Preso em pensamentos,
abrigado pela caverna errada,
onde vivem palavras escravas,
se obstina o silêncio,
Essa solidão patética,
com medo de afrontar,
negrume que turva os olhos,
míope para não enxergar,
Vozes para arranha - céus,
falas cortam o ar,
pingando água de côco,
limão, abacaxi, poesia - algodão,
garoada a palavra emerge,
do xicote que fere o cavalo,
relincha a memória antiga,
Desperta! Essa loucura imensa,
No ceu da boca, a palavra
é um pássaro azul,
cantando com duas asas,
frevando as pernas aos gritos,
As palavras da caverna errada,
colocam as vozes para fora,
exasperadas, zombeteiras, matreiras,
tagarelas já não recuam.
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