Pela esquerda pela direita
desalojam-se índios
pra morada capital
pela direita pela esquerda
operários na sarjeta
batalhões de miseráveis
pela esquerda pela direita
fodem-se livros e mulheres
pela direita
se aposentam, e olham
o poder pela varanda
pela esquerda
discursos, desesperos,
da luta ao luto
pela esquerda pela direita
o mundo crê que avança,
há quem conchave
Sou poeta de baixo para cima
e como ação
defeco no papel.
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