quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

EIFICAÇÃO

Do trabalho repetitivo
pulsa dia a dia
um robô
sem imaginação

máquina com vida

mais e mais embriões nascem
imaginando nada, nada massa
entre máquinas,
um mundo em movimento
no sentido horário

Os cadáveres andam automatamente
pés cascudos, sombras no asfalto vagabundo

Sobre as cabeças, o estado, os aviões,
aplaudindo a alienação, fecundando
óvulos entre o sexo de metal
fetos de engrenagens
leite de óleo diesel.
Na mente o lampejo de canções
e a máquina cada vez mais forte
por obra de seu escarro.

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