Os meus sonhos sobem
por uma escada rolante,
quem sou balança
em meio a um jardim
de cimento armado
repleto de flores hipócritas,
só nos jazigos observo
os corpos na posição exata
em silêncio, esperando
para se transformar em
outra coisa.
Se mesmo inerte pressupõe–se
em movimento, meu corpo,
como entender um movimento
inerte em vida?
Vasos de hipócritas
em silêncio e jazigos,
pedras no caminho,
uma coisa é outra coisa,
nada se aposenta nada é definitivo,
tudo é vida pra quem olha
além do mundinho inventado,
das teorias interiorizadas,
existe vida pra aquém de nós mesmos.
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