São tantas ondas
sob minha perspectiva,
rimas,
Eu barco
embarco em calmarias, e,
tormentas,
velejo,
veleiro vou com o vento,
sereio,
Por todos os mares,
depois de amar,
outro mar,
sendo, serei,
sereia,
levou-me,
pela minha
escama de pele,
Ah! Mar!
Nesse salgado
poema
que umedece a boca.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
EXISTÊNCIA
Crianças corriam,
num corredor que não se podia correr,
em escolas da Santa Cecília,
Moradores do Marechal Deodoro,
dizem que faziam de propósito,
pois nasceram delinquentes,
Hoje em fase de crescimento,
vagam pelas ruas do entorno
em busca da sua existência.
num corredor que não se podia correr,
em escolas da Santa Cecília,
Moradores do Marechal Deodoro,
dizem que faziam de propósito,
pois nasceram delinquentes,
Hoje em fase de crescimento,
vagam pelas ruas do entorno
em busca da sua existência.
JAGUARÉ
No CEASA um pé de alface
pisou no meu prato,
um pitbull
me colocou pra correr,
miseráveis
buscavam restos,
para crianças
que dormiam sonhos,
Nas camas
dos viadutos,
uma platéia
rezava e aplaudia.
pisou no meu prato,
um pitbull
me colocou pra correr,
miseráveis
buscavam restos,
para crianças
que dormiam sonhos,
Nas camas
dos viadutos,
uma platéia
rezava e aplaudia.
FLORES
A rua das Camélias
não sabia
que não era flor
e que as mulheres se escondiam,
Sua voz não era ouvida,
das Rosas, Tulipas e Margaridas,
total silêncio,
tudo tão familiar,
Muito medo e muito altar,
como nas outras transplantadas,
somente um surdo eco
de vidas e nadas.
não sabia
que não era flor
e que as mulheres se escondiam,
Sua voz não era ouvida,
das Rosas, Tulipas e Margaridas,
total silêncio,
tudo tão familiar,
Muito medo e muito altar,
como nas outras transplantadas,
somente um surdo eco
de vidas e nadas.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
MENINO BONZINHO
Ele era um menino
bonzinho,
um capitão do asfalto,
vindo d'areia de Jorge Amado,
Aos 13 anos já era
estrangeiro de tudo,
já não sorria, mas
era feliz o infeliz,
Gostava da noite,
com as mãos fabricava mortes,
vendendo balas
no farol pra alguém,
Ele era um menino
bonzinho,
me lembro do tiro no peito,
essa poesia do sem querer, querendo.
bonzinho,
um capitão do asfalto,
vindo d'areia de Jorge Amado,
Aos 13 anos já era
estrangeiro de tudo,
já não sorria, mas
era feliz o infeliz,
Gostava da noite,
com as mãos fabricava mortes,
vendendo balas
no farol pra alguém,
Ele era um menino
bonzinho,
me lembro do tiro no peito,
essa poesia do sem querer, querendo.
LADEIRA PORTO GERAL
Desci a ladeira
Aportei
com uma fome geral,
rangia os dentes,
entremeios
de mercadorias e fantasias,
um calafrio de consumo
cantarolava doente
no fundo do medo do bolso.
Aportei
com uma fome geral,
rangia os dentes,
entremeios
de mercadorias e fantasias,
um calafrio de consumo
cantarolava doente
no fundo do medo do bolso.
ARUAREZA
As ruas rezam Pai Nosso
porque nasceram sem mães,
Os homens assim quiseram
que vivessem para o bordado,
Nomearam Santas e Cecílias,
colocaram bundas em cada esquina,
Lá na São João,
distribuíram mendigos que comem na mão,
As ruas são civilizadas, graças
da Princesa Izabel,
Os Jardins perderam as flores,
homens vivem em pequenas prisões,
As ruas ainda oram,
como se fossem o paraíso,
Vão a ti as criancinhas,
como Mônicas e Cebolinhas,
brincando de amarelinhas
a caminho do reino dos céus.
porque nasceram sem mães,
Os homens assim quiseram
que vivessem para o bordado,
Nomearam Santas e Cecílias,
colocaram bundas em cada esquina,
Lá na São João,
distribuíram mendigos que comem na mão,
As ruas são civilizadas, graças
da Princesa Izabel,
Os Jardins perderam as flores,
homens vivem em pequenas prisões,
As ruas ainda oram,
como se fossem o paraíso,
Vão a ti as criancinhas,
como Mônicas e Cebolinhas,
brincando de amarelinhas
a caminho do reino dos céus.
MINHA RUA
Minha rua é tranquila,
vive na periferia,
conversa com os vizinhos,
sobre os buracos em que se mete,
Não é intelectualizada
como as ruas dos Jardins,
é uma rua mediana,
nem direita nem esquerda,
Cheia de Covas é o que acho,
também de metáforas
pelo meio do caminho,
um atalho sem correria,
Ela já tem meia idade,
cheia de meias verdades,
caminha como todas as outras,
mas só vai até a metade.
vive na periferia,
conversa com os vizinhos,
sobre os buracos em que se mete,
Não é intelectualizada
como as ruas dos Jardins,
é uma rua mediana,
nem direita nem esquerda,
Cheia de Covas é o que acho,
também de metáforas
pelo meio do caminho,
um atalho sem correria,
Ela já tem meia idade,
cheia de meias verdades,
caminha como todas as outras,
mas só vai até a metade.
ZONAS DE DESCONFORTO
Com tantas zonas
não há cidade
que consiga ser justa,
Toda transformação
só acontecerá,
depois da novela das oito,
Seja em Guaianazes,
lá pras bandas de Santo Amaro,
ou na Parada Inglesa,
vamos ver João XXIII,
Não tenho nada melhor pra fazer.
não há cidade
que consiga ser justa,
Toda transformação
só acontecerá,
depois da novela das oito,
Seja em Guaianazes,
lá pras bandas de Santo Amaro,
ou na Parada Inglesa,
vamos ver João XXIII,
Não tenho nada melhor pra fazer.
INDIGNAÇÃO
Uma rua
me contou um sonho,
coisas de poesia
que precisa de companhia,
Onde pessoas se transformam
em coisas,
Flores nascem
privadas,
Ilusões morrem
de ego,
Não sou rua,
pra me tratares assim.
me contou um sonho,
coisas de poesia
que precisa de companhia,
Onde pessoas se transformam
em coisas,
Flores nascem
privadas,
Ilusões morrem
de ego,
Não sou rua,
pra me tratares assim.
RAPIDINHO
Passos rápidos,
sem olhar para os lados,
Uma rapidinha
de amor apressado,
Eu vou, você vem,
de engarrafamentos,
Afins,
distraídos,
Vamos nos libertar dessas ruas,
que não podemos alcançar.
sem olhar para os lados,
Uma rapidinha
de amor apressado,
Eu vou, você vem,
de engarrafamentos,
Afins,
distraídos,
Vamos nos libertar dessas ruas,
que não podemos alcançar.
JAMAIS
Não iríamos a lugar
algum,
Nunca chegaríamos
lá,
Você caminhava
a passos de escorpião,
Eu?
Um geminiano, em
compasso de rimas.
algum,
Nunca chegaríamos
lá,
Você caminhava
a passos de escorpião,
Eu?
Um geminiano, em
compasso de rimas.
O QUE FAZ SENTIDO
Qualquer coisa que perdi,
foi porque estive desatento,
tenho certeza,
darei mais atenção,
Vou te encontrar novamente,
por essas ruas que guardam segredos, e ,
nossos incalculáveis silêncios,
Não posso culpá-la, pois,
entre festas e bebidas,
tudo nos atraia,
entre palavras jogadas fora,
há guardadas teses e conceitos,
ainda prenhos,
Valeu apena encontrar teses?
Para que os pré conceitos?
foi porque estive desatento,
tenho certeza,
darei mais atenção,
Vou te encontrar novamente,
por essas ruas que guardam segredos, e ,
nossos incalculáveis silêncios,
Não posso culpá-la, pois,
entre festas e bebidas,
tudo nos atraia,
entre palavras jogadas fora,
há guardadas teses e conceitos,
ainda prenhos,
Valeu apena encontrar teses?
Para que os pré conceitos?
terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
SEM RUMO
Deixa eu ir até ai?
Quero ver se você está bem,
quem sabe até ganho um sorriso,
eu vou, depois você vem,
minhas dúvidas andam a pé,
carregadas por formigas,
tudo é meio assunto,
se você ai eu aqui,
vamos caminhar,
mesmo que para lugar algum,
ver uma lua japonesa,
o sol em Shangrilá,
Quantas letras carrega o vento?
Parece tudo sem sentido,
tudo sem, eu acho,
Acho que disse tudo,
tudo tão de repente.
Quero ver se você está bem,
quem sabe até ganho um sorriso,
eu vou, depois você vem,
minhas dúvidas andam a pé,
carregadas por formigas,
tudo é meio assunto,
se você ai eu aqui,
vamos caminhar,
mesmo que para lugar algum,
ver uma lua japonesa,
o sol em Shangrilá,
Quantas letras carrega o vento?
Parece tudo sem sentido,
tudo sem, eu acho,
Acho que disse tudo,
tudo tão de repente.
MEIOS
Estas ruas não são minhas.
Quando um poema caminha,
uma rima percebe,
que nunca falo verdades,
muito menos mentiras,
sobre tudo nessa cidade,
declamo aquilo que sinto,
através desse gênero,
que anda a esquerda do verso,
Do Jd. Robru a Vila Madalena.
Que não me ouçam as Santas Cecílias,
preciso ser Vila Prudente,
Poesias e ruas caminham,
vagabundam em,
seja lá o que flor,
Por aqui, por ali,
a rua é um meio,
que nunca diz de onde veio.
Quando um poema caminha,
uma rima percebe,
que nunca falo verdades,
muito menos mentiras,
sobre tudo nessa cidade,
declamo aquilo que sinto,
através desse gênero,
que anda a esquerda do verso,
Do Jd. Robru a Vila Madalena.
Que não me ouçam as Santas Cecílias,
preciso ser Vila Prudente,
Poesias e ruas caminham,
vagabundam em,
seja lá o que flor,
Por aqui, por ali,
a rua é um meio,
que nunca diz de onde veio.
SOLIDÃO INFINITA
Não existe nada eterno
quando se conhece a ausência,
Dorme meu quarto
com as ruas acordadas,
a cama mesma vestida
como se fosse a um baile,
só me restam os versos,
que são minha companhia.
quando se conhece a ausência,
Dorme meu quarto
com as ruas acordadas,
a cama mesma vestida
como se fosse a um baile,
só me restam os versos,
que são minha companhia.
AMANHÃ É SEGUNDA
O chopp suando no copo,
molho de macarrão, frango assado,
tudo depois do café e da hóstia,
entre meias palavras,
depois que os padres acabaram com o vinho,
agora é hora de pinga e chopp,
entre mentiras e proesas
para distrair o tempo,
porque amanhã é segunda feira.
molho de macarrão, frango assado,
tudo depois do café e da hóstia,
entre meias palavras,
depois que os padres acabaram com o vinho,
agora é hora de pinga e chopp,
entre mentiras e proesas
para distrair o tempo,
porque amanhã é segunda feira.
BALAS PERDIDAS
Nos becos das periferias,
andam sobressaltos e assaltos,
O que luz e reluz?
meia luz. A crueldade
do animal que conduz,
o projétil que cala, as vozes,
roucas e vivas. E nos encaminham.
Discursos, poder público e cruzes,
eco histórico. A sete palmos do chão.
Eis uma canção de ninar,
que embalam o dia a dia,
lágrimas. sorrisos bêbados,
tempos em tempos de outros mesmos,
em que atiram e matam nossos sonhos.
andam sobressaltos e assaltos,
O que luz e reluz?
meia luz. A crueldade
do animal que conduz,
o projétil que cala, as vozes,
roucas e vivas. E nos encaminham.
Discursos, poder público e cruzes,
eco histórico. A sete palmos do chão.
Eis uma canção de ninar,
que embalam o dia a dia,
lágrimas. sorrisos bêbados,
tempos em tempos de outros mesmos,
em que atiram e matam nossos sonhos.
DIA DE CHUVA
A lua abriu o olho, e,
um lençol de chuva voou;
ela corria apressada,
o vento começou a uivar,
as árvores começaram a dançar,
chegava a enchente no Jd. Pantanal,
Ela, inocente e surpresa,
trajava seu vestido florido, assistia,
da janela a chuva açoitando o chão,
Sozinho, na silenciosa sala,
eu a observava, ela e,
minha cama de apetites;
a sinfonia lá fora,
parecia ser um convite,
para uma luta na lama.
um lençol de chuva voou;
ela corria apressada,
o vento começou a uivar,
as árvores começaram a dançar,
chegava a enchente no Jd. Pantanal,
Ela, inocente e surpresa,
trajava seu vestido florido, assistia,
da janela a chuva açoitando o chão,
Sozinho, na silenciosa sala,
eu a observava, ela e,
minha cama de apetites;
a sinfonia lá fora,
parecia ser um convite,
para uma luta na lama.
COTIDIANO
Levantei o mesmo de ontem,
minha solidão acordou sozinha,
Todos os dias, as velhas ideias,
as mesmas saudades, repetidas vagabundas,
Um mesmo domingo vazio, suporto,
esse buraco dentro de mim,
Ontem se foi, hoje já é passado,
com a mesma cara do amor de que fujo.
minha solidão acordou sozinha,
Todos os dias, as velhas ideias,
as mesmas saudades, repetidas vagabundas,
Um mesmo domingo vazio, suporto,
esse buraco dentro de mim,
Ontem se foi, hoje já é passado,
com a mesma cara do amor de que fujo.
SEMENTE
Estou amadurecendo, já fui semente,
já flori, já dei frutos (in) suficientes,
outros verdes amarelam, noutras naturezas,
nesse processo, convexo, desconexo, dialético,
Meu pomar, minha sepultura,
nem banana, nem fruta de conde,
que amadurecer, nem terá meu mesmo nome,
será verde, amarelo, marrom, com a transformação definida,
Essa é nossa natureza, quanto mais (in) plantada,
ela se reinventa sob condições, atenta quando tenta,
alimentando os céus, purgatórios e infernos,
a morte não é maior que a semente dentro da gente.
já flori, já dei frutos (in) suficientes,
outros verdes amarelam, noutras naturezas,
nesse processo, convexo, desconexo, dialético,
Meu pomar, minha sepultura,
nem banana, nem fruta de conde,
que amadurecer, nem terá meu mesmo nome,
será verde, amarelo, marrom, com a transformação definida,
Essa é nossa natureza, quanto mais (in) plantada,
ela se reinventa sob condições, atenta quando tenta,
alimentando os céus, purgatórios e infernos,
a morte não é maior que a semente dentro da gente.
CABEÇA DE PAPELÃO
Eles tinham cabeça de papelão,
vestidos com as notícias do dia,
mas tinham bom coração,
muita cachaça e comida,
sem chaves e sem fechaduras,
mas projetos de casa na rua,
homens com cara de gente,
com a coleira da polícia que rosna,
diante de um Deus espetáculo,
Um silêncio, onipresente, onisciente,
bradando: Gente assim não existe!
Se torturando com tudo que sabe,
São vidas em casa, sem tetop, sem muro,
desamores, contradições e enganos,
vidas...vidas com pedaços de nada.
vestidos com as notícias do dia,
mas tinham bom coração,
muita cachaça e comida,
sem chaves e sem fechaduras,
mas projetos de casa na rua,
homens com cara de gente,
com a coleira da polícia que rosna,
diante de um Deus espetáculo,
Um silêncio, onipresente, onisciente,
bradando: Gente assim não existe!
Se torturando com tudo que sabe,
São vidas em casa, sem tetop, sem muro,
desamores, contradições e enganos,
vidas...vidas com pedaços de nada.
MENINAS AZUIS
Se eu tivesse meninas azuis,
veria tudo diferente,
mesmo com os olhos lavados na mesma fonte,
enquanto passo essa vida a limpo,
me sujo e minha menina não sabe,
me conta tudo aquilo que escondo,
O que não sei de mim,
entre azuis, negros e castanhos,
buraco é buraco, mesmo dentro do olho,
vivo, opaco ou de vidro,
não os verei mais um dia,
as meninas terão cor de chão,
as paisagens estarão mortas,
lembranças estarão enterradas,
em cegos poemas sem rima,
Descasaremos, amores, flores, pessoas,
sob esse chão de terra,
alimentando a fome dos vermes.
veria tudo diferente,
mesmo com os olhos lavados na mesma fonte,
enquanto passo essa vida a limpo,
me sujo e minha menina não sabe,
me conta tudo aquilo que escondo,
O que não sei de mim,
entre azuis, negros e castanhos,
buraco é buraco, mesmo dentro do olho,
vivo, opaco ou de vidro,
não os verei mais um dia,
as meninas terão cor de chão,
as paisagens estarão mortas,
lembranças estarão enterradas,
em cegos poemas sem rima,
Descasaremos, amores, flores, pessoas,
sob esse chão de terra,
alimentando a fome dos vermes.
MOVIMENTO
Ora parava, ora seguia,
pelas vielas e ruas,
para te dar boa noite,
te acordar com bom dia,
você com seus passos rápidos,
não caminhava, corria,
acordando o silêncio do asfalto,
distanciando-se de meus pensamentos,
Passava, parava, seguia,
eu espera a volta. como um se espera Godot,
como momentos em suspenso,
que chamamos saudade.
pelas vielas e ruas,
para te dar boa noite,
te acordar com bom dia,
você com seus passos rápidos,
não caminhava, corria,
acordando o silêncio do asfalto,
distanciando-se de meus pensamentos,
Passava, parava, seguia,
eu espera a volta. como um se espera Godot,
como momentos em suspenso,
que chamamos saudade.
DIA A DIA
O dia acordou cinza,
sobre mim, nuvens rabugentas, e,
uma imensidão de mau humor,
Quando agucei meus ouvidos,
não ouvi grilos, nem passarinhos,
somente um grande vazio,
Foi quando olhei um menino,
vi um velhinho sozinho,
com meus olhos bipolar,
Onde estou? Gritei pro infinito,
o dia me olhava confuso, eu meio parafuso,
escutava o grito se perdendo no espaço.
sobre mim, nuvens rabugentas, e,
uma imensidão de mau humor,
Quando agucei meus ouvidos,
não ouvi grilos, nem passarinhos,
somente um grande vazio,
Foi quando olhei um menino,
vi um velhinho sozinho,
com meus olhos bipolar,
Onde estou? Gritei pro infinito,
o dia me olhava confuso, eu meio parafuso,
escutava o grito se perdendo no espaço.
VERSO
Ruas minhas ruas,
já me enfiei em muitos dos teus buracos,
já gastei pares de sapatos,
tomei sol e tomei chuva,
agora te dou meus versos.
já me enfiei em muitos dos teus buracos,
já gastei pares de sapatos,
tomei sol e tomei chuva,
agora te dou meus versos.
FLOR I CULTURA
Lírios exalam o medo,
entre as flores silenciosas,
como todos os animais,
corajosas são as azaléias,
enfrentam sol e chuva,
em vãos de ruas fétidas,
olhando despetaladas rosas, entre,
margaridas caipiras,
um mundo tenso,
que trêmula ao vento,
as abelhas famintas,
devoram a imensa floricultura.
entre as flores silenciosas,
como todos os animais,
corajosas são as azaléias,
enfrentam sol e chuva,
em vãos de ruas fétidas,
olhando despetaladas rosas, entre,
margaridas caipiras,
um mundo tenso,
que trêmula ao vento,
as abelhas famintas,
devoram a imensa floricultura.
AQUÁTICO APÁTICO
Não sei nada do mar,
sigo aprendendo a nadar,
não sei amar, quase sempre,
meus amores de areia,
visto roupas de marlins, e,
com um sorriso golfinho,
mareio pescando respostas,
para perguntas náufragas,
moro em uma concha de mar,
feliz com minhas águas vivas,
Onde? Quero, com você,
sereio, sereia,
viver aquático,
minha humanidade,
vai, vem, me leva,
além, nadou, levou.
sigo aprendendo a nadar,
não sei amar, quase sempre,
meus amores de areia,
visto roupas de marlins, e,
com um sorriso golfinho,
mareio pescando respostas,
para perguntas náufragas,
moro em uma concha de mar,
feliz com minhas águas vivas,
Onde? Quero, com você,
sereio, sereia,
viver aquático,
minha humanidade,
vai, vem, me leva,
além, nadou, levou.
MENINA DOS OLHOS
Vocês que conhecem o arco-íris,
me digam a cor dos olhos
da menina,
Aquela menina dos olhos
que faz-de-conta
os olhos,
Que vive em um castelo de areia,
sem fundação, tem um amor movediço,
molhada de oceano salgado,
observando o horizonte,
Esperando um cavalo marinho,
Não venho, não vou,
pois nem amaré tem mais cor.
me digam a cor dos olhos
da menina,
Aquela menina dos olhos
que faz-de-conta
os olhos,
Que vive em um castelo de areia,
sem fundação, tem um amor movediço,
molhada de oceano salgado,
observando o horizonte,
Esperando um cavalo marinho,
Não venho, não vou,
pois nem amaré tem mais cor.
COISA MAR LINDA
Beijei muitas bocas,
língua a língua
ventosa,
Frente ao mar,
com Cristina beijei mar,
por ser mais beijado,
Como um anzol na boca
eu pescando a mim
peixe fora d'agua,
Essa boca salgada,
pode ser saliva
d'agua de outrora,
Sempre foi o mar,
amaré,
essa coisa mar linda.
língua a língua
ventosa,
Frente ao mar,
com Cristina beijei mar,
por ser mais beijado,
Como um anzol na boca
eu pescando a mim
peixe fora d'agua,
Essa boca salgada,
pode ser saliva
d'agua de outrora,
Sempre foi o mar,
amaré,
essa coisa mar linda.
SEREI
Serei:
- Dá licença poesia!
Quero falar de mar.
- Todos ao mar!
Bebo muita água viva,
com minhas roupas de estrela, e,
no pescoço corais,
- vai mais volta,
pra ficarmos juntos também!
Quando o vento de acalmar
acenderemos as velas,
para com a jangada navegar,
Eu em barco.
Serei:
Mar
para ser tão.
- Dá licença poesia!
Quero falar de mar.
- Todos ao mar!
Bebo muita água viva,
com minhas roupas de estrela, e,
no pescoço corais,
- vai mais volta,
pra ficarmos juntos também!
Quando o vento de acalmar
acenderemos as velas,
para com a jangada navegar,
Eu em barco.
Serei:
Mar
para ser tão.
CORRENTES FILOSÓFICAS
Para lá e para cá
pessoas vão e vem,
com suas contradições, e,
abastadas misérias,
Abrigadas pessoas ricas,
outras dormindo nas ruas,
mulheres pudicas,
outras mulheres putas,
Infância de pesadelos
que se eu pudesse corria,
ruas não são corredores,
são caminhos e escolhas,
anéis entrelaçados
para os dedos dos pés,
rachando calcanhares,
em confronto de saltos altos.
Assinar:
Postagens (Atom)