As ruas desta cidade
estão crescendo muito rápido,
filhas de corpo feito,
de varizes e estrias
Nas manhãs acordam adormecidas,
das noites dormidas cansadas,
homens, mulheres, não amam,
somente acasalam,
Tudo com preço e horário,
gente se escondendo da vida,
saem do anonimato
frente a uma Cidade Alerta,
A cidade tem muitas ruas,
ruas para todos os gostos,
uns a moda da casa, outros em dobradinha,
tem até crianças a milanesa para seu dia a dia,
Ó minha cidade!
As ruas agora são moças,
Genis de migrantes e imigrantes
que também defecam em você
Marginais margeiam lágrimas,
mais, matam aos poucos,
digerem misteriosos carros
com suas bocas de lobo no asfalto,
Cidade despojada, seus seios amamentam
suas hienas e pombos, por aqueles que acumulam,
viver se torna uma arte,
que caminha a morrer nas esquinas,
Não há saída! Somente,
ruas becos, marginais,
avenidas, viadutos e garoas,
Nós sonhando saídas.
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