As lembranças da mulher
é o meio que o coração
encontra de se alimentar.
Um café, um pão de queijo, uma viagem,
uma cerveja,
somem se não houver
a mulher na lembrança.
Não ligue
do que acha que é distância.
Por ora voce controla o pensamento.
Sem isso,
o coração silenciaria.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
TUDO DE NOVO
Chiiii!
Fiquei nu
do ano passado.
Tomei até banho de sal grosso.
Eu e ela
começamos a fazer juntos
o que aprendemos a fazer só.
Fiquei nu
do ano passado.
Tomei até banho de sal grosso.
Eu e ela
começamos a fazer juntos
o que aprendemos a fazer só.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
MARIAS
Lá vai uma mulher com as outras
Maria que vai
O que ela pensa de tudo
não sei
suponho.
Pensa o que pensa
Maria vai com as outras.
Como homem
eu nunca tive amigos.
Maria que vai
O que ela pensa de tudo
não sei
suponho.
Pensa o que pensa
Maria vai com as outras.
Como homem
eu nunca tive amigos.
TÃO COMUM
Só sei transformar
vinho em vinho
água em água.
Para de sonhar com outro eu!
Se esse eu que imagina existir
que ele tenha pena dos seus disfarces.
vinho em vinho
água em água.
Para de sonhar com outro eu!
Se esse eu que imagina existir
que ele tenha pena dos seus disfarces.
ESTOU VIVO
Não venha me dizer
que minha poesia é isenta.
Seria melhor não sujar
o papel em branco?
Não há história limpa
nunca houve folhas brancas.
No íntimo todas gritam
sua palidez as crianças.
Isenta seria
Se tivesse medo de equívocos
se a prática e as páginas continuassem pálidas.
Com dois dedos de gelo
e como tiragosto o papiro
um poeta derruba pensamentos
Sim leitor! Eu estou vivo!
que minha poesia é isenta.
Seria melhor não sujar
o papel em branco?
Não há história limpa
nunca houve folhas brancas.
No íntimo todas gritam
sua palidez as crianças.
Isenta seria
Se tivesse medo de equívocos
se a prática e as páginas continuassem pálidas.
Com dois dedos de gelo
e como tiragosto o papiro
um poeta derruba pensamentos
Sim leitor! Eu estou vivo!
IRA
São tantas coisas que irritam
entre o que sinto e vejo
que quando observo um operário
a chorar no natal
de sede e fome,
cerro os punhos e quebro o presépio,
tomo meu copo de vinho,
e não faço mais poesia.
entre o que sinto e vejo
que quando observo um operário
a chorar no natal
de sede e fome,
cerro os punhos e quebro o presépio,
tomo meu copo de vinho,
e não faço mais poesia.
CEIA MORTA
O peru em cima da mesa
sobre a toalha colorida
ao lado, talheres de prata
um vinho, uma champgne,
porque se furtar de fartura?
Tamanha confraternização
azul - celeste.
O peru em cima da mesa
rodeado de abacaxis
azeitonas verdes e pretas,
outros pratos também doces
As solteiras fúteis - as peruas
não veêm gente com fome.
A família, sorri, incrédula,
dentro do próprio jazigo.
sobre a toalha colorida
ao lado, talheres de prata
um vinho, uma champgne,
porque se furtar de fartura?
Tamanha confraternização
azul - celeste.
O peru em cima da mesa
rodeado de abacaxis
azeitonas verdes e pretas,
outros pratos também doces
As solteiras fúteis - as peruas
não veêm gente com fome.
A família, sorri, incrédula,
dentro do próprio jazigo.
CAVALO
Viver como um cavalo
é como vivo - de cabresto
não que eu tenha escolhido
recebi de presente a muitos natais,
nem me lembro.
É um modo de morrer se crucificando.
é como vivo - de cabresto
não que eu tenha escolhido
recebi de presente a muitos natais,
nem me lembro.
É um modo de morrer se crucificando.
A ESPERA
Silenciando o lar, sua caverna
de carinhos e laços.
Às mãos de estranhos - as casas
e o meu vazio.
Aos abraços dos braços,
minha porta, sempre aberta.
de carinhos e laços.
Às mãos de estranhos - as casas
e o meu vazio.
Aos abraços dos braços,
minha porta, sempre aberta.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
DENTRO E FORA
Dentro vivo
as normas de dentro
luto
pra botar
desordem
lá fora
Dentro vivo
momentos de impotência
quase morro
mais vai valer a pena
a utopia
de viver fora
Dentro vivo
as normas de dentro
junto as partes
do todo
pra fazer ver
e entender
suas leis.
Dentro e fora
basta-se a si
ninguém determina ninguém
dentro e fora
tendem a ser de alguém.
as normas de dentro
luto
pra botar
desordem
lá fora
Dentro vivo
momentos de impotência
quase morro
mais vai valer a pena
a utopia
de viver fora
Dentro vivo
as normas de dentro
junto as partes
do todo
pra fazer ver
e entender
suas leis.
Dentro e fora
basta-se a si
ninguém determina ninguém
dentro e fora
tendem a ser de alguém.
DUAS COISAS
Duas coisas
uma coisa
não pode ser outra
nem outra coisa
as coisas existem
complexamente
diferentemente
as coisas não se bastam
não há simbiose.
Não tem gente no poema?
Não! Só o movimento das coisas!
uma coisa
não pode ser outra
nem outra coisa
as coisas existem
complexamente
diferentemente
as coisas não se bastam
não há simbiose.
Não tem gente no poema?
Não! Só o movimento das coisas!
RESTOS
Hei! Hei!
Quem te procura?
Alguém não me procura
Ninguém meu bem
Ninguém está a minha altura
Só paixão dos pedaços
na solidão dos restos.
Quem te procura?
Alguém não me procura
Ninguém meu bem
Ninguém está a minha altura
Só paixão dos pedaços
na solidão dos restos.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
LIÇÃO DOS 3 MACACOS
Os urubus
brancos
Aprendem
com tres macacos
de olhos puxados
Não falo
Não ouço
Não vejo.
brancos
Aprendem
com tres macacos
de olhos puxados
Não falo
Não ouço
Não vejo.
COISAS
Sonhos e pesadelos
formas de um mesmo barro
lama que engolimos
defecando vida
e adorando coisas.
formas de um mesmo barro
lama que engolimos
defecando vida
e adorando coisas.
FANTASIAS
Se uma mulher
Te apresentar seu castelo de areia
não entre
Vá a um motel
Castelos de areia
tem ar e maresia
ondas e marolas
e muita fantasia.
Te apresentar seu castelo de areia
não entre
Vá a um motel
Castelos de areia
tem ar e maresia
ondas e marolas
e muita fantasia.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
PROCURA
Saio
Abro-me a vida
e as experiências
procuro um ser
humano - original,
não acho,
pra sair de novo amanhã.
Abro-me a vida
e as experiências
procuro um ser
humano - original,
não acho,
pra sair de novo amanhã.
NOVO DIA
Noite - madrugada
esqueço
adormeço,
acordo
resmungo palavrões
me dispo
me visto
corro
pra um novo dia.
esqueço
adormeço,
acordo
resmungo palavrões
me dispo
me visto
corro
pra um novo dia.
TESOURO
Não posso dividir
o que sinto
ou o couro da dor
que me açoita.
Foi frágil
o castelo
do seu sonho
e do meu
Alguém viu a maré
chegando
nem eu nem você
Vái com ela!
Segue
e sorri.
o que sinto
ou o couro da dor
que me açoita.
Foi frágil
o castelo
do seu sonho
e do meu
Alguém viu a maré
chegando
nem eu nem você
Vái com ela!
Segue
e sorri.
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