Filho de uma bandeira
o homem tinha sido esculpido,
lá na infância, Zé ninguém,
numa terra obscura
Se embebedava de orvalhos,
onde girassóis comiam vagalumes,
as notícias lhe acobertavam do frio,
na face só a memória das moscas,
Filho que fora folha,
sendo desfolhado pelo vento,
por que bebeu mulher numa jarra,
nunca mais parou de pingar poesia,
Dos bolsos da calça, camisa, casaco
se viam vários buracos por onde
se olhavam as igrejas,
com olhar de negro branco,
tempo que a morte rondava,
grilos, cigarras no tapa,
indigestos sapos boi,
todos iguais aos olhos da lua,
O filho foi aprendendo a vida,
um ninguém na terra do nunca,
onde ningém não dava a mínima,
sózinho fazia rimas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário