalume,
enchem um saco de poesia.
Minha vida, meus amores,
Tudo que é jogado no lixo
enchem um saco de poesia.
Tudo que a borboleta come
Tudo que meu amor rejeita
Sendo jovem, sendo velho,
enchem um saco de poesia.
Tudo que pode ser disputado
num jogo de amarelinha,
enche um saco de poesia.
CUXIXO
Disse-me um pássaro:
- Vá pela manhã, na sua primeira hora,
até o jardim.
- Lá vc encontrará todos os sorrisos de que precisas.
Assim como as Margaridas.
- Vá pela manhã, na sua primeira hora,
até o jardim.
- Lá vc encontrará todos os sorrisos de que precisas.
Assim como as Margaridas.
DEITA COMIGO SEMPRE
Que custa um abraço, um carinho?
Pra alguém que vc diz ter amado.
Por acidente te pisei a juba
Do leão que em vc descansa.
Da mentira que foi vivida e dita
que te custa?
Se nada mais existe
Rolar e dividir gemidos na cama
mesmo que te mentirinha.
Pra alguém que vc diz ter amado.
Por acidente te pisei a juba
Do leão que em vc descansa.
Da mentira que foi vivida e dita
que te custa?
Se nada mais existe
Rolar e dividir gemidos na cama
mesmo que te mentirinha.
AVENTURA
Menina passando,
o tempo,
a toa.
Trepando,
o tempo
avoa
Como gaivota
boba
Menina amando,
um velho
sem tempo
Trepando
vem de fora
vem de dentro
Como chuva
debaixo pra cima
Molhando a menina,
vagina.
o tempo,
a toa.
Trepando,
o tempo
avoa
Como gaivota
boba
Menina amando,
um velho
sem tempo
Trepando
vem de fora
vem de dentro
Como chuva
debaixo pra cima
Molhando a menina,
vagina.
sábado, 8 de outubro de 2011
MEU ANIVERSÁRIO PRESO
Junho de espera
Junho de tormenta
que sussura a liberdade
e abre portas
Junho inventado
passado no calendário
Junho amarrado
tatuado no corpo
Junho te vigio
cada vez mais velho
sopro-me as velas
faço meu pedido calado.
Junho de tormenta
que sussura a liberdade
e abre portas
Junho inventado
passado no calendário
Junho amarrado
tatuado no corpo
Junho te vigio
cada vez mais velho
sopro-me as velas
faço meu pedido calado.
SAUDOSISMO
Quando jovem ia a todos os lugares
Agora todos os lugares estão em mim
Meu canto é espinhoso, os poemas são muitos,
Hoje só faço comprar flores para meu descanso.
SIDNEY NUNES
Agora todos os lugares estão em mim
Meu canto é espinhoso, os poemas são muitos,
Hoje só faço comprar flores para meu descanso.
SIDNEY NUNES
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