Ela olhava a noite
festeira
e a cerveja suava
sobre a mesa
Uma escuridão dourada
confundia o tempo
entre uma e outra
conversa muda
O sorriso, róseo,
vibrante. Como se jorrasse
um som de violino
nos ouvidos
Amor ali tinha
margaridas todas na voz
a noite não prometia
nem lambia a maçã da poesia
Poeta que não sei amar,
advertido, com carinho,
a caminho estanquei
corri da minha morte
Deixei sentada na mesa
o amor a vista
Me olhando. Como faca
de corte de dois gumes
Confesso: Tenho medo da morte,
Se for do coração
Não quero morder
suas maçãs fonemas
O que ne deixa
me faz viver em paz
viver ventando todo
mas não acredite em mim
A cada noite festeira
de muita cerveja suada
Vai pondo seu carinho
sobre essa pedra.
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