segunda-feira, 12 de novembro de 2018

DECLARAÇÃO DE SAUDADE

Declaro,
as ironias e perguntas,
Daniela,

Das lágrimas de vinho,
ficam as saudades...
Mais tarde,

Num canto das minhas memórias,
de milhares de segundos atrás,
dos palhaços, entre outros personagens,

Meu corpo veste penas, num voo
frenético, meu pênis molha o lençol,
nesse pensar ácido, laço,

Ao meu tímido medo,
rimo e falo: Ei medo!
Com medo me calo,

Fujo batendo asas,
sem avançar, enfrentando sol e chuva,
preso a correntes de lama,

Isso não! Amor é valor,
pão e circo, nós amando,
sem fechar negócio, ainda não,

O tempo foi se esvaindo,
para esse homem novo vestido de velho,
cheio de saudades no gargalo,

Nosso amor? Feito, desprezo, adormecido,
degustando as lembranças,
a merda foi devorando.

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