A sentença saiu. O Ex presidente Luis Inácio LULA da Silva, monta uma nova estratégia. Vamos começar, conscientizar as bases e fortalecer o partido. Quis começar neste ano, mas não há condições políticas para isso.
- Que Marx me perdoe!
A burguesia se aproximou, chegou bem pertinho, cochichou em seu ouvido e começou a comer suaus idéias, pedacinho por pedacinho...
segunda-feira, 29 de janeiro de 2018
MILITÂNCIA POÉTICA
Cai na real que nada é eterno,
fica com o germe do velho, que infecta,
um mundo em movimento,
não reto, não sinoidal, espiral,
que não finda, gesta,
eterna negação da negação,
são memórias solitárias,
sobre tudo, sobre nada,
em tempos de luta.
fica com o germe do velho, que infecta,
um mundo em movimento,
não reto, não sinoidal, espiral,
que não finda, gesta,
eterna negação da negação,
são memórias solitárias,
sobre tudo, sobre nada,
em tempos de luta.
CRÔNICA DE UM MOLUSCO
Quando os trabalhadores deram à rua, as nuvens entraram em debate, o céu começou a chorar e a cidade ficou cinza. Nos sonhos do passado, submerso as esperanças construídas com luta. Tudo institucinalizou-se; então os velhos combatentes se cobriram com o lençol da sedução, onde os burgueses e políticos havim construído a codificação da vida cotidiana.
Nesta manhã veio a sentença, que aguardava velhos e novos trabalhadores, militantes e o povo. Como pode uma lula viva, viver fora d' agua fria? Là longe o surdo marcava o tempo e o repique anunciou:
- Tudo deixou de ser notícia e o carnaval chegou!
Nesta manhã veio a sentença, que aguardava velhos e novos trabalhadores, militantes e o povo. Como pode uma lula viva, viver fora d' agua fria? Là longe o surdo marcava o tempo e o repique anunciou:
- Tudo deixou de ser notícia e o carnaval chegou!
FILANTRÓPICO
Não ganho pão
com as palavras,
elas não sabem
o que são livros,
O que ganho com elas?
Só revelo nas páginas em branco,
ao sabor dos meus erros.
com as palavras,
elas não sabem
o que são livros,
O que ganho com elas?
Só revelo nas páginas em branco,
ao sabor dos meus erros.
CRÔNICA DA RUGA
Rugas na rua,
no meio, entre,
a rua, becos, vielas,
grita!
Asfalto e brita,
cidade do avesso,
onde dorme,
onde morre,
o sol, a chuva e a noite.
no meio, entre,
a rua, becos, vielas,
grita!
Asfalto e brita,
cidade do avesso,
onde dorme,
onde morre,
o sol, a chuva e a noite.
PALAVRAS
Preso em pensamentos,
abrigado pela caverna errada,
onde vivem palavras escravas,
se obstina o silêncio,
Essa solidão patética,
com medo de afrontar,
negrume que turva os olhos,
míope para não enxergar,
Vozes para arranha - céus,
falas cortam o ar,
pingando água de côco,
limão, abacaxi, poesia - algodão,
garoada a palavra emerge,
do xicote que fere o cavalo,
relincha a memória antiga,
Desperta! Essa loucura imensa,
No ceu da boca, a palavra
é um pássaro azul,
cantando com duas asas,
frevando as pernas aos gritos,
As palavras da caverna errada,
colocam as vozes para fora,
exasperadas, zombeteiras, matreiras,
tagarelas já não recuam.
abrigado pela caverna errada,
onde vivem palavras escravas,
se obstina o silêncio,
Essa solidão patética,
com medo de afrontar,
negrume que turva os olhos,
míope para não enxergar,
Vozes para arranha - céus,
falas cortam o ar,
pingando água de côco,
limão, abacaxi, poesia - algodão,
garoada a palavra emerge,
do xicote que fere o cavalo,
relincha a memória antiga,
Desperta! Essa loucura imensa,
No ceu da boca, a palavra
é um pássaro azul,
cantando com duas asas,
frevando as pernas aos gritos,
As palavras da caverna errada,
colocam as vozes para fora,
exasperadas, zombeteiras, matreiras,
tagarelas já não recuam.
ZÉ
Quem sou eu?
Porque poderia interessar a alguém?
Sou um miserável poeta,
que come palito de dente,
que brinca de faz- de - contas,
as palavras - eu alguém
Não! Zé ninguém.
Porque poderia interessar a alguém?
Sou um miserável poeta,
que come palito de dente,
que brinca de faz- de - contas,
as palavras - eu alguém
Não! Zé ninguém.
O BOM FILHO
Filho de uma bandeira
o homem tinha sido esculpido,
lá na infância, Zé ninguém,
numa terra obscura
Se embebedava de orvalhos,
onde girassóis comiam vagalumes,
as notícias lhe acobertavam do frio,
na face só a memória das moscas,
Filho que fora folha,
sendo desfolhado pelo vento,
por que bebeu mulher numa jarra,
nunca mais parou de pingar poesia,
Dos bolsos da calça, camisa, casaco
se viam vários buracos por onde
se olhavam as igrejas,
com olhar de negro branco,
tempo que a morte rondava,
grilos, cigarras no tapa,
indigestos sapos boi,
todos iguais aos olhos da lua,
O filho foi aprendendo a vida,
um ninguém na terra do nunca,
onde ningém não dava a mínima,
sózinho fazia rimas.
o homem tinha sido esculpido,
lá na infância, Zé ninguém,
numa terra obscura
Se embebedava de orvalhos,
onde girassóis comiam vagalumes,
as notícias lhe acobertavam do frio,
na face só a memória das moscas,
Filho que fora folha,
sendo desfolhado pelo vento,
por que bebeu mulher numa jarra,
nunca mais parou de pingar poesia,
Dos bolsos da calça, camisa, casaco
se viam vários buracos por onde
se olhavam as igrejas,
com olhar de negro branco,
tempo que a morte rondava,
grilos, cigarras no tapa,
indigestos sapos boi,
todos iguais aos olhos da lua,
O filho foi aprendendo a vida,
um ninguém na terra do nunca,
onde ningém não dava a mínima,
sózinho fazia rimas.
segunda-feira, 15 de janeiro de 2018
A MENINA DOS OLHOS AZUIS
Além dessas meninas azuis,
tem uma mulher singela,
dentro de uma menina bela,
que se chama Daniela,
mas se não houver lá alguém,
essa tal mulher Daniela
para além de suas meninas azuis,
quero minha utopia possível,
que haja uma mulher sincera,
na menina que você era,
guardada bem dentro delas.
tem uma mulher singela,
dentro de uma menina bela,
que se chama Daniela,
mas se não houver lá alguém,
essa tal mulher Daniela
para além de suas meninas azuis,
quero minha utopia possível,
que haja uma mulher sincera,
na menina que você era,
guardada bem dentro delas.
PÉTALAS
Mal me quer... bem me quer...
jogadas ao vento,
não tecem amores,
Mal me quer...bem me quer...
voando na paisagem
nem sabe quem são
Mal me quer...bem me quer...
suavemente pousam no chão,
há seus pés um romance.
jogadas ao vento,
não tecem amores,
Mal me quer...bem me quer...
voando na paisagem
nem sabe quem são
Mal me quer...bem me quer...
suavemente pousam no chão,
há seus pés um romance.
ABORTAR
Quando o corpo, pote de gozo,
pari fruto com caroço,
deixando tudo em alvoroço,
entre o colosso e o lodo,
não é possível lhe aparar as asas,
mas há como cortar-lhe o vôo,
para que o corpo daquele seu corpo
deite-se em nuvens azuis.
pari fruto com caroço,
deixando tudo em alvoroço,
entre o colosso e o lodo,
não é possível lhe aparar as asas,
mas há como cortar-lhe o vôo,
para que o corpo daquele seu corpo
deite-se em nuvens azuis.
PEQUENO POETA
Não me acostumo a poemas longos,
sou poeta de paixões,
não faço poemas para casar,
boto a fila para andar,
porque atrás de mim vem rimas,
rimas são para dançar.
sou poeta de paixões,
não faço poemas para casar,
boto a fila para andar,
porque atrás de mim vem rimas,
rimas são para dançar.
AS RUAS DA CIDADE
As ruas desta cidade
estão crescendo muito rápido,
filhas de corpo feito,
de varizes e estrias
Nas manhãs acordam adormecidas,
das noites dormidas cansadas,
homens, mulheres, não amam,
somente acasalam,
Tudo com preço e horário,
gente se escondendo da vida,
saem do anonimato
frente a uma Cidade Alerta,
A cidade tem muitas ruas,
ruas para todos os gostos,
uns a moda da casa, outros em dobradinha,
tem até crianças a milanesa para seu dia a dia,
Ó minha cidade!
As ruas agora são moças,
Genis de migrantes e imigrantes
que também defecam em você
Marginais margeiam lágrimas,
mais, matam aos poucos,
digerem misteriosos carros
com suas bocas de lobo no asfalto,
Cidade despojada, seus seios amamentam
suas hienas e pombos, por aqueles que acumulam,
viver se torna uma arte,
que caminha a morrer nas esquinas,
Não há saída! Somente,
ruas becos, marginais,
avenidas, viadutos e garoas,
Nós sonhando saídas.
estão crescendo muito rápido,
filhas de corpo feito,
de varizes e estrias
Nas manhãs acordam adormecidas,
das noites dormidas cansadas,
homens, mulheres, não amam,
somente acasalam,
Tudo com preço e horário,
gente se escondendo da vida,
saem do anonimato
frente a uma Cidade Alerta,
A cidade tem muitas ruas,
ruas para todos os gostos,
uns a moda da casa, outros em dobradinha,
tem até crianças a milanesa para seu dia a dia,
Ó minha cidade!
As ruas agora são moças,
Genis de migrantes e imigrantes
que também defecam em você
Marginais margeiam lágrimas,
mais, matam aos poucos,
digerem misteriosos carros
com suas bocas de lobo no asfalto,
Cidade despojada, seus seios amamentam
suas hienas e pombos, por aqueles que acumulam,
viver se torna uma arte,
que caminha a morrer nas esquinas,
Não há saída! Somente,
ruas becos, marginais,
avenidas, viadutos e garoas,
Nós sonhando saídas.
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
GRANDE AMIZADE BRANCA
O sol suava
o fazendeiro e o negro,
tapinhas nas costas,
a fazenda, as cercas brancas,
"- É...é...meu amigo,
se você não fosse negro,
eu te dava um sabonete!"
o fazendeiro e o negro,
tapinhas nas costas,
a fazenda, as cercas brancas,
"- É...é...meu amigo,
se você não fosse negro,
eu te dava um sabonete!"
CRIANCICE
Nas memórias esqueci de outrora,
brincar, curioso, descobrir.
Agora sou grande, penso e faço,
bêbado vivo a realidade que sei.
Onde há crianças,
não se vêm bestas,
Qual o sentido de tudo?
Precisa ter?
Eu quero brincar de novo,
sonhar, pois, sem dor tudo é tão simples.
brincar, curioso, descobrir.
Agora sou grande, penso e faço,
bêbado vivo a realidade que sei.
Onde há crianças,
não se vêm bestas,
Qual o sentido de tudo?
Precisa ter?
Eu quero brincar de novo,
sonhar, pois, sem dor tudo é tão simples.
AFOGAMENTO
Salivam as hienas,
sobre o corpo seco que trabalha,
Que se farta em mão de obra
assim avança a humanidade,
Desumanidade com o outro
que considera coisa,
Das 05:00hs da manhã as 22:00hs,
deserto em que de dia caminha,
Deserto em que na noite se deita,
sonha, na sede, no trabalho se afoga.
sobre o corpo seco que trabalha,
Que se farta em mão de obra
assim avança a humanidade,
Desumanidade com o outro
que considera coisa,
Das 05:00hs da manhã as 22:00hs,
deserto em que de dia caminha,
Deserto em que na noite se deita,
sonha, na sede, no trabalho se afoga.
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
COTOVELO
Ela me morde
a maçã do rosto
e se vai,
Quando ela volta,
tomo muitas doses
de revolta,
Mordo o cotovelo,
no fundo do poço
Se ex-vou indo,
deixo com a garrafa
minha última rima.
a maçã do rosto
e se vai,
Quando ela volta,
tomo muitas doses
de revolta,
Mordo o cotovelo,
no fundo do poço
Se ex-vou indo,
deixo com a garrafa
minha última rima.
UTOPIA
Que nossa utopia
nunca acabe
Precisamos sempre um novo
para chocar
O longe fica perto
perto fica longe
Utopias vem e vão
poesias sim e não
Haverá um dia
que tudo será danação.
nunca acabe
Precisamos sempre um novo
para chocar
O longe fica perto
perto fica longe
Utopias vem e vão
poesias sim e não
Haverá um dia
que tudo será danação.
Assinar:
Postagens (Atom)