Ouço falar de paz
pelos dois ouvidos,
surdo é meu coração,
Não como alfafa ou alface,
são coisas que não amadurecem,
meu verbo é fazer.
Sempre recebi conselhos de passarinho,
dizendo que meu real é uma fábula,
me recuso a ser um cavalo.
Me recuso a morrer,
para nunca perder a rima,
que nunca devo esquecer,
Que tomates e folhas de rúcula,
são minhas cores portuguesas,
devo descer das nuvens?
Na lápide: aqui jaz o Brasil,
por Pedro Alvares Cabral,
não existem mais sereias, nem existem mais escamas.
Para a juventude de quem sou agora avô,
nem tudo é paraíso, nem tudo é um inferno,
todo nosso desespero começa da realidade, apenas.
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