Como coisa imaginada
você
Tudo que te fecha
abro
Sua morada coração
invado
devagarinho arranco
sorrisos e abraços
sem reciprocidade
me entrego
Me permito sonhar
sobre sua pessoa
Seu cheiro. Beleza
açoitando a mim mesmo
Não permito tristezas
nessa poesia de você
segunda-feira, 28 de julho de 2014
OSTRA
Se você viver mais do que eu,
mais do que a minha vida
nunca esqueça do nosso amor e ódio,
das borboletas que colorimos,
dos sorrisos de jacarés.
Tempo de amor, vermelhos carinhos,
num mar revolto, amante navegante,
náufrago errante das tempestades.
Ostra sou.
Amor e ódio quero desfrutar novamente.
do outro que está em nós, nas marés
No porto que atracarei.
mais do que a minha vida
nunca esqueça do nosso amor e ódio,
das borboletas que colorimos,
dos sorrisos de jacarés.
Tempo de amor, vermelhos carinhos,
num mar revolto, amante navegante,
náufrago errante das tempestades.
Ostra sou.
Amor e ódio quero desfrutar novamente.
do outro que está em nós, nas marés
No porto que atracarei.
CORAÇÃO DO OUTRO
Tomara esse flerte não me cegue,
e não! Nunca me seja eterno.
Que não me sequestre a razão,
nem me torture.
Mesmo tendo sido, sendo, serei,
por ele, o amor.
Que meu olhar não se perca no horizonte,
aquilo que ainda é tão belo desejo ver,
espante o tormento.
Que não me apequene, pequeno flerte,
gigante sentimento.
Se tornar-se amor que me deixe
cofre coração do outro.
e não! Nunca me seja eterno.
Que não me sequestre a razão,
nem me torture.
Mesmo tendo sido, sendo, serei,
por ele, o amor.
Que meu olhar não se perca no horizonte,
aquilo que ainda é tão belo desejo ver,
espante o tormento.
Que não me apequene, pequeno flerte,
gigante sentimento.
Se tornar-se amor que me deixe
cofre coração do outro.
A GENTE SE VÊ POR AI
O sol levantou cedo
estava todo dourado
o ar com cheiro de orvalho
meu corpo amarrotado de você
o sol, você, começam a esquentar
só não dá para entender
- A gente se vê por ai!
estava todo dourado
o ar com cheiro de orvalho
meu corpo amarrotado de você
o sol, você, começam a esquentar
só não dá para entender
- A gente se vê por ai!
sexta-feira, 27 de junho de 2014
AS ESCOLHAS SÃO TUAS
Homem de sonhos
as margens da vida,
que te fala a solidão?
Que é só, e que oca te fica,
e que já foi antes,
hoje, amanhã e depois de amanhã
que te diz?
Mas do que essa poesia, com cereteza,
e muita outras rimas e poemas,
delas e das saudades
de tudo que nunca foi.
Não escuta essa solidão
narcisa que só fala dela,
teus ouvidos são pra outros hinos,
as escolhas são só tuas.
as margens da vida,
que te fala a solidão?
Que é só, e que oca te fica,
e que já foi antes,
hoje, amanhã e depois de amanhã
que te diz?
Mas do que essa poesia, com cereteza,
e muita outras rimas e poemas,
delas e das saudades
de tudo que nunca foi.
Não escuta essa solidão
narcisa que só fala dela,
teus ouvidos são pra outros hinos,
as escolhas são só tuas.
INFERNO E CÉU
Infelizes mulheres de becos e cemitérios,
todas tem medo de poesia,
mas crescem, florescem, sorriem,
sorriso que se repete desde a antiguidade,
desde o primeiro amor,
um poema que as uniu e acariciou o coração,
pra tê-las felizes, cheias de inferno e céu.
todas tem medo de poesia,
mas crescem, florescem, sorriem,
sorriso que se repete desde a antiguidade,
desde o primeiro amor,
um poema que as uniu e acariciou o coração,
pra tê-las felizes, cheias de inferno e céu.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
NO BANHEIRO
Engoli palavras
embrulha-me o estômago
que agora ronca.
Dói-me os bagos de ameixa
com a poesia crescendo
nauseante, grávido?
Vômito? Não!
Fora existe o mundo
Onde bocas pousam em outras bocas
como moscas, palavra que me dá ânsia?
Amor?
É chegada a hora da teatral defecação.
Que bicho será que darei a luz?
embrulha-me o estômago
que agora ronca.
Dói-me os bagos de ameixa
com a poesia crescendo
nauseante, grávido?
Vômito? Não!
Fora existe o mundo
Onde bocas pousam em outras bocas
como moscas, palavra que me dá ânsia?
Amor?
É chegada a hora da teatral defecação.
Que bicho será que darei a luz?
SE O SENHOR NÃO TÁ LEMBRADO
Estamos favelados, fruto de classe,
cruel, saboroso como limão,
ácido como a história ácida.
Quem são os construtores? Todos, que se farão cinzas,
mãos cruzadas no caixão que sorriem hipocritamente,
ricas, cheias, reduzidas a nada, singelas autoritárias,
afagando a historia na cabeça submetida de outros homens,
sonhadores, criadores de Deuses.
Os barracos se levantam alienados pra durar
reproduzindo sonhos da classe oposta desejada.
Descobrimos a roda dia a dia que há tempos roda
entusiasmada pelo mundo, turista,
da paisagem da fome, consternados olhos,
presos a correntes ocultas.
Barracos, arquitetos, singelos egoístas,
cada qual com seu espelho,
falida consciência, morta, se esvaindo em desencanto,
Tomara seja mentira
essa realidade eterna eternizada,
que barracos vão viver, mas, morrer
todos os dias, pouco a pouco,
mesmo que na beleza de cada poesia.
cruel, saboroso como limão,
ácido como a história ácida.
Quem são os construtores? Todos, que se farão cinzas,
mãos cruzadas no caixão que sorriem hipocritamente,
ricas, cheias, reduzidas a nada, singelas autoritárias,
afagando a historia na cabeça submetida de outros homens,
sonhadores, criadores de Deuses.
Os barracos se levantam alienados pra durar
reproduzindo sonhos da classe oposta desejada.
Descobrimos a roda dia a dia que há tempos roda
entusiasmada pelo mundo, turista,
da paisagem da fome, consternados olhos,
presos a correntes ocultas.
Barracos, arquitetos, singelos egoístas,
cada qual com seu espelho,
falida consciência, morta, se esvaindo em desencanto,
Tomara seja mentira
essa realidade eterna eternizada,
que barracos vão viver, mas, morrer
todos os dias, pouco a pouco,
mesmo que na beleza de cada poesia.
segunda-feira, 14 de abril de 2014
ERA UMA VEZ...
A mulher na gaiola
de que adianta, pular.
de poleiro em poleiro
bater asas?
Ela na gaiola
a gaiola dentro dela
simbiose crescente
dentro de um mesmo silencio
Meu coração Quixote
te libertará donzela!
Para mim as coisas não
são coisas que são
Galopante
não vejo o cenário
acenando
estou no cenário
Com a mulher e a gaiola
como se uma coisa só fosse, vivo,
Era uma vez...era uma vez...
a vida e o resto.
sábado, 5 de abril de 2014
TRABALHO ALIENADO
Se uma máquina quebra
outra máquina nasce
dentro do trabalhador
Alienado, minuto a minuto, dentro,
em cima embaixo esconde o capital, a magia,
da máquina que brota
(vida, noutra vida, vida severina)
Vida, sem nenhum viver,
vivendo a enrugar, ruga a ruga,
que aguarda , o trabalhador, reserva,
Para ter o direito a envelhecer,
com a máquina eterna criança.
outra máquina nasce
dentro do trabalhador
Alienado, minuto a minuto, dentro,
em cima embaixo esconde o capital, a magia,
da máquina que brota
(vida, noutra vida, vida severina)
Vida, sem nenhum viver,
vivendo a enrugar, ruga a ruga,
que aguarda , o trabalhador, reserva,
Para ter o direito a envelhecer,
com a máquina eterna criança.
quarta-feira, 2 de abril de 2014
É MEU? É NOSSO?
Meu coração
deixei pintado na escola
onde ficou pintada
minha sexta namorada
É meu esse mundo colorido?
(Quente, quente
como um sol de outono)
Meu primeiro abraço
foi um abraço foi-se
meu corpo usado
como uma mosca bêbada
É meu esse mundo colorido?
(Quente, quente
como um sol de outono)
Minha primeira rima
a mulher do sorriso
que cruzava as pernas
à minha frente
É meu esse mundo colorido?
(Quente, quente
como um sol de outono)
Meu coração achei
pintado na escola
no peito da pintada
não mais sexta
primeira namorada agora
É meu esse mundo colorido?
(Quente, quente
como um sol de outono)
Amor achei adentre
em meio, embaixo, entre
com esses olhos girassóis
olhando, o dia ensolarado
É nosso esse mundo colorido?
(Quente, quente
como um sol de outono)
deixei pintado na escola
onde ficou pintada
minha sexta namorada
É meu esse mundo colorido?
(Quente, quente
como um sol de outono)
Meu primeiro abraço
foi um abraço foi-se
meu corpo usado
como uma mosca bêbada
É meu esse mundo colorido?
(Quente, quente
como um sol de outono)
Minha primeira rima
a mulher do sorriso
que cruzava as pernas
à minha frente
É meu esse mundo colorido?
(Quente, quente
como um sol de outono)
Meu coração achei
pintado na escola
no peito da pintada
não mais sexta
primeira namorada agora
É meu esse mundo colorido?
(Quente, quente
como um sol de outono)
Amor achei adentre
em meio, embaixo, entre
com esses olhos girassóis
olhando, o dia ensolarado
É nosso esse mundo colorido?
(Quente, quente
como um sol de outono)
SORRISOS
Os sorrisos escondidos
são adubo da seriedade
cinza e gelada
Os sorrisos palhaços
não tem cor na formalidade
por temer os erros engraçados
Uma lagartixa
na parede solitária
silenciosa
Ilumina a noite a lua gorda
com cara de preguiça
meia lua
Hoje é dia de sol!
Invade sua boca despintada
abrindo os lábios coloridos e quentes.
são adubo da seriedade
cinza e gelada
Os sorrisos palhaços
não tem cor na formalidade
por temer os erros engraçados
Uma lagartixa
na parede solitária
silenciosa
Ilumina a noite a lua gorda
com cara de preguiça
meia lua
Hoje é dia de sol!
Invade sua boca despintada
abrindo os lábios coloridos e quentes.
sábado, 29 de março de 2014
COPULANDO MISTÉRIOS
Um rosto não perde sua cor rosada
sobre outra cor,
deitado corpo, numa cama rápida.
Na noite, em movimento, o corpo,
doçura, sutilmente desenhado,
pisos, crateras, cavernas d'agua,
em que por vezes me afogo.
Sexo abundante, espelho,
onde dançam estas palavras de mistério,
Elas arfam altas e baixas tão silenciosas,
mortalmente confusas.
sobre outra cor,
deitado corpo, numa cama rápida.
Na noite, em movimento, o corpo,
doçura, sutilmente desenhado,
pisos, crateras, cavernas d'agua,
em que por vezes me afogo.
Sexo abundante, espelho,
onde dançam estas palavras de mistério,
Elas arfam altas e baixas tão silenciosas,
mortalmente confusas.
POEMA MUSICAL
Suado baú de sons
ela sonhava agora eu
depois do grande acorde
vivia em mim noite dia
um tempo de música
poesia ia e vinha
colcheia semi colcheias
violino que me tocava
Eu? Tinha a obrigação de cantar.
ela sonhava agora eu
depois do grande acorde
vivia em mim noite dia
um tempo de música
poesia ia e vinha
colcheia semi colcheias
violino que me tocava
Eu? Tinha a obrigação de cantar.
quinta-feira, 27 de março de 2014
PERDIDO
Não me acho
não me achando
não procuro por mim
Sem nascer
não morri
Eis me aqui
sem estar
Esqueci
que me lembro
Nesse chão
sou apenas semente
Flôr não deu.
não me achando
não procuro por mim
Sem nascer
não morri
Eis me aqui
sem estar
Esqueci
que me lembro
Nesse chão
sou apenas semente
Flôr não deu.
FICÇÃO
É fato!
A vida é o que imagino.
A vida não é!
Quando ela sai de mim
sou morto - Morto - Vivo
só quando existo.
A vida é o que imagino.
A vida não é!
Quando ela sai de mim
sou morto - Morto - Vivo
só quando existo.
PROCURA
Um amor procura
um corpo leve, sustentável
no solitário tempo
Um anel
Um véu
Gaiola de pássaros
Um mar, maremoto
na paisagem tranquila,
olhando um horizonte
que ninguém viu.
um corpo leve, sustentável
no solitário tempo
Um anel
Um véu
Gaiola de pássaros
Um mar, maremoto
na paisagem tranquila,
olhando um horizonte
que ninguém viu.
TENHO GOSTO DE MAR
Se eu pudesse me escolher
Como ser? Teria que me desenhar
molhar lençóis de suor
talhar em dura pedra,
exato nas curvas e retas,
mesmo em pedra - pedra suave
Meu intelecto?
Esse já me é dado,
não me é dado a escolha
de ser.
Por isso sou sem asas, porém...
ser humano é um privilégio
dessa estrela,
ora fria, ora morna,
com gosto de mar.
Como ser? Teria que me desenhar
molhar lençóis de suor
talhar em dura pedra,
exato nas curvas e retas,
mesmo em pedra - pedra suave
Meu intelecto?
Esse já me é dado,
não me é dado a escolha
de ser.
Por isso sou sem asas, porém...
ser humano é um privilégio
dessa estrela,
ora fria, ora morna,
com gosto de mar.
MARIONETE
Passo a vida
embalado pela história,
mesma, mão que balança o berço,
me vigia os passos,
a frente, atrás, entre,
ora me afoga e ressucita,
me rasga o peito e cicatriza.
A vida, a vida mesma,
nunca conheci, não me achega.
As cordas dessa marionete
deixadas pelo chão, não tem raízes,
esticadas linhas frias,
que escreve esse poema
antes que a morte lhe venha.
Escreve o seu.
embalado pela história,
mesma, mão que balança o berço,
me vigia os passos,
a frente, atrás, entre,
ora me afoga e ressucita,
me rasga o peito e cicatriza.
A vida, a vida mesma,
nunca conheci, não me achega.
As cordas dessa marionete
deixadas pelo chão, não tem raízes,
esticadas linhas frias,
que escreve esse poema
antes que a morte lhe venha.
Escreve o seu.
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