A poesia da rua
pede um livro para morar,
sozinho habita a calçada,
sem rima, institucionalizada.
Sapatos sambam paralelepípedos,
escorregadios e míopes,
entreversos, sem páginas,
A dança começa, baco aparece,
a buzina alerta: Lá vem a quentinha!
De todos os dias. Morre o poeta,
que me alimentou a existência,
eu escarrada, pisada,
poesia da palavra infeliz.
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