quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

PALAVRAS A ESMO

Eu na frente do espelho
me vejo meu manequim
sem pernas no canto da parede.
Eu uso Black-Tie na garagem
dentro do meu carro
como um gato cego
na minha visão mecânica
de pegar Marias gasolinas.

Me olho na imagem morta
na frente do espelho
pensando perguntas
que não se respondem.
Nessas linhas mal traçadas
saem palavras sem cabeças
que me inquietam,
o papel, e aos outros.

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