terça-feira, 16 de maio de 2017

SONHO

Daniela baunilha
me olhava da frutaria
sorrindo com outras frutas,

por um segundo eterno,
de pele clara, cabelos negros,
lisos como um tobogã,

Um poema alheio
que se explicava,
por existir; para ser,

Hoje é uma onça
enjaulada, que não diz que é,
outra coisa que quer ser,

Lá fora chovia, os pingos bailavam,
Daniela sorria, eu soluçava,
outro dia, de vento e água no rosto,
enquanto o sonho vivia.



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