terça-feira, 17 de dezembro de 2019

PARAPOESIA


Eu meio Milton ou Gonçalves,
parapoetizo o sal da terra,
entre peixes, entre Palmeiras,
como um perdido sabiá,

Aqui na Barra do Saí,
Não há ruas para deitar,
As ruas que aqui se deitam,
Não se deitam como lá,

Aqui tem muito mar,
Muita mata, muita areia,
A maré açoita pedras,
mais amor para apreciar,

Aqui pode-se andar sozinho,
Há cheiro de natureza no ar.
Gosto da fumaça de lá, e,
Balas perdidas para chupar,

Aqui na Barra do Saí,
Não há tantos amores para deitar,
Aqui as mulheres se deitam,
mas não se deitam como lá,

Aqui tem mais amor,
Mas sinto saudades de lá,
As ruas que se deitam,
Não tem o desconforto de lá.

Aqui temos coqueirais,
Temos varas para pescar,
Os peixes que aqui pescamos,
Muitas vezes se dão por lá,

Aqui não se tem companhia
Mas se tem muito mais vida,
Como pode um peixe vivo,
Viver fora d´agua fria?


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