Busquei o sangue, e,
escrevi a palavra...grão...
Beija-me!
Com a faca que rasgo o chão,
chão sem fim de tarde morto
não germina o verde fim, assim,
num silêncio de flor afora
triste como o podar árvores nesse poema,
de sonhos e cansaços
onde voam coloridos pássaros
na brisa de um vento vago
envergando lírios brancos, vivendo
entre sangue, grãos e sonhos
quem me sinto, faço morro
sentado no colo de seus ombros
navegando no mar de meus olhos,
a tarde pôs-se a garoar
no chão batido e rachado
pingos pipocas num caldeirão enorme
logo a chuva chovia, então,
que sabem os grãos, as flores
o chão, a chuva e a vida?
Gotas d'agua não são anjos,
seja o que for, parecem falar comigo,
semente de ilusão, nasce e fecunda
metas aforas, floresce o mundo
como coelhos e estrelas
sendo flor sempre será grão.
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