Bocejo,
eu: mortalmente vivo:
respiro.
No jornal do dia
as crianças da noite,
em notícia.
Nos meus passos calibrados,
disparo um praguejo.
Nas calçadas
mijos e cusparadas,
com meu inútil
andar cotidiano.
No rosto dos postes e árvores,
um lambe lambe sensual,
a cidade fraciona até o sol,
o dia aguarda a noite sonâmbulo,
o tempo ainda não deixou de existir.
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